Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.
Êxodo 20:7
No hebraico antigo, a palavra “tomarás” (Nasah) tem o sentido de “carregar”, “levar consigo”. O sentido do mandamento acima, como lindamente escreveu Dennis Prager, da Prager University, seria mais bem colocado como:
Não farás o mal no nome do SENHOR, para fazer bobagem em Seu nome”…
Dennis Prager – https://www.prageru.com/playlist/the-ten-commandments/
Desde a infância eu corria o risco (ainda corro) de tomar um tapa na boca se eu falasse “Meu Deus do céu”, ou “Juro por Deus”, pois era “tomar o nome do Senhor em vão”.
Não é isso que parece ser a ideia bíblica – Dennis Prager fala, muito eloquentemente, que Deus seria muito “miudeiro”, ou “pequeno” se nos condenasse ao inferno por falarmos “Ai meu Deus do céu”… seria (e é) muito idiota. O Deus criador do céu e da terra é muito maior do que isso.
Ocorre que, levado no sentido correto, o 3o. Mandamento nos fala de algo mais profundo: “carregar consigo, usar, levantar” o nome de Deus de uma forma que o envergonhe, ou que traga tristeza ou má reputação a Ele. Quando vemos alguém matar em nome do Senhor, como na Inquisição Espanhola, nas Cruzadas, ou na Invasão Muçulmana dos séculos XI a XII, podemos dizer que esses quebraram, em grande estilo, o 3o. Mandamento.
Quando alguém usa o nome do Senhor para arrancar dinheiro do fiel, quando usa “evangelho da prosperidade” para barganhar com Deus, esse líder, seja pastor, padre, ou outro, quebra este mandamento. Quando um líder usa do nome de Deus para causar mal sexual a alguém, traz desonra ao Senhor, e “carrega em vão” o nome do Altíssimo. Isso sim, não tem (segundo o Êxodo) perdão, porque …”o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.“.
Vivemos os tempos de figuras ridículas, trágicas se cômicas não fossem, como determinados “Apóstolos”, ou “Flordelises” da vida… que trazem sobre o resultado da promessa de “não ter por inocente” quem faz isso. Seja um crime de morte, sexual ou financeiro, ou ainda de qualquer outra natureza (como trazer má fama ao Senhor por ser um parceiro infiel, ou um profissional meia-boca), figuras da atualidade “carregam”, “levantam” bem alto no nome de Deus, apenas para O fazerem desonrado. Uma coisa dessas realmente não tem como passar impune.
Não passa impune, pois na Cruz, Jesus Cristo pagou por esse erro aí também, mas francamente, quem se conduz assim (e na vida todos já “carregamos” o nome do Senhor em vão alguma vez) precisa de arrependimento.
Não é o “Apóstolo Arnaldo” do Youtube que é o cara que devemos, como cristãos, atacar… Aliás, o pobre do Arnaldo Taveira, humorista, está sendo atacado (em vão) por justamente fazer troça com os “apóstolos” que de fato merecem ser atacados, os lobos em pele de ovelha que existem por aí… O Arnaldo fala muito palavrão, o que é chato mesmo, mas eu me racho de rir do cara, por expor, colocar a nu, as mazelas dos que se dizem “apóstolos” mas não o são:
Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
Apocalipse 2:2
Vou me esforçar pra nunca mais carregar o nome do Senhor por aí em vão, o que tenho certeza que será bom pra mim, independentemente do próprio Deus. O resultado do mandamento faz bem até pro ateu…
Gostei e concordo!
Abraço