Independência Acadêmica

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http://jlduret.ecti73.over-blog.com/2020/07/france-soir-publie-la-liste-des-professeurs-payes-par-gilead.ils-sont-tous-contre-la-chloroquine-et-contre-le-professeur-raoult.html?fbclid=IwAR1HM_KlWzCM5X4KGQ3Dn5LrclegLgi48mkHNc8cjHRJIGx5DE3rU0YLknA

A independência acadêmica, leia-se, liberdade para pesquisar o que quiser, e chegar a conclusões independente de pressões ou interesses, é um assunto muito sério. Em alguns países o assunto é (ou era) levado muito à sério. Essa liberdade deveria ser levada a sério em disciplinas como sociologia ou história, mais ainda em engenharia, matemática, e medicina, principalmente. As disciplinas “de humanas” são as que menos parecem respeitar a liberdade acadêmica, devido à enorme ideologização das diversas correntes políticas. Como ninguém morre por um diagnóstico histórico errado, no curto prazo, ninguém dá muita bola pra isso. Mas imagine em medicina.

O risco de perda de liberdade acadêmica começa a ser pouco a pouco revelado, onde menos eu esperava qualquer ação jornalística mais independente, depois do Brasil claro – a França. E sobre o vilão do momento, a Covid-19.

O Jornal France Soir (antigamente um “vespertino”, quando havia jornal impresso) publicou no início do mês uma lista de pesquisadores que recebem fundos de laboratórios farmacêuticos, entre eles dois principais, Gilead e AbbVie, que querem levar ao mercado remédios contra a Covid-19 . Esses que estariam de certa forma “tendenciosos” contra a bendita (ou maldita, dependendo da ideologia) Hidroxicloroquina, ou HCQ para simplificar. Lá constam pelo menos 13 renomados cientistas que pesquisam em

France Soir publica lista de professores pagos pela Gilead. São todos contra a cloroquina e contra o Professor Raoul (Didier Raoul, Univ. de Marselha).

France Soir, citado pelo blog de J. L. Douret

Estamos todos aqui no Brasil, “hiperinformados”, gordos de tanto dado na nossa cara, e sem quase nada de verdade pra olhar. Esse blog do J.L. Douret tem um lema interessante: “Pense certo, pense errado, mas pense por si só“. Achei interessante o lema, pois estamos sendo cada dia mais motivados a não fazê-lo.

O que o France Soir fez foi colocar em dúvida a liberdade acadêmica que 13 “grandes nomes” da pesquisa francesa, por conta de sua receita proveniente de duas grandes empresas farmacêuticas, e, ao mesmo tempo, seu veemente ataque às pesquisas do Dr. Didier Raoul, que ficou célebre recentemente por algumas entrevistas e artigos propondo um coquetel de HCQ, zinco e azitromicina para prevenir a Covid-19. Lá na França, como cá no Brasil e em praticamente todo o mundo há uma guerra meio que deliberada sobre o tal coquetel. Ninguém sabe muito bem a natureza da “raiva” e espírito encarniçado contra alguns fármacos que juntos não somam R$ 5,00 por paciente por dia. Ou talvez por isso mesmo a raiva esteja justificada.

Na minha modestíssima opinião, um acadêmico ser pago para fazer pesquisa científica é válido. É lícito e desejável que as universidades trabalhem em conjunto com as empresas a fim de gerar patentes, métodos e pensamentos que tornem o mundo melhor. É um grande exemplo de bom capitalismo. No entanto, é necessário um freio na intervenção que o poder econômico tem na liberdade acadêmica. Aparentemente (dados de Wikipédia são sempre disputáveis, mas bastante acurados), o conceito de liberdade acadêmica começou na Universidade de Leiden, na Holanda, esta fundada em 1575, e se espalhou pelo mundo. Os suspeitos de hábito, URSS, China, Cuba, países do leste europeu, atentaram e atentam contra a liberdade acadêmica dia e noite.

Leiam o artigo (tem tradução, meia boca mas têm) pro Português, e dá pra compreender rapidamente que a soma de grana no bolso e animosidade contra o Dr. Raoul de certa forma está patente. O caso mais estranho é atribuído ao Dr. como abaixo traduzo:

“No. 1. – A Palma de Ouro vai para o Prof. François Raffi de Nantes. com 541.729 [recebidos de farmacêuticas] , incluindo 52.812 da Gilead. Será que é coincidência que falaram que o telefonema anônimo ameaçando Didier Raoult, se ele persistisse com [os estudos e propagação da informação] da hidroxicloroquina, saiu de um celular do departamento de doenças infecciosas do Hospital Universitário de Nantes, do qual François Raffi é o chefe ? Certamente uma pura coincidência. [ironia embutida]

Blog J.L. Duret

Como diz o lema do blog, pense certo, pense errado, mas pense por si só. Sem teoria da conspiração, mas sabendo que as farmas são o que são porque fazem o que fazem, pense… e conclua.

