A quem recorrer quando nossa Suprema Corte decide fazer vista grossa à própria justiça, em detrimento do sofrimento de milhões de cidadãos, que viram, pela primeira vez em muitos anos, algo ser feito em seu benefício direto, no longo prazo, em detrimento de uma corja que tomou o poder de assalto, literalmente, nos últimos anos?
A quem recorrer, quando os homens e mulheres da toga se aferram a picuinhas técnicas, esquecendo de que os acusados devolveram, na maior parte dos casos, “zilhões” aos cofres públicos? De onde acham que saiu tanto dinheiro a ser alegremente devolvido?
A quem recorrer quando o Congresso Nacional, através de lideranças que insistem em não largar o osso, dão de orelha aos colegas mais jovens, não contaminados pelas suas corrupções e mazelas, e esquecem de quem os elegeu? A quem recorrer quando esse Congresso tem um único objetivo: se blindar das acusações de corrupção que virão (ou viriam)?
A quem recorrer quando o próprio Executivo acabou sendo contaminado por algum tipo de “rabo”, do filho de alguém, que o tornou refém dos togados, para deleite dos corruptos?
Enfim, a quem recorrer, como pagadores de impostos, cidadãos honrados, criadores de emprego, empregados honestos, que militam de sol a sol para ver um país minimamente decente, quando suas liderança em TODAS as esferas do poder federal estão inapelavelmente envolvidas, em maior ou menor grau, com um “esquemão” destinado a nos manter em cativeiro?
Ninguém em sã consciência quer viver sob autoritarismo. Nenhum de nós quer viver num país cujas leis não servem para nada e cuja ordem institucional é rompida por algum “ente esclarecido”. Nunca mesmo. Mas a quem recorrer quando não há Cui custodiet ipsos custodes?
Em tempos como esse, corremos o risco de colocar abaixo todo um edifício democrático porque justamente quem deveria ter um mínimo de bom senso está privado de faze-lo porque tem um quilométrico rabo preso em algum lado, que o leva a votar contra toda uma nação.
Em síntese, a quem recorrer? Como cristão, que se propõe a viver de acordo com a vontade do Pai, só mesmo a ele. Ontem tive a tristeza da oportunidade de orar como nunca por justiça da parte do Pai. Não dá mais para conviver com essa gente! Meu pedido e oração sinceros (e desculpas aos meus amigos ateus, a quem amo igual) são que o Senhor intervenha neste país rico, feito miserável, por obra de literalmente menos de MIL cidadãos desonrados, poderosos e articulados, que transformam a verdade em mentira, sob holofotes de uma imprensa comprada, raivosa, e disposta a tudo para regressar a um status quo que, no fundo, sabe que não ocorrerá jamais.
Possa o Senhor Deus fazer o papel que Rodrigo Janot disse que queria fazer, contra um togado infame, e varra do mapa de nossa nação essa gente, para que não precisemos quebrar a ordem institucional da qual tanto precisamos, e que possamos, enfim, viver em paz, sem “todo-poderosos” exceto o Próprio.