Ao andar pelos meus sites favoritos hoje na hora do almoço me deparei com este artigo. Como cristão, estranhei o teor totalmente cristão dentro de um site de economia liberar como o do Instituto Mises Brasil. Lá no meio do artigo o autor revela uma visão que vi pessoalmente nos EUA entre os meses de Outubro e Novembro do ano passado: milhares, literalmente, de ofertas de emprego em lanchonetes, restaurantes, transportadoras e outras, sem preenchimento.
A razão é esta:
“Além de o governo proibir aqueles que aceitariam trabalhar por menos que o salário mínimo, ele também cria um incentivo perverso para se recorrer ao assistencialismo: ninguém aceitará um trabalho que pague pelo menos o mesmo que o seguro-desemprego.
Preocupado que estou com o rumo dessa prosa de emprego versus “vale isso”, “vale aquilo”, vejo que não estamos diante de um problema nacional, mas um que está tomando dimensões fantasticamente complexas para um mundo que, de um lado, vai vendo sua força de trabalho minguar, por envelhecimento da população, de um lado, e de outro, vendo as tecnologias tirar do ser humano a capacidade de reflexão mais profunda, sobre quase qualquer coisa.
Países tentam, cada um a seu jeito, ajudar o cidadão. Pelo menos é isso que vemos, com exceção dos suspeitos de hábito, cujo objetivo é tão somente torná-los mais dependentes de um estado-pai. Aceito perfeitamente a visão de um socialista honesto, intelectualmente, de que, na visão dele, o estado deve fazer um papel de proteção e extensão de uma rede social para que a sociedade não sofra. Entendo. Não concordo, mas entendo.
Também enxergo no capitalista intelectualmente honesto uma visão de que é o cidadão que deve se ajudar, primariamente, e que a sociedade, voluntariamente, deve se organizar em torno da criação da tal rede de proteção social. Vejo mais mérito nessa ideia, e no fato comprovado de que funciona melhor do que um estado-pai, inchado.
Mas ok, se o indivíduo for intelectualmente honesto, eu aceito discutir, argumentar, à exaustão. Isso não me cansa, mas me anima. O que cansa é ouvir ladainha, decoreba, de gente que não tem o valor (ou os neurônios) para argumentar, e, caso convencido, mudar de opinião. Ainda espero mudar de opinião caso convencido intelectualmente, e de forma livre, que um estado-pai é melhor para o cidadão do que um bom emprego ou liberdade de empreender.
Entendo o capitalismo como meu sistema nervoso periférico, que trabalha por mim 24 X 7, e produz resultados que eu não obteria se, conscientemente, tivesse que pensar em respirar, em tossir, em espirrar, em reagir ao quente ou ao frio, e todas as complexas operações que