Se é voluntário…

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Quotas, ações afirmativas, socialismo… o que esses termos têm em comum? Todos eles partem do princípio de que isso é algo “imposto” por alguém. Tudo isso está fadado ao fracasso, por serem atos artificiais na sociedade. Senão, vejamos:

Quotas

A política de quotas por raça, sexo, orientação sexual, entre outros fatores, substitui a livre competição em processos seletivos, por vagas em uma universidade, colégio, emprego, em alguma medida. O argumento de que é preciso dar acesso “mais fácil” a alguém em virtude de alguma característica qualquer tira a legitimidade dela (a pessoa) estar naquele lugar. Nunca tive essa oportunidade na vida, mas imagino ter lutado com unhas e dentes para galgar uma certa posição só para ver alguém que não tenha se preparado tão bem estar ao meu lado em igualdade de condições. Do ponto de vista técnico, isso pode ser até perigoso, dependendo da atividade exercida. Eu me sentiria tremendamente constrangido de estar num local para o qual não tenho capacidade de estar.

Ações Afirmativas

São quotas que não necessariamente implicam em uma “burla” a um sistema de libre competição, mas que reservam a um grupo qualquer um espaço que deveria ser objeto de competição livre. O exemplo mais claro são as quotas de candidaturas para cargos eletivos para mulheres. Obviamente que não sou contra a maior participação de mulheres no processo eleitoral; aliás, sou muito a favor, dada a melhor qualidade analítica e maior cuidado social das mulheres quando no trato com a res pública. A questão é a mesma das quotas: artificialismo – queremos fomentar algo “de cima para baixo” sem qualquer preocupação com os efeitos colaterais disso. Ora, mulheres são intrinsecamente diferentes dos homens, a começar pelos cromossomos. Somos iguais em direitos e deveres, e assim deve ser, mas eu, como homem, não pude parir filhos, assim como minha amada esposa não pode faze-los. Cada um no seu quadrado, entendendo que diferenças, antes de detestáveis, são necessárias e bemvindas.

Socialismo

A aparência inicial é sempre a mesma: justiça social, distribuição de renda, mais liberdade. Tudo acaba da mesma forma: tirania, pobreza e opressão. Qual é a causa disso? De novo, artificialismo. Tentamos, de cima para baixo, criar as condições para um “paraíso na terra”, forçando as pessoas a fazer o que é contrário aos seus interesses mais próximos, a ir contra sua natureza, necessariamente egoísta (o homem é um ser decaído, conforma a Bíblia, o que se demonstra na prática dia a dia).

Voluntarismo versus Imposição

Sob qualquer aspecto, o ser humano não gosta de ser forçado a nada. Ele só abdica de direitos quando forçado a isso, conscientemente ou não. A sabedoria de um sistema voluntário reside em dar condições para que as pessoas façam algo em seu benefício próprio, algo bem egoísta, mas de livre escolha.

Um exemplo magnífico do uso sábio do voluntarismo a serviço do bem comum está, creiam-me, nas Bolsas de Valores e nos Fundos de Pensão: em ambos os casos, criam-se mecanismos de obtenção de lucro (“maldito lucro”, dirão alguns) que são vistos pelo grande público como indo alimentar um “gordo, porco capitalista”, quando na verdade os maiores beneficiários são os aposentados do mundo todo. Um grupo de pessoas junta seu dinheiro num fundo de pensão (privado ou público) e precisa fazer esse dinheirinho render para bancar a sobrevivência da velhinha de Taubaté ou se São José da Boa Morte; Des Moines ou Los Angeles, Milão ou Verona… não importa.

O Brasil até bem pouco tempo tinha altas taxas de juros que drenavam a poupança para uma única fonte de renda: os títulos públicos. Não é assim no resto do mundo, há muitos anos. Você precisa aplicar dinheiro numa atividade produtiva. Bolsa de Valores é a resposta mais correta e mais democrática. Mas para isso precisa sobrar renda no bolso do trabalhador.

Por outro lado, a imposição de altas taxas de tributação, ao mesmo tempo tornam a vida do cidadão comum mais cara e drena recursos para que um grupo de iluminados tome decisões por nós, de forma imposta. O Brasil escolheu ter ao mesmo tempo alta tributação (impostos) e baixo retorno desta imposição. O resultado é o que vemos: muito dinheiro centralizado na mão de governos, com a consequente tentação de usar o público para fins privados, dentro da lei (mordomias, vinhos premiados e lagostas) ou fora dela (petrolão, mensalão, etc).

Vivemos num país que nunca foi livre de fato.

Liberdade

A base da sociedade democrática e capitalista de hoje em dia está no cristianismo, mais amplamente, num sistema judaico-cristão de pensamento. Jesus desejava ardentemente que os pobres fossem ajudados, que amássemos ao próximo como a nós mesmos, e tudo o mais que está descrito nos Evangelhos. Coisas boas, “contra as quais não há lei”. No entanto, ele nunca quis que virássemos a mesa, e impuséssemos nada a ninguém – “não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito”, disse o Senhor.

Se os seres humanos fossem perfeitos, qualquer sistema de governo seria ótimo, pois na verdade seriam desnecessários. Cada um pensaria mais no outro do que em si, cada um faria ao outro o que quer para si mesmo, cada um consolaria ao outro, sem imposição, por bom coração. Isso não é verdade, ainda, e enquanto não o for, precisamos conviver com a inescapável necessidade de usar sabiamente a liberdade individual para o bem coletivo.

Daí a conclusão de que é necessário “usar o egoísmo e a ganância naturais do ser humano para o melhor resultado possível”. Conforme disse Adam Smith há tanto tempo”

Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor próprio, e nunca falamos das nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter”.

Adam Smith

O liberal progressista dirá que isso é um absurdo, e que temos que “fazer com que as pessoas pensem nos outros”; temos que “forçar as pessoas a serem benevolentes, e boas”. Há pessoas assim, claro, que pensam mais nos outros do que em si mesmas. Essa, contudo, não é a regra. A regra é que as pessoas pensem primeiro em si. Aliás, quanto mais pobres, quanto menos têm para dar, a tendência é pensar mais em si. São raros, infelizmente, os casos como da “viúva pobre” descritos por Jesus, que oferta ao Senhor seus últimos vinténs.

Maslow descreveu essa tendência lindamente em sua Hierarquia das Necessidades. Quanto mais básica e imediata é sua necessidade, mais rapidamente, e a qualquer custo, a pessoa quer resolve-la. Se alguém está se afogando, sem pensar leva consigo ao fundo do rio o amado colega do lado, na intenção de se safar. Se alguém está morto de fome, tentará de tudo para sacia-la (alguns, a qualquer custo). Ora, se isso é verdade, para que haja paz social é preciso que “Apelemos não à humanidade, mas ao amor próprio, e nunca falamos das nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter”. Se eu quero que alguém faça algo sempre, de bom grado, com qualidade, livremente, é preciso que o desejo dela esteja alinhado com o meu.

Por isso o socialismo não funciona: porque as pessoas são colocadas, de forma imposta, em posições que não querem, fazendo coisas que não querem, por um pagamento que julgam injusto. Não funciona porque o ser humano é intrinsecamente pecador e falho. Só isso.

Por isso é que quotas e ações afirmativas não funcionam: porque criam algo artificial, não voluntário, não sustentável, cujo fim é algum tipo de tragédia, mais cedo ou mais tarde.

O Véio da Havan

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,dono-da-havan-e-alvo-da-receita-por-sonegacao-de-r-2-5-mi,70003331993

O cara tem basicamente a minha idade, 55 ou coisa que o valha, mas é o “Véio da Havan”. Criou uma rede de lojas que crescia vertiginosamente até a tragédia da Covid-19. Catarinense, acostumado com um estado em razoável boa situação, com um IDH alto, o cara prosperou onde outros fracassaram. Tem o que todo empresário brasileiro tem – ativos, passivos, dívidas, e algumas encrencas com a Receita Federal.

Impossível não ter encrenca com a Receita. Qualquer empresário digno do nome, pagador de impostos e empregador, tem pelo menos algum fiscal da Receita batendo na porta, multando, certo, e errado. A Receita Federal do Brasil é um órgão que perdeu o rumo há anos. Como me disse certa vez um renomado advogado tributarista, e ex-membro do CARF (Conselho que julga ações administrativas na esfera da RFB), “o conceito de justiça tributária no Brasil foi jogado no lixo em 2002”. O objetivo passou a ser arrecadar, nem que para isso seja quase obrigatório distorcer o que diz a legislação.

O exemplo mais recente disso, julgado pelo STF é o “bis in idem” gerado pela inclusão do ICMS na base de cálculo de dois impostos, PIS e Cofins, o que gerou uma receita indevida imensa para o Fisco Federal, ou confisco sem tamanho. Se alguém olhar o tamanho da dívida ativa da Receita vai ver lá um monte de grana “que os malditos empresários devem ao país”, e vai sair batendo boca com qualquer um sobre o assunto, julgando quem quer que se lhe oponha de “fascista” e defensor de empresário ladrão… é da política de esquerda, faz parte do jogo de palavras, mas NÃO é verdade. Tem empresário ladrão, como em todo lugar, mas a maioria do empresariado muitas vezes nem sabe como pagar o imposto, por falta de clareza. Não é incomum “brigas” entre fiscais de diversos níveis, federal, estadual e municipal, pra saber quem tem o direito de cobrar. Isso gera às vezes duas multas sobre o mesmo assunto. E o empresário que se vire para se defender.

O caso agora é que o Véio da Havan, o empresário Luciano Hang, apelidado de “Zé Carioca” por um grande veículo de imprensa, entre outros epítetos, que ele jocosamente absorve e os torna a seu favor, foi quase que “acusado” pelo Estadão de hoje de estar sendo “sonegador”. Obviamente que mais de 50% dos comentários foram do naipe de “Pegaram o Zé Carioca de novo? Não é à toa que vive lambendo as botas do Bolsonero. Vai cair o Secretário da Receita.” e também “O gnomo sonegador é personificação do empresário que apoia o governo genocida.“.

Não estou aqui fazendo defesa de Luciano Hang, que deve ter advogados muito bons. Nem estou defendendo o empresariado de uma forma geral. Tampouco estou dizendo que a Receita Federal não cumpre o seu papel. Estou dizendo que a Receita Federal, com sua postura arrogante e “legisladora” em cima de temas que não lhe competem, criou no contribuinte a necessidade de “se defender” do fisco. Uns fazem isso de forma grotesca, sonegando simplesmente. Outros interpretam a legislação por meio de pareceres jurídicos e vão às vias de fato (juridicamente) caso autuadas pelo Fisco. É seu direito.

O que chama a atenção é gente que demoniza alguém sem qualquer base legal para faze-lo. Mas mais do que isso, um veículo de comunicação de massa que lança uma matéria dessas, cria um enorme ruído na cabeça da população (não me estranharia se os dois criadores dos posts em itálico acima sejam totalmente leigos em termos de tributos e com objetivo claro de associar o empresário ao ladrão, sem direito a sursis…). Isso pra não falar do “governo genocida”, coisa que encontra tanto eco na realidade quanto nos dois neurônios semi-mortos da Dilma.

O Véio da Havan não está sozinho. Tem muito “véio” da empresa A, B e C sendo demonizados há décadas por uma corja de idiota cuja única conquista na vida tenha sido a de se filiar a determinado partido, ser amigo do deputado A, senador B, ou líder sindical L… Esses “Véios” de tantas Havans Brasil afora estão neste momento lutando desesperadamente pra não demitir (demissão custa financeiramente, mas muito mais em termos de capital intelectual investido, re-treinamento, etc).

Que muitos Véios da Havan tenham muitos problemas mais com o Fisco, pois é sinal, pelo menos, de que estão tentando fazer algo, e pelo menos criaram uma base de cálculo de tributos que permita ao Estado tentar se apropriar de parte dela (ou seja, criaram alguma riqueza).

Deus proteja os “Véios” empregadores deste país…

Elon Musk e Bolsonaro

www.infomoney.com.br

Hoje dei de cara com uma manchete que choca pela audácia do sujeito. No link acima, da Infomoney, Elon Musk, que ontem disse que tiraria a fábrica da Tesla da California para “Texas ou Nevada”, por conta do excesso regulatório que o estado dos ricos e descolados impõe aos cidadãos e aos negócios. Não é fácil ter propriedade ou negócios na Califórnia. É, talvez, o que mais se aproxima da Europa em termos de regulação, principalmente no que diz respeito a meio ambiente, direitos LGBT+, etc. Impõe um peso que ao longo dos anos tem gerado uma grande fuga de capital de lá.

Hoje, Elon Musk, mesmo proibido pelas autoridades municipais do condado (município) de Alameda, California, peitou todo mundo e diz que abre a fábrica sim, e que se alguém quiser, que venha prendê-lo, mas não aos seus empregados, que só estão cumprindo ordens: “Estarei na linha de frente com todo mundo. Se alguém for preso, peço que seja apenas eu“, escreveu Elon Musk em seu Twitter.

Então qual é o comparativo com Bolsonaro? Tanto lá quanto cá, há uma enorme/diametral diferença de opinião entre a imprensa e governos estaduais e o governo federal, sobre a imposição de lockdown. Lá a coisa é mais rígida do que aqui, na verdade. E Musk entende que a coisa foi longe demais. Trump tuitou que apoia Musk, “a fábrica tem que ser aberta AGORA”, uma vez que Trump deseja o isolamento social, seletivo, mas não lockdown completo.

Os EUA enfrentam uma situação muito pior do que a do Brasil, pois lá tem muito mais infectados e mortos, porque as fronteiras lá são mais “porosas” e tem muito mais cidadãos dos EUA e do mundo todo indo e voltando o tempo todo. Quando Trump decidiu fechar o espaço aéreo e limitar a entrada e saída de pessoas, já era tarde. Ele culpa, com razão, penso eu, a China por ter atrasado a informação sobre a COVID-19.

Aqui a coisa parece mais bem controlada, com uma briga política maior do que sanitária. Podemos acusar Bolsonaro do que for (e ele merece muito xingamento nosso, sem dúvida), mas ele é corajoso pra caramba. Ele está sozinho, contra todos os formadores de opinião, praticamente, apenas com um eleitorado que parece fiel ao seu lado (dentro dos quais não me incluo). Fato é fato – o cara não tem o menor problema de ficar sozinho contra todos. Coisa de ogro? Pode ser, mas que não se lhe negue a coragem. Idem pra Musk.

Quem tem razão no imbróglio? Quem quer lockdown acha que quem quer trabalhar é negacionista da ciência, ogro, bolsominion, burro, etc; quem quer trabalhar acha que o pessoal do “fique em casa” é insensível às necessidades da população mais carente, é “gente rica”, ou esquerdista que não se importa nem um pouco se o país vai pro buraco, “quanto pior melhor” e por aí vai.

Claro que o povo não tem condição, no momento, de ter uma ideia clara do que de fato é certo ou errado. Entendo que um presidente da república, com todo o aparato de inteligência por detrás, deva ter mais condições de tomar decisões sobre isso do que eu, você, ou a dona Maria do carrinho de pipoca… Elegemos o cara (a maioria ainda é a maioria) para ISSO. E em nome de uma suposta imbecilidade do cara (como todo mundo tá tomando decisão pra todo lado, com a única diferença de alguns terem mais verniz na língua do que outros), estamos de cara julgando que a atitude dele é errada, e todo o establishment está se movimentando pra jogar pedra no caminho do executivo a todo custo, usando a mídia toda pra isso, indecorosamente.

Entendo que deva haver uma cadeia de comando em qualquer lugar. O nome “executivo” advém justamente do termo “executar” (fazer, operar). A cadeia de comando está sendo minada a todo momento, por decisões que na melhor das hipóteses poderiam ser consideradas tão equivocadas, ou no mínimo sujeitas a crítica, quanto às tomadas pelo executivo.

Aqui na minha empresa sempre deixo claro uma coisa: pode discordar de mim à vontade. Vou ouvir, ouvir, mas quando tomar uma decisão, ela cabe a mim, pois é o “meu” que está na “reta”. O mesmo, em maior escala, ocorre no executivo. O STF tomou do executivo o poder de tomar várias decisões. Os governos estaduais NÃO estão se saindo melhor, nem pior, do que o executivo, de uma forma que se possa aferir minimamente. Portanto, houve uma quebra na cadeia de comando determinada pelo judiciário, numa incursão indevida em outro poder, pelo arbítrio e julgamento de um único juiz, sem qualquer crivo ou estudo, apenas para defender uma ideia que o tal juiz não tem qualquer condição de tecer juízo de valor com as informações que detém, mas apenas e tão somente por alinhamento ideológico ou de simples pensamento.

Elon Musk quer produzir; não quer matar empregados, não quer criar desastre. Não se sabe, neste momento, se isso vai ou não gerar mais ou menos COVID-19. Mas uma coisa é absolutamente certa e independe de opinião médica para ser verdade – se não produzirmos, morremos todos de inanição.

Não creio que nem Elon Musk nem Bolsonaro tenham por objetivo ferrar com seu semelhante. Mas as coisas estão tão poluídas, que nem o benefício da dúvida é dado a quem, no final das contas, vai acabar tendo o “seu” na “reta”… não a imprensa, não o STF, não os governadores, não o Congresso. Só o executivo.

ONU versus ONU

brown concrete building under blue sky during daytime
Photo by Tomas Eidsvold on Unsplash

https://www.gazetadopovo.com.br/mundo/coronavirus-pandemia-fome-alerta-agencia-da-onu/

A Gazeta do Povo de hoje repercute a matéria que já está na boca de muitos, por aí, e se refere à “guerra” entre a OMS e a PMA (Alimentos), por conta da crise do COVID-19. David Beasley, diretor do PMA – Programa de Mundial de Alimentos, da FAO, disse:

“Se não nos prepararmos e agirmos agora, para garantir o acesso, evitar déficits de financiamento e interrupções no comércio”, o resultado pode ser uma “catástrofe humanitária… em poucos meses”.


A ONU demonstra à ONU que a ONU está errada. A ONU do alimento mostra à ONU da saúde que há um erro grave de estratégia. Enquanto isso, na Bat-caverna chamada de Brasil, continuamos a brigar com o executivo por conta da simples “menção” a este fato…

Não que isso vá em nada ajudar aos contra e a favor de isolamento a pensarem “fora da caixinha”, como virou clichê, mas é importante dar elementos de julgamento para depois não vermos mudada, a golpes de tacape da imprensa mainstream, a narrativa em torno de “quem disse o que”, como fez recentemente João Dória, tomando posse, ou melhor, dando a posse a David Uip, e paternidade do uso de Hidroxicloroquina… Não que isso faça qualquer cócega na consciência de político, porque não ter consciência parece ser pré-condição para o sucesso na política, mas é preciso deixar registrada a linha da narrativa hoje, para que daqui há 12 meses alguém não assuma a paternidade da defesa da economia, vis-à-vis a pandemia, como certamente ocorrerá.

Quem viver (literalmente) para contar poderá revisitar o artigo (este e aquele) e comparar o que aqui e lá foi escrito com as palavras dos governadores, ora inclusive imbuídos, em boa maioria, de pichar “cartas abertas” e manifestos oportunistas, vergonhosos e contraproducentes.

Será que em Harvard acreditarão?

https://dash.harvard.edu/bitstream/handle/1/42638988/Social%20distancing%20strategies%20for%20curbing%20the%20COVID-19%20epidemic.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Recebi o link acima de um amigo empresário que, como todo mundo com contas a pagar e sem um patrão-estado, está preocupado com o alongamento desta tranca imposta à população de forma indiscriminada, gostaria de transcrever abaixo, em tradução livro, um trecho do “paper” publicado pela Universidade de Harvard, cujo link pode ser facilmente acessado, acima, com acesso a todo o dito material. Depois, meus comentários:

“Para simulações com isolamento sazonal, o pico ressurgente pós-intervenção pode exceder o tamanho da epidemia irrestrita (Figura 2, Figura S5 [vide link acima]), tanto em termos do pico de prevalência quanto em termos de número total de infectados. O forte distanciamento social mantém uma alta proporção de indivíduos suscetíveis na população (grifo meu), levando a uma epidemia intensa quando R0 (N.T. “basic reproduction number”, ou número básico de reprodução) aumenta no final de outono e inverno. Nenhuma das intervenções pontuais foi eficaz na manutenção do prevalência de casos críticos abaixo da capacidade de cuidados intensivos.”


“O distanciamento social intermitente pode impedir que a capacidade de atendimento crítico seja excedida (Figura 3, Figura S6). Devido à história natural da infecção, há um atraso de aproximadamente 3 semanas entre o início do distanciamento social e o pico da demanda de cuidados críticos. Quando a transmissão é forçado sazonalmente, o distanciamento social no verão pode ser menos frequente do que quando R0 permanece constante em seu valor máximo de inverno durante o ano. O período de tempo entre medidas de distanciamento aumentam à medida que a epidemia continua, à medida que o acúmulo de imunidade a população retarda o ressurgimento da infecção. Sob as atuais capacidades de cuidados intensivos, no entanto, a duração geral da epidemia de SARS-CoV-2 pode ir até 2022, exigindo a adoção de medidas de distanciamento social entre 25% (no inverno R0 = 2 e sazonalidade, Figura S3A) e 70% (para o inverno R0 = 2,5 e sem sazonalidade, Figura S2C) desse período.”

E agora? O que pensar? O estudo continua:

“Um único período de distanciamento social não será suficiente para impedir que as capacidades de cuidados críticos sejam ultrapassadas pela epidemia de COVID-19, porque, sob qualquer cenário considerado ela deixa boa parte da população suscetível que um ressurgimento de transmissão após o final do período levará a um número de contágios que excederá essa capacidade. Esse ressurgimento pode ser especialmente intenso se coincidir com um aumento de inverno no R0. O distanciamento social intermitente pode manter a ocorrência de casos críticos de COVID-19 dentro das capacidades atuais do sistema. Essa estratégia, porém, pode prolongar duração total da epidemia até 2022. O aumento da capacidade de cuidados intensivos reduz substancialmente a duração geral da epidemia, garantindo cuidados adequados para quem estiver gravemente doente.”

Em síntese, a brilhante conclusão a que Harvard chegou, com método científico e uso de equações diferenciais, nos leva a concluir exatamente o que boa parte da população intuitivamente crê: que confinar indefinidamente, sem haver vacina, é contraproducente.

Além disso, o estudo coloca um peso enorme no clima, sobre as decisões. Como já disse em outro post, o hemisfério sul está em exata contraposição ao norte, onde esses estudos estão sendo feitos, e onde as “medidas que deram certo” (ou errado) foram tomadas primeiro. Em nossa sanha de não pensar por conta própria e não interpretar resultados antes de sair agindo igual doidos, esquecemos que rumamos para o INVERNO, e estávamos em pleno verão quando essa folia começou. Ou seja, fizemos o contrário do que Harvard preconiza, e que o demonizado presidente justamente dizia que éramos para fazer.

No mais, se alguém quiser brigar comigo, não o faça. Brigue com o estudo aí em cima.

O frágil equilíbrio econômico

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Photo by Muhammad Muzamil on Unsplash

Uma economia pujante é como uma vaca premiada. Ela dá muito leite, é bonita e dá retorno ao dono. Mas geralmente é um animal frágil. Qualquer economia, mesmo se ligeiramente maltratada, tende a murchar e morrer.

A vida econômica é como o sistema sanguíneo – um sistema de vasos comunicantes infinitos, cujo vai-vem de “nutrientes” que mantêm a vida. Qualquer interrupção nesse sistema provoca confusão, doenças e males que levam até facilmente à morte.

