É diferente de ganhar eleições

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Ontem consolidou-se a estratégia de tomada do poder, sob os olhos horrorizados do mundo, que não tem ideia do que está acontecendo aqui: uma manifestação maciça em Brasília. Nada de mais – antes disso houve dezenas, centenas, sem UM ÚNICO incidente, e nem lixo na rua. Ontem, diferentemente, houve um cenário de pavor, indesejado por qualquer democrata. A novidade foram os chamados “Desbotados” – gente com camisa da seleção e, por debaixo uma camisa vermelha, que dá um tom misto, de vermelho desbotado à vestimenta. Foram encontrados às pencas, mas não aparecerão jamais.

De fato é… uma coisa é “ganhar” eleições (palavra correta – ganharam mesmo, de presente, tanto do Bolzo quanto do TSE). Outra é conquistar o poder, como candidamente falou Zé Dirceu a um jornal espanhol, lá, bem antes da eleição (se não me falha a memória, antes mesmo de Lulla ser solto).

Ibaneis Rocha, o governador do DF, é substituído no poder por alguém do PCdoB, indicado por Flávio Dino, também daquela legenda (ou era, pelo menos). Alguém bem à esquerda, à feição de quem “toma o poder”. Não ganhou eleições, esse substituto, mas ganhou o poder. Perdeu, Mané de Brasília…

Perdemos todos… Hoje cedo, fogo em pneus e fechamento do Rodoanel em SP. Tarciso corre aflito para condenar o ato. Os perpetradores fogem do local (encapuzados, sem serem identificados). Ninguém é preso, mas certamente são “Bolsonaristas”. Quem duvida? A essa altura, nem os super bem informados repórteres de O Globo ao New York Times. Todos são unânimes em já declarar os culpados. Tarciso corre o risco de perder o mandato conquistado nas urnas, depois de décadas de PSDB no comando (da capital), sem nem bem dizer a que veio. Bola dentro pra nova ordem brasileira.

Perdeu Mané (Tarciso) – não sei se ocorrerá logo ou mais tarde, mas parece (ninguém tem bola de cristal pra afirmar) que é pule de dez… favas contadas. Questão de tempo.

Quem defenderá a causa dos que não gostam ou não acreditam que ter um ladrão como presidente seja coisa boa? Ninguém… Perdeu, Manézada… TODOS nós perdemos. Somos em tese 58 milhões de perdedores. Nas contas de alguns, somos, sei lá, 80, 90 milhões de perdedores – entre possíveis votos mal-contados e gente que achou que estava votando num democrata e “está com medo”, como o Mané-mor, Armínio Fraga, do alto de sua alva inocência. Pelamor, né…

E vamos que vamos. Cenas dos próximos capítulos ocorrerão logo – mais uma invasão, mais um quebra-quebra, e como consequência, mais uma intervenção federal, mais um governador destituído (por 90 dias que durarão 4 anos?), e mais um comunista sem experiência alguma em gerir coisa alguma, no poder de um estado que “jamais deveria ter saído do controle de determinado partido”…

Vaticínio não levado a sério por ninguém, quase, “tomar o poder é diferente de ganhar eleições” – seja antes, durante ou depois do pleito.

Vamos trabalhar, Manezada, porque temos que pagar as contas dos “vencedores”…

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