Artigo Indicado – Instituto Millenium

https://www.institutomillenium.org.br/recentes/os-numeros-desmentem-a-teoria-protecionista-de-trump/
www.institutomillenium.org.br

Poucas coisas me deixam mais chateado do que não perceber algo há mais tempo, e não escrever sobre isso. Hoje me deparei com um assunto que me chateia há uns 2 anos, sobre a Casa Branca de Donald Trump, e sobre o que nunca escrevi.

Nada me incomoda muito no jeito bufão e tweetador de Trump. Isso eu acho que é o jeitão da madeira mesmo. Também não me desagrada – ao contrário – seu apoio à Israel e às causas conservadoras, principalmente nos costumes. Eu realmente creio que o mundo é um lugar pior com gente pregando controle de natalidade e “escolha” com a vida alheia (aborto) ou essa coisa terrível que os americanos chamam de “entitlement” (os “meus direitos”, numa tradução mais livre) que todo mundo acha que tem, mesmo sem trabalhar pra isso, sem contribuir pra ter, em síntese, sem qualquer “direito” de fato. Ainda, a liberdade de expressão e religião, que são pilares fundamentais das democracias.

Nada disso ecoa mal nos meus ouvidos, e eu agradeço a Deus porque não temos ninguém no posto de pessoa mais poderosa do mundo fomentando causas “progressistas” (quando se está na beira de um abismo, progredir é insanidade).

Mas me chateia, me preocupa muito, a postura absolutamente errada, na minha opinião, da Casa Branca de Trump quanto ao comércio externo e aos déficits comerciais dos EUA.

O artigo de João Luiz Mauad, cujo link postei acima, contém uma bela análise dos porquês não vale a pena brigar por déficits comerciais, quando seu balanço de pagamentos total não está em risco. Os EUA podem se dar ao luxo de ter déficits comerciais, porque na soma geral, possuem reservas praticamente inesgotáveis, além de um balanço de serviços favorável, que quase zeram o efeito total.

Acima um gráfico, também apresentado naquele artigo, e que deveria servir de alerta ao Brasil – abertura comercial, longe de ser problema, é solução. E deixe que os ineficientes se virem, mudem, ou desapareçam.

Boa leitura.

Democracia e seu “Poder Concedente”

https://br18.com.br/democracia-so-existe-se-as-forcas-armadas-quiserem/
Fonte – Estadão

Veja o artigo acima. Os idiotas dirão que o que o presidente falou é bobagem. Mas doutrinariamente, a “força” é o “poder concedente”, no nosso caso, as Forças Armadas.

A constituição americana prevê a possibilidade dos cidadãos se armarem e terem milícias exatamente para (textualmente) “protegerem-se, inclusive do seu próprio governo”. Não é à toa que desarmamento anda em moda entre ideologias que pretendem, cedo ou tarde, que o cidadão esteja de fato desarmado.

Uma síntese clara disso está na Venezuela, aí ao lado – enquanto as Forças Armadas não decidirem apoiar a democracia, não haverá democracia. Pode ser que uma invasão externa ou guerra civil possam tirar AQUELE poder concedente e colocar outro, mas SEMPRE haverá uma ‘força’ por trás da garantia de existência de instituições democráticas. Em vez de enxergar isso como ameaça, devemos entender claramente que talvez não haja ninguém mais democrático que o milico de hoje… O General Vilas-Boas foi um exemplo vivo, ao evitar diversas aventuras não-democráticas por parte da ex-presidente de pouca saudade.

Antes, então, os militares tem-se demonstrado no Brasil, com as exceções que o tempo demonstrou (excluo 1967 expressamente, aqui), fonte de estabilidade, e não de problemas.

Academia a serviço da Patrulha

Fonte: www.quillette.com

Li hoje no belo site Quillette (www.quillette.com) a triste história de uma PhD em Estudos Clássicos, durante a reunião anual, supostamente científica, da Academia Americana de Filologia, uma entidade de 150 anos de idade. A autora, Mary Frances Williams, na qual foi escorraçada da reunião e proibida de emitir sua opinião. Seu pecado? Ir ao microfone, no momento aberto para perguntas e respostas, e questionar um ponto de vista expresso por três dos “painelistas”, todos igualmente PhD na área. E por que?