Independentemente de se você é contra ou a favor de restrições às movimentações de pessoas, #fiqueemcasa ou #obrasilnaopodeparar, o que escrevo aqui nada tem a ver com seu ponto de vista. É uma constatação às vezes difícil de engolir.

A história demonstra que a supressão de fluxos comerciais ou da circulação de bens e serviços, mesmo por curto período, sempre gerou catástrofes. Apenas para citar algumas:

  • O “grande salto adiante” (China, 1958-60) foi a tentativa chinesa, no início da dominação comunista, de criar uma indústria de base e uma agricultura de bases centralizadas. O planejamento feito em Pequim, por burocratas, deu tão errado que causou a morte de mais de 100 milhões de pessoas, de fome – produtos ruins e caros chegavam a uma população empobrecida;
  • O “Gosplan” (abreviação de Comitê Estatal de Planejamento) instituiu na União Soviética, os planos quinquenais, entre 1921 até a derrocada final do regime, em 1991. O sistema de planejamento quebrou a espinha dorsal da produção e levou a Rússia ao caos econômico e à sua ruína. Isso pra não falar o Holomodor, uma chacina de camponeses impedidos de produzir, que gerou quebras de safras e efeitos em cascata de fome e destruição;
  • Os planos de safra em Cuba – A criação do Ministério do Açúcar define bem o nível de dirigismo dessa economia, e por que a economia cubana dependeu tão profundamente da URSS. Ainda hoje os efeitos das quebras de racionalidade nas transações vindas daí cobram um preço no baixo crescimento da economia cubana (a despeito da propaganda em contrário e das estatísticas “oficiais”).

Esses artificialismos econômicos não ocorrem só em países socialistas. Entendo que a OPEP é uma forma artificial de controle de preços que quebrou cadeias produtivas no mundo e gerou duas crises (choques do petróleo) de grandes proporções. Qualquer cartel é um artificialismo que gera pobreza. A política dos “campeões nacionais” de triste e recente memória no Brasil é outro exemplo trágico.

Independentemente de sua preferência durante esta crise da COVID-19, e independentemente do seu nível de hipocondria (que eu creio que direciona mais as ações e opiniões do que outros fatores), a economia continua sendo uma “vaca premiada”, que adoece por qualquer coisa e corre risco de morrer. As recentes intervenções na economia, começando pelos PNDs no Brasil (Planos nacionais de desenvolvimento), ainda nos governos militares, passando pelos planos de estabilização econômica, foram coroados nos anos Lula/Dilma pela intervenção maciça na economia, que nos levou a uma recessão que encolheu o PIB em mais de 10% em 2 anos, o que pode dar “2 Covids”.

Assim, dada a fragilidade das trocas econômicas, das cadeias de produção, dos fluxos de dinheiro em circulação (e em poder de quem precisa, a população de mais baixa renda, não empregados do governo), precisamos desesperadamente de deixar a economia fluir TANTO QUANTO possível. Claro, com todo cuidado, com prevenção e isolamento social (3 metros ou 30 Km dá no mesmo) deve ser tomado. Tem que ser absolutamente rígido nisso. No entanto, já vemos começar o esgarçamento do tecido econômico aqui e acolá.

Para se ter uma ideia do tamanho do problema econômico, os zilhões gastos até agora pelo Governo para tentar minimamente remediar a situação dos mais fragilizados não vai dar pra resolver a vida nacional por mais do que algumas semanas. E isso ocorrerá à custa de um aumento brutal no déficit público. O tamanho da economia é desproporcional à capacidade do governo – qualquer governo – em suprir a diferença gerada pela quebra de cadeias econômicas inteiras.

Por enquanto estamos rumando para dois tipos de caos – de saúde e econômico. Resta saber qual matará mais. Aposto no econômico (com tristeza por ambos)…

Liberdade é liberdade financeira

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Photo by Kristina V on Unsplash

Há anos, quando eu tinha uns 17 anos, meu tio Roberto, irmão da minha mãe, e o sogro dele, Frank, me deram uma carona, de carro, de minha cidade natal, Cordeiro, para o Rio de Janeiro, onde eu recomeçaria a estudar e começaria a trabalhar de balconista na farmário Biscaya, do meu outro tio, Aluízio.

No meio do caminho, paramos para comer um pastel num local chamado Cachoeiras de Macacu, e lá ouvi um conselho que não esqueci nunca, e que, na minha opinião, deveria ser a mola mestra da vida profissional, financeira e pessoal de qualquer pessoa – e, penso eu, de países também – “Sobrinho, liberdade é liberdade financeira. Só existe essa liberdade e todas as outras estão subordinadas a esta”.

Eu estava naquele período da vida em que o adolescente briga com os pais por qualquer coisa, e isso irritava tanto a mim (que não sabia se queria cursar a faculdade de física que havia passado, para UFRJ) e meus pais (que francamente deviam estar felicíssimos de se livrar de uma mala sem alça resmungão).

Uma vez que comecei a ganhar meu meio salário mínimo por mês e morar num quarto alugado no conjunto residencial do IAPI da Penha, no Rio, comecei a dar mais valor ao que vinha às minhas mãos. Apesar de não ter me tornado um mão-de-vaca, na prática eu conseguia já vislumbrar a verdade do que me tinha sido dito – só tendo liberdade financeira podemos saborear as outras liberdades. Obviamente que estamos falando de uma sociedade livre e na qual podemos ter propriedade privada. Senão, não funciona…

O tempo passa, o tempo voa… já não há mais poupança Bamerindus, mas a vida, apesar de tantos problemas, e até mesmo uma tragédia familiar de grandes proporções, a vida continua boa. Aliás, com Deus, a vida é sempre boa, acho eu. Uma coisa não mudou – cada vez menos as pessoa se preocupam, de fato, com a liberdade econômica. Um amigo meu chama isso de “F#!ck you Money” – aquele dinheiro que dá a você o direito de mandar alguém para aquele lugar sem o medo patológico de consequências sobre sua vida cotidiana.

Tudo isso pra falar do ranking de liberdade econômica da Heritage Foundation, cuja edição de 2020 coloca o Brasil um pouquinho melhor que em 2019, mas ainda assim um pais “majoritariamente não livre”. A razão principal disso é nosso déficit público crescente. Até 2008 a coisa vinha bem, com o preço das commodities lá em cima, pré-sal, etc. Aí o país decide se tornar “o trapezista que acha que sabe voar”, e esquece que tem que pegar no próximo trapézio, senão se esborracha, pois que na vida não há rede de proteção…

Chegamos a 2016 numa situação lastimável nas contas públicas, e com um Estado de tal maneira inchada, que governo algum pode fazer nada, dado que o orçamento está 95% carimbado… chegamos no fundo do poço da falta de liberdade financeira, e tal como euzinho, com 17 anos, o país deu um basta em determinadas coisas (ligadas ao ciclismo, creio…) e começou, timidamente, a sair do fundo do poço.

Aí vem essa coisa de Covid. Isso é tipo praga do século, e não há como resolver isso sem medidas emergenciais. Apenas que, num país onde a liberdade financeira é pequena, e as reservas financeiras parcas, a solução custará mais caro.

A China, de onde o tal virus veio, e que diz tê-lo controlado, com sua economia mais livre do que a nossa, a despeito da liberdade de opinião e pensamento “zero”, tenderá a sair disso melhor do que nós, teoricamente ocidentais.

Submersos num lodaçal burocrático, ficamos à mercê de uma corja de político que está sempre em busca do próximo mandato, em busca da próxima eleição e de seu próximo cargo. Alguns dias atrás o presidente havia editado uma Medida Provisória com a possibilidade de redução de carga de trabalho e salários proporcional, para os tempos bicudos de Covid. A gritaria foi geral, e (como quase tudo o que se fala hoje) quase derruba o tal presidente.

Ontem, a Medida Provisória 936 faz exatamente isso. Ainda estou estudando os efeitos, mas parece que podemos reduzir até 70% dos salários e carga horária do pessoal, com compromisso de não demissão, com o Governo complementando parte das perdas de cada empregado.

E a tal liberdade econômica? Bom, o país vai endividar ainda mais as próximas gerações, em algo parecido com 5% do PIB, só este ano, mas se Deus quiser, sairemos dessa menos ensanguentados do que poderíamos estar. A raiz do problema está justamente na quase impossibilidade de tomar qualquer medida, dentro de uma empresa, sem que alguém, algum “avatar” nos diga que podemos.

Está todo mundo pasmo com o aumento do número de pedidos de seguro desemprego nos EUA. E por que o desemprego sobe tão forte e tão rápido lá? Porque demitir não custa, como aqui e na Europa. As empresas conseguem se manter vivas, minimamente. Os liberais-progressistas dirão “anátema”! Claro, é sempre mais fácil pensar no ser individual do que no coletivo. É mais doído e mais fácil empatizar com o Sr. João, que perdeu o emprego e tem 4 filhos, do que entender que, contrário-senso, a economia americana também será a primeira a se recuperar, e voltar a gerar empregos. Justamente pela facilidade e liberdade financeira.

Pra terminar, uma reflexão: se tivéssemos hoje mais liberdade econômica nacional, máquina pública menos inchada, menos arrasto aerodinâmico de salários altos e toneladas de aposentados públicos, estaríamos certamente livres para tomar decisões ainda mais generosas no sentido de preservar a vida e o emprego dos cidadãos, e a vida e continuidade das empresas. É certamente mais fácil tomar decisões quando se tem liberdade… financeira também…