Normalmente, em momentos de crise e sofrimento, as pessoas são convocadas a orar e a clamar a Deus por libertação. São marcadas vigílias de oração nas quais o clamor para uma solução é direcionado aos céus na esperança de que os anjos tragam a resposta de Deus. Nada de errado com a atitude, todavia deveríamos parar pra pensar um pouco sobre a efetividade da oração.
Muitas vezes, nós mesmos deveríamos ser a resposta de Deus à elas. Mas como, poderia você me perguntar? E eu lhe digo: Na mudança de nossas ações em relação ao próximo, agindo como a mão de Deus para suprir o necessitado; compartilhando o que temos com aquele que padece; sendo um ouvido paciente e compreensivo frente àquele que sofre; cuidando de nossos familiares com carinho; levantando a voz contra a injustiça social e expondo o nosso peito à baioneta pra salvar as viúvas, os órfãos, idosos e incapazes.
As Escrituras falam de maneira clara que não adianta nada dizer ao necessitado para ir em paz, para se aquecer no frio e se alimentar adequadamente, se não lhe damos o necessário para o seu corpo. Isso é conversa fiada e uma oração inoperante (Tiago 2:16 se você quiser conferir). Observe, que não estou falando contra a prática da oração, pois sei inclusive que ela é fator de saúde para o corpo. Falo estas palavras para afirmar que a sua prática precisa trazer em si o fator consciência. Porque para fazer uma oração sincera, os meus olhos não podem estar fechados para a realidade pela qual clamo e as minhas mãos não devem estar encolhidas e reclusas em meu egoísmo.