Portugal…

Foto WMF – Torre de Belém, Lisboa, Nov 2019

Tirei um montão de dias de férias em Portugal, com uma passadinha pela Espanha, só pra “espiá”. Fui muitas e muitas vezes lá, mas já fazia 19 anos que não ia. Algumas coisas chamam atenção no país:

  • A quantidade de turistas multiplicou-se por 100;
  • As autoestradas criadas desde então (só tinha Lisboa-Porto naquele tempo, creio) transformaram o país e nunca estão lotadas – graças ao sistema de “comboios” que ainda funciona, a despeito das queixas dos portugueses;
  • A quantidade de brasileiros é imensa e deixa marcas até no jeito de falar.

Durante a viagem postei no FB uma única vez uma observação sobre algo que ouvi na TV e que me deixou roxo de vergonha – “Cerca de 7% dos brasileiros acreditam que a terra é plana”, dizia o âncora da TV Portuguesa. Ó raios, disse eu… isso é um fenômeno mundial creio, mas de onde foi que os portugueses arrancaram a informação de que cerca de 14 milhões e meio de brasileiros realmente acreditam que a terra é plana? Tudo isso veio na esteira de um congresso de “terraplanismo” no nordeste do Brasil por aqueles dias. Fiquei com vergonha, mas acho que raiva teria sido um sentimento apropriado também, uma vez que não entendo mais nem como se obtêm essas estatísticas (eleições são uma época boa para perder a fé no Ibope…) nem se há interesse em nos enxovalhar, mais do que nós mesmos o fazemos, com nossos Toffolis, nossos Lullas, nossas Dilmas (essa, campeã em nos sacanear ao vivo e via Embratel), entre outros. Na verdade não tem necessidade alguma de que entes externos façam piada sobre nós. Nós damos conta disso sem ajuda.

Mas é legal ver que Portugal ainda está razoavelmente livre de imigração predatória, forçada de fora para dentro, de gente sem qualquer conexão com o lugar. “Bain, ó pá, milhoire os brasilairos, não ié?”, dezem estar dizendo os patrícios, já que, de fato, melhor alguém que tem, além do idioma (quase) igual, a mesma propensão para ficar amuado, auto-exovalhar-se e fazer “auto-piada”…

A nota mais triste talvez tenha sido os cartazes, sobra da última eleição para a Câmara dos Deputados deles, cheios de PCP (Partido Comunista Português), dizendo “Aumento geral de salários, aumento geral de pensões” e outros artificialismos que fazem da esquerda universal um bloco monolítico em suas reivindicações cretinas e prenúncios do caos econômico, uma vez atendidas.

A nota mais legal foi a de um cartaz (também de partido político, creio) dizendo “Se um deputado incomoda muita gente…”… eles também se dão ao direito de concluir que tem deputado demais, fazendo de menos, custando demais e enchendo o saco demais… É bom saber que além das insanidades da esquerda, existem outros fatores universais de chateação.

Viva a Santa Terrinha…

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