Abaixo as Estátuas e o Cristianismo sob Fogo

Jesus Christ wall decor
Photo by Paul Zoetemeijer on Unsplash

Sou cristão. Se algum tipo de restrição ou perseguição ao cristianismo aparecer, não duro 5 minutos antes da “cana” chegar aqui em casa e sumir comigo… Confesso que não saberia dizer por que eu seria levado por esta crença, mas ok… os primeiros cristãos também não sabiam.

Saulo de Tarso, jogado do cavalo abaixo por um Jesus Cristo perseguido por ele, não teve livre arbítrio diante do Livre Arbítrio de Deus – “tu vai falar de mim e da minha mensagem, e não tem conversa… tu vai ver o que é bom pra tosse, sua mala“… (Parafraseando Atos 9:5, e outros textos, em “weslês”). Eu tive escolha, tive livre arbítrio. Deus não me jogou de cavalo embaixo pra me motivar a servi-Lo… eu decidi – mas depois… ah, depois eu fui jogado de cavalo abaixo muitas vezes, e todas por culpa minha. Mas no fundo, ser cristão não parece ser uma opção, depois que se é; deixar de sê-lo, não é possível ao converso…

A “sociedade” (ainda uma minoria mais à sinistra, mas mudando rápido) decidiu que ser cristão é algo ruim. Se você acredita em Deus, acha que a Bíblia é Sua Palavra, ama sua família, não acha que roubar é legal, acha que temos que dar exemplo de trabalho e serviço ao outro, bom, você está marcado. Se você acha que assassinar criança na barriga da mãe é ruim, xiii…. se lascou. Se você acha que menino é menino e menina é menina (se veste rosa, azul ou roxo, pouco importa), você está a ponto de ser tornado criminoso. Mais ainda, se você acha que professor tem que ensinar e aluno calar a boca e estudar, está marcado. Mudar a natureza mesma das coisas virou moda. Mas isso já estava previsto.

Julgou o agora Apóstolo Paulo que “contra isso aí, não tem lei“, ou seja, ninguém seria idiota suficiente em encontrar uma forma de tornar isso ilegal. Mas isso já não é mais verdade. Entra em cena outra “profecia” (quase) lá de 400 anos antes de Cristo:

Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! 

Isaias 5:20

Já sobre ações “do bem” e sua natureza, um outro texto da Palavra é ilustrativo sobre o que os cristãos devem pensar, fazer e considerar:

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade (paciência), benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança (domínio próprio). Contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5:22 e 23).

Gálatas 5:22 e 23

Meu corpo, minhas regras“, esbraveja a militante. Ok, perfeito. Quem falará isso pela menina que está na sua barriga e não teve sequer o direito de respirar ainda?

Existem vários sexos, e não só dois biológicos; tudo isso é uma construção social“. Maravilha. conte isso pros cromossomos que estão dentro de cada um de nós (eu não os coloquei lá e não sei como modifica-los). Tem biólogo evolucionista ateu dando mais razão aos “crentes” do que aos ativistas da identidade de gênero. Um deles escreveu recentemente no Quillette:

Foi também durante esse período que comecei a me interessar pelo que muitos agora chamam de “ideologia de gênero”. Essa ideologia não apenas convida a um tratamento compassivo para indivíduos trans (que eu apoio), mas também promove as alegações cientificamente imprecisas de que o sexo biológico existe em um “espectro” contínuo, de que as noções de homem e mulher podem ser meras construções sociais e que o sexo de alguém pode ser determinado pela “identidade” autodeclarada em vez da anatomia reprodutiva. Quando recuei contra essas alegações, fui manchado como um fanático transfóbico. Temendo danos profissionais, parei de me envolver, cedendo o campo àqueles que defendem ficções da moda.” (Colin Wright, in https://quillette.com/2020/07/30/think-cancel-culture-doesnt-exist-my-own-lived-experience-says-otherwise/)

Como cristão quero fazer o que é certo, segundo a Bíblia. Quero viver em paz com o próximo e amá-lo (embora mesmo Cristo tenha dito que a gente deve viver em paz com os outros “de depender de nós”, reconhecendo que tem vezes que não dá…); quero pagar minhas contas em dia, quero tratar meus colegas de trabalho com justiça e retidão; quero fazer aos meus clientes, se possível, um pouquinho mais do que me pediram (e pagaram para isso) – quero “caminhar a segunda milha”. Quero, enfim, poder me defender se atacado, sem ser considerado os fascista.

O nível de mudança de “bem em mal” e “mal em bem” alcançou proporções que, quem as olha de fora, juraria que vivemos num hospício. Meu filho Thomas ontem citou de cabeça (ele adora esse tipo de frase!) o que George Orwell escreveu no seu clássico, 1984, e que embasa bastante bem os tempos que vivemos:

“Todos os registros foram destruídos ou falsificados, todos os livros reescritos, todas as pinturas foram repintadas, todas as estátuas e prédios renomeados, todas as datas públicas foram alteradas”.

George Orwell in 1984

Bom, as estátuas estão sendo mesmo é derrubadas, não renomeadas; a escola General Fulano agora é Companheiro Sicrano… Dia dos pais agora é dia de quem se diz pai…

Na boa, chegou o dia – bem é mal e mal é bem… liberdade de expressão virou “fake news” (quem vigia os vigilantes?).

E eu corro o risco de ir mais cedo do que mais tarde pra alguma masmorra para ser “reeducado” e aprender duplipensar e novilíngua…

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