É um mundo muito estranho:
- Para votar, 16 anos;
- Para responder por crimes, 18 anos;
- Para beber, 18 anos;
- Para trocar de sexo, 13 anos;
- Para fazer sexo, 14 anos;
É um mundo que dá o direito aos pais de trocarem o sexo dos filhos aos 4 anos de idade e nega aos pais uma boa palmada de amor no bumbum por ter feito algo errado. É um mundo que não permite que um marmanjo de 16 anos seja julgado por ter matado um pai de família, por ser “criança” mas permite que alguém de 12 anos possa começar a tomar hormônios para inibir puberdade.
Pior e mais trágico ainda – neste mundo (que há 30 anos pareceria um episódio de “Twilight Zone”), quem tem menos de 18 anos está proibido de trabalhar, salvo em situações tão específicas que é difícil, quase impossível, conseguir colocação. Pais que são profissionais em certo ofício, como marceneiros, pecuaristas, açougueiros ou outras profissões, estão literalmente impedidos de ensinar aos filhos o seu ofício. O que até 50 anos atrás era basicamente a regra, hoje não existe mais, quase que nem como exceção.
É de uma tristeza abjeta viver neste mundo. A Greta é exaltada por matar aula para supostamente “salvar o planeta” (mesmo sem saber bem o que está fazendo, e falando através de ventríloquos), viaja o mundo cercada de câmeras e exaltação ao seu “trabalho”. O Joãozinho, porém, teve o pai com sérios problemas com o juizado da infância e juventude porque o filho ajuda na lojinha da família depois das aulas.
A inversão dos valores originais, civilizacionais, como o trabalho, honestidade, adiamento de recompensas, honra aos pais, responsabilização pelos próprios atos e coisas do estilo, está tão entranhada na nossa sociedade que já achamos estranho ver uma criança atendendo no balcão da farmácia da família (coisa que na minha família era considerada honra para os pais, que os clientes vissem um filho ou filha tão responsável…).
Onde mais nossa ignorância da realidade da vida vai nos levar? Para onde uma geração fraca e “mimizenta” vai conduzir o mundo? Que estofo moral os nossos jovens terão, quando convocados a repelir o próximo Hitler, o próximo Stalin ou Mao?
São boas perguntas, e que certamente vão me dar muita dor de cabeça, muitos dislikes e muito xingamento. Que comece o jogo…
Tive a petulância de postar seu artigo no Facebook. Desculpe meu atrevimento.
A Tia Dalva, me pediu para acrescentar o comentário abaixo transcrito que, segundo ela, resume o que pensa a respeito do querido sobrinho Wesley:
“ME orgulho do seu texto!Foi coerente, racional e cheio de equilíbrio, e há nas entrelinhas um quê de desabafo, de coragem e um desejo extremo que tudo isso mude…
Realmente a verdade e a coragem, são coisas que estão faltando nos jovens, nos homens de meia idade e por que não dizer, mesmo nos de cabelos brancos?
À nossa Nação urge que se apresentem homens como você, que se levantem com toda a dignidade e sobriedade, para bradarem que não têm vergonha da honestidade, de serem do bem e que nesse País há homens honrados e que a verdade sempre será verdade e a mentira sempre será abominável. Citando Rui Barbosa(sempre atual) – De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar- se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir- se da honra, desanimar-se de justiça e ter vergonha de ser honesto. “
Tia Dalva, você tem que postar teu comentário direto, sem depender de Beto… hehehe… Concordo contigo mas já estou de cabelos brancos e mais com vontade de me aposentar do que qualquer coisa. Quando vejo caras como o Sen. Oriovisto Guimarães, pai do meu amigo Lucas, que aos 70 e poucos anos decide enfrentar uma eleição, ganha-la, e, rico que é, trabalhar só porque o Brasil precisa, fico envergonhado, porque odeio política partidária (para eu participar nela, bem dito), e me sinto “muito velho” para entrar num ninho de vespas que só piora com os anos. Vou escrever daqui há pouco um post sobre a batalha entre o Kaos e o Kontrolle (lembra do Maxwell Smart?), pois é isso que vivemos hoje, uma luta entre o caos e o controle… e a palavra “controle” foi talhada para, hoje, soar mal… Beijoca, te amo.