Esses três acadêmicos expunham as virtudes da “inclusão social” e da “diversidade” no meio da pesquisa científica: um deles propunha que trabalhos de pesquisa de “Homens Brancos” não fossem publicadas nas revistas especializadas, para dar lugar a trabalhos de “homens não-brancos” e mulheres. Um deles tecia ainda considerações sobre a “retirada do aprendizado de grego e latim” dos cursos de Estudos Clássicos, a fim de “tornar o curso mais atraente” a universitários.

A ideia reforçada pelos três expositores não tinha nada, absolutamente, a ver com o objeto desta Academia de Estudos Clássicos, tampouco tentava reparar algum erro cometido e que precisasse ser trazido à tona. Tratava-se tão somente de promover a “diversidade na academia”.

A fala da Dra. Williams ia em 4 pontos precisos:

  • Que o estudo de línguas clássicas são a base de toda a produção científica na área (pra quem não sabe, se trata de estudar os escritos clássicos gregos e latinos, base de nosso conhecimento atual, e de conceitos importantes, como justiça, liberdade e democracia. Autores como Cícero, Píndaro, Ovídio entre outros são estudados em seu idioma original) a fim de trazer a nosso conhecimento o “zeitgeist” daquela época e o que isso significa em termos atuais. Sem grego e latim não tem estudo clássico, dizia esta pesquisadora;
  • Que é importante ensinar os autores clássicos a estudantes de graduação iniciantes;
  • Em última análise, que o jeito de atrair público ao curso não é de ensinar menos autores clássicos, mas mais;
  • Que seminários (provavelmente de menor duração) são uma boa forma de ensinar e atrair público.

O pau quebrou quando a Dra. Williams argumentou com um professor hispano, um dos painelistas, que seria melhor ele ter recebido sua cátedra por conta dos seus méritos do que por ser negro (ou hispano). A Dra. Williams diz não querer ter sido ofensiva, mas apenas demonstrar o ponto crucial – que seria melhor (e efetivamente é melhor) que alguém tenha conquistado uma posição por conta de seus méritos acadêmicos, e não por conta de qualquer outro fator, seja pele, religião, orientação sexual ou etnia. Que a academia não pode estar vinculada, de nenhuma forma, a qualquer consideração que não seja a ciência e a busca do conhecimento.

Pois é. Minha consideração é exatamente sobre isso – a ciência tem ficado em segundo lugar, em relação a considerações que nada tem de científico. Neil DeGrasse, o famoso físico que apresentou o show de TV “Cosmos” (nova versão) é negro. Acho o show excelente, a despeito do irremediável ateísmo bobo, falastrão de DeGrasse, pelo que ele É de fato – um bom show sobre ciência. Não deveria entrar na consideração de quem quer que seja se a cor da pele do Neil, do Zé ou da Maria influencia ou não na qualidade do que fazem.

Recentemente quase apanhei de um grupo de pessoas porque disse (elogiosamente) que a voz do negro é diferente. Até me explicar que a voz do negro é MELHOR, mais clara, mais forte do que a de qualquer outra raça, fiquei com a pecha de racista.

O que se fala hoje em dia, independentemente do que, passa por um crivo de patrulha ideológica que põe de lado qualquer consideração da ciência ou do bom senso. A proposta atual, de que sexo é uma “escolha”, e não biologia, é um desses exemplos. Tanto se me dá se a pessoa, após ter crescido o suficiente para tal, decida ser homo ou hetero, ou se será planta ou cachorro. É decisão da pessoa e que (na minha visão) terá sua repercussão espiritual, com Deus. Não é algo que eu possa fazer nada a respeito.

No entanto, eu não vou entrar no Boeing 777 e me perguntar se o engenheiro aeronáutico que ajudou a projetar o bicho “acredita ou não” na lei da gravidade ou aerodinâmica. Eu não estou nem aí se o cara é homo, hétero, zebra ou pudim. Quero que o avião voe, bem, e seguro. Da mesma forma, os moradores de São Paulo não estão nem aí para o sexo ou cor da pele do engenheiro que dizia fazer manutenção dos viadutos da cidade. Ele não quer é morrer debaixo de um deles, nem ficar 5 horas parado em engarrafamento por conta de um deles.

A verdade vos libertará, disse Jesus Cristo, porque a verdade nos confronta com o que é, independentemente do que pensamos. Assim como não se discute com uma equação, não se deveria discutir, em plenário “técnico”, entre o rigor científico e a ação afirmativa…

Bom ter amigos bem sucedidos! Good to have successful friends!!!

https://www.senior.com.br/noticias/senior-reforca-estrategia-de-logistica-com-incorporacao-do-tms-da-opentech/

É sempre bom ver um deal acontecer “por dentro”… É ver os amigos serem bem sucedidos no que fazem e nos alegrar com eles!

Parabéns ao amigo e grande profissional Duani Reis, CEO da OpenTech, pela transação bem sucedida com a também super empresa Senior, de Blumenau.

Sucesso às partes!

It is always good to see a deal happen “from inside”… And to see our friends be successful in what they do, and rejoice with them!

Congrats to my friend and great pro, Duani Reis, CEO of OpenTech, for the well succeeded transaction, and also to the super company Senior, from Blumenau.

Much success to all!

Estadão – nào dá pra comentar Editorial…

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/notas-e-informacoes,nao-basta-baratear-o-emprego,70002728301

Vejam no Editorial do Estadão de hoje – Não dá para não ficar vermelho de raiva desse editorial… O Estadão não costumava ter este tipo de visão tão burra. Afirmações como “não dá para afirmar que teríamos menos que 12,2 milhões de desempregados se o custo de contratar fosse mais baixo“, e “O governo deveria cuidar da criação de empregos, por meio de estímulos ao crescimento econômico, em vez de carregar a bandeira de uma nova e ainda muito mal explicada reforma trabalhista.” são de uma imbecilidade quase ilimitada.

Um país que envelhece rápido, que os políticos e funcionários públicos se aposentam cedo e com valores muito superiores à iniciativa privada (que é quem de fato contribui para todas as aposentadorias) não pode se dar ao luxo de estar discutindo validade da medida. É descaramento demais falar isso!

Me pergunto como os gênios econômicos do Estadão pretendem que se crie milhões de empregos com orçamento em déficit crônico, gerado fundamentalmente pelo engessamento do uso de verbas para saúde, educação, entre outras, com os gastos com funcionalismo lá nas alturas, e subindo, e com todo esse dinheiro “earmarked”.

Sou afiliado do Partido Novo e sem qualquer necessidade de defender Guedes ou Bolsonaro. Um pouco de bom senso à mídia mainstream não faria mal nenhum, no entanto…

COAF menos ativo?

A notícia mais recente e preocupante até o momento sobre o novo governo chegou hoje, e não se sabe (como tudo o que se publica nesses dias na grande imprensa) se é isso mesmo ou se é “another brick in the wall” que está sendo colocado para consumo do vulgo (nós).

O troço é mais ou menos assim:

  • Retirada de exigência de que informações sobre parentes de políticos sejam enviadas ao COAF;
  • Possibilidade de que o COAF venha a receber dos bancos menos informações sobre movimentações estranhas, como aquelas acima de R$ 10 mil, de uma forma geral;

A coisa, lida na mídia geral, aparece como acima descrita, ou seja, parece redução da rigidez das regras, ou seja, menos controle.

A informação que vem do Bacen, no entanto, diz que o caso vai no sentido contrário. Não apenas os bancos continuam obrigados a reportar ao COAF as situações consideradas atípicas, como NÃO se aplicam mais limites mínimos. Ou seja, não precisa que algum montante seja ultrapassado para que a instituição acione o COAF.

Como auditor, e sempre me valendo do conceito de materialidade, derivado de um escopo calculado estatisticamente para que não se tenha que examinar “tudo” mas que tudo o que é relevante o seja, entendo que há situações em que embora algo pareça “abaixo do radar”, ou do escopo, ainda assim deve ser investigado.

Meliantes talentosos tem um arsenal grande de truques para fugir aos controles estritamente estatísticos ou “genéricos”. O advento de inteligência artificial com algoritmos cada vez mais sofisticados implica na descoberta de padrões invisíveis aos olhos dos analistas, mas que podem apontar para fraudes concretas. Algoritmos que “aprendem” e trabalham na velocidade da luz podem “entender” o padrão de movimentação de cada correntista “exposto” politicamente ou não, e com base nisso alertar os analistas quando algo merece ser verificado mais a fundo.

Cuido muito em ler as coisas com mil olhos, porque está cada dia mais difícil identificar a verdade à distância, sem a interferência de jornalismo sério, verdadeiro, que verifique fontes com limpeza e sem viés ideológico pra lá ou pra cá. O fato de que os interesses que ora existem nos escalões mais de baixo, nos ministérios, autarquias, etc, ainda dá mais arrepio ainda. Algo atribuído a esta ou aquela autoridade pode ser simplesmente guerra de informações ou parte da fábrica de fake-news que roda a todo vapor.

Importante usar filtros cada vez mais potentes. Fica a dica.

Armas e Serviço Militar

Recentemente em Israel, a convite de um casal de amigos, ambos reservistas (ele, coronel, ex piloto de helicóptero, ela major, da intendência) nos levaram a locais maravilhosos, nessa terra maravilhosa. Em Tel Aviv, perguntamos – quais são os lugares que devemos evitar na cidade? A resposta foi uma cara de ponto de interrogação: “Por que? Aqui, todos os lugares são seguros. Vocês até podem morrer com um míssil vindo da faixa de Gaza na cabeça, mas assaltados, não mesmo!”. O porquê aí ficou por nossa conta – e a resposta, bastante simples – “aqui todo mundo, homem e mulher, faz 2 a 4 anos de serviço militar obrigatório. Todos amam isso, sentem ser seu dever, aprendem muito, sabem lutar artes marciais, principalmente o tal Krav-Magá, que é muito eficiente, e atiram com quase qualquer tipo de arma. Quem vai se arriscar a cometer um assalto?” Chances altíssimas de tomar um tiro. Indagando em outros locais, com exércitos bem treinados e serviço militar obrigatório, como Suíça e Finlândia, por exemplo, a reação é sempre a mesma. Todos conhecem armas e sabem usa-las.

Nossa presente discussão sobre porte e posse de armas, na minha opinião, deriva de um medo patológico de pistolas e fuzis, pelo desconhecimento total sobre elas. 90% das pessoas que conheço nunca sequer tocaram numa arma de fogo. Óbvio que esse tipo de pessoa terá um medo terrível, se tiver sequer que falar no assunto, ou tocar numa arma.

A questão estaria mais bem colocada se atacássemos, talvez, a raiz do problema – a falta de conhecimento, treinamento e familiaridade com a arma de fogo.

A resposta, na minha opinião, está no serviço militar abrangente, para ambos os sexos (ou quantos queiram que existam os liberais).

Nós, com uma fronteira enorme, uma necessidade imensa de defesa delas, e com uma juventude se perdendo, sem disciplina e sem o mínimo de senso de dever, poderíamos perfeitamente pensar nisso. Imaginem as vantagens:

  • Entre 18 e 20 anos moços e moças vão – quem não vai é exceção médica – para uma unidade das forças armadas. Lá, aprendem a ser gente, “na marra”;
  • Essa faixa de idade, a mais suscetível a cometimento de delitos, entrada no tráfico, prostituição, etc., seria passada sob regime severo, com menos chances de contágio com os maus elementos conhecidos;
  • As pessoas entrariam na faculdade mais tarde, mas provavelmente com a cabeça melhor – acho que o índice de evasão da faculdade cairia, e a qualidade das escolhas melhoraria, pelo maior amadurecimento;
  • Essa mão de obra, treinada e educada no serviço ao país, poderia acabar com a porosidade das nossas fronteiras – ou reduzi-las.
  • Essa gente toda deixaria de ter largas oportunidades de usar e traficar tóxicos, passando a ser agentes de seu combate, profissional;
  • A quantidade de mão de obra para funções necessárias ao país, como por exemplo as frentes de combate a incêndios florestais, intervenções (como a do RJ e Ceará), projetos de infraestrutura, aumentaria. Uma força de trabalho preciosa sairia da inércia para o bem comum;
  • O nível de comprometimento interpessoal – moç@s e moç&s (Sic) entre si – seria aumentado pelo maior amadurecimento que o trabalho e a camaradagem da caserna trazem, melhorando a qualidade tanto das amizades quanto das famílias (well, é possível, parece…);
  • A capacidade de defesa das mulheres (ou partes mais fracas, de qualquer gênero) aumentaria muito, o que faria com que se sentissem mais atores na dinâmica relacional, e menos vítimas dos respectivos companheiro(a)s;
  • A saúde tenderia a ser melhor, devido ao exercício físico, dieta balanceada, menor acesso a álcool (e drogas, claro), horários rígidos de dormir, levantar, comer, etc – que certamente economizará uns trocados para o sistema público de saúde;
  • O caráter “civil” das forças armadas seria reforçado, no sentido em que a maioria da força “estaria militar” e não seria militar, ou seja, o muro de separação entre civil e militar seria mais baixo, com uma força armada muito mais imersa na estrutura do país como um todo, ou, como alguém já definiu no título de o belíssimo livro sobre a 2ª. guerra mundial – “Soldados Cidadãos” de Stephen E. Ambrose – cidadãos comuns, amantes de sua terra e da liberdade, que “estão militares” pelo bem comum.

Tenho certeza de que os benefícios não param por aí, e com certeza economizaríamos muito mais com os problemas evitados (intervenções, combate ao crime, abortos e gravidez precoce, drogadicção, entre outras coisas) do que com o equipamento, alojamento, rancho, soldo e outros.

Para que se tenha uma ideia, o jovem médio israelense sai do exército com 20 a 21 anos, passa um ano gastando o que acumulou de soldo viajando pelo mundo, de mochila nas costas, conhecendo e aprendendo, normalmente junto a um ou mais colegas de unidade. Depois é que vai para a universidade, já mais maduro. Entra no mercado de trabalho aos 26 a 27 anos. Parece tarde. Não é o que o desenvolvimento e pujança de Israel tem mostrado. Vivemos mais, hoje, temos mais tempo para usar sabiamente. Nos aposentamos mais tarde. Podemos nos manter em melhor forma, física e mental, por mais tempo, com maior número de habilidades desenvolvidas, e, como disse no início, com uma população que sabe se defender.

O Brasil, desde meados dos anos 70, passou a execrar os militares, e o militarismo, por conta dos “anos de chumbo”. Não me parece sábio nem economicamente prudente deixar que esse “bias” continue a nos tirar a possibilidade de ter uma juventude mais bem preparada, saudável e útil à sociedade.

O Fim do Socialismo?

A posse do presidente Bolsonaro, ontem, suscitou um monte de editoriais focados no fato de que ele propôs, do parlatório, que ali começava o “fim do socialismo” no Brasil. Hoje, 02 de Janeiro, o Estadão já propõe em editorial que os discursos foram “rasteiros” e “eleitorais”. Com a devida vênia, os discursos foram até hoje os mais curtos que eu presenciei para essas ocasiões. Além do mais, as falas são comparadas especificamente com quais outras? A de Lula propondo o “fim da fome”, sem dizer como? Ou algum dos discursos ininteligíveis de Dilma Rousseff? Não gostei muito dos discursos por outras razões. Nenhuma das elencadas pelos veículos de comunicação. Desgostei porque não foi fundo na questão do desmanche do estado brasileiro (que, como eu, engorda, engorda e se torna cada vez menos eficiente). Não gostei também porque não exaltou devidamente o foco no livre mercado e na simplificação das leis tributárias e trabalhistas, cujo cipoal nos ameaça diariamente. Enfim, se alguma virtude houve, foi a da concisão. Falou ao seu público, falou pouco, e deixará o governo fundamentalmente aos técnicos. Se fizer isso terá conseguido uma ótima coisa – dar o tom geral e não atrapalhar.