Tive a oportunidade de, pela primeira vez na vida, ver um candidato a vereado em que votei (candidata, na verdade) ser eleito. Mais do que isso, eleito em primeiro lugar num colégio eleitoral disputado como é Curitiba. Eu jamais poderia acreditar que a performance da candidata fosse ser tão boa. O partido, o Novo, a quem eu sou filiado, teve na Indiara a melhor performance do país. Fico feliz.
Fico também indignado quando as mídias sociais colocam o Novo como “nova esquerda”. Só pode ser má fé intelectual ou burrice mesmo. O Novo é liberal na economia. É menos conservador nos costumes do que eu gostaria, mas ok, faz parte, e não se pode ter tudo. Principalmente, seu ex-presidente, João Amoedo, hoje me chateia bastante por ter se tornado um crítico-pela-crítica do governo federal, em contraposição pela maior figura do partido, na minha opinião, o Marcel Van Hattem do RS. Esse sim, digno do meu aplauso (até agora).
Minha candidata, agora vereadora-eleita, é uma colega de profissão (auditora), e uma pessoa com a quem tive algumas interações profissionais ao longo dos anos. Pensem numa chata-de-galocha… Eu e ela, em lados opostos da mesa, discutindo aspectos técnicos de uma avaliação feita para cliente. O pau quebrando, ela querendo focar no ponto de vista dela, e eu no meu. Dois bicudos de marca maior… uma coisa engraçadíssima!
Bom, essa moça, profissional de uma das áreas mais cri-cris do mundo, é agora nossa representante na Câmara de Vereadores de Curitiba. Tenho certeza que é o início de uma carreira política (como eleita) brilhante. Digo isso por conta das minhas experiências profissionais com ela. A profissão nos exige independência, atenção aos detalhes e um amor meio que desmedido pelo que chamamos de “ceticismo saudável”. São características importantes para um vereador, cuja tarefa, mais do que dar nome a rua, deveria ser de fiscalizar os atos do executivo municipal. Pois bem, Rafael Greca que fique esperto, pois não espero da Indiara Barbosa menos do que o que ela é, no contexto profissional – tinhosa, metódica e atenta a detalhes.
Espero e peço a Deus que ela saiba dosar a necessidade de fiscalização com o bom senso. Sim, porque atitudes mais “carbonárias” podem tão somente inviabilizar um mandato, pois que sabemos todos que a quantidade de lixo a ser varrida de debaixo do tapete oficial-municipal não deve ser pequena. Que Deus dê sabedoria para enfrentar os “de sempre” com um sorriso nos lábios, mas que, na necessidade, tenha a força e a coragem de denunciar sem medo qualquer ato menor, praticado por quem quer que seja.
Ninguém te elegeu, Indi, para ter direito a fazer “pedidinhos” ou “contrapartidas”. Não foi pra isso que te ajudamos a ir para o legislativo! Foi justamente para recusar qualquer “favorzinho” que alguém (eu inclusive) possa te pedir.
Vamos te cobrar, assim como esperamos que você cobre do executivo e de seus pares. Vamos te olhar com os mesmos olhos que você pretende olhar as contas públicas. Sabemos da sua qualidade pessoal e profissional. Estamos felizes agora, e tenho certeza de que estaremos felizes daqui há 4 (ou 2) anos.
Excelente!! Adorei! Cri cri mesmo!! Vamos fiscalizar a prefeitura com rigor, como fazemos na auditoria!
Obrigado, Vereadora! Somos os dois uns “cri-cris bicudos”, graças a Deus!