A tal da liberdade

woman spreading her arms
Photo by Fuu J on Unsplash

Os indivíduos escolhem a quem desejam dar ouvidos. E essa escolha, normalmente, se baseia em crenças e consequentes previsões. Assim, por mais certos que estejamos, muitas vezes, não iremos demover uma pessoa de seguir num determinado sentido apenas por nossa capacidade argumentativa ou em função das evidências que temos em mãos. Numa grande parcela da vezes, os indivíduos terão que trilhar o caminho da dor e da perda para que possam perceber que os alertas eram sérios e, as consequências previstas, reais.

Penso em relação à essa perspetiva que temos a função de alertar, transmitir a profecia, demonstrar o diagnóstico, levar as boas novas, mas a escolha quanto a aceitar ou não a mensagem cabe a cada cidadão. Todavia, algo importante deve ser dito. Se o indivíduo é alertado, orientado e mesmo assim opta por seguir suas crenças e isso redunde em dano para outros, este deve ser responsabilizado. Pois tinha diante de si a informação necessária, mas fez a escolha de negligencia-la, tendo como decorrência o prejuízo da comunidade. Este precisa pagar o preço de sua escolha.

É preciso compreender que a liberdade é contextual e traz consequências. A liberdade que não considera a responsabilidade, não pode ser considerada como tal. Na verdade, essa liberdade em que o sujeito só quer seus direitos respeitados, mas não assume seus deveres e responsabilidades, não é liberdade, é tirania.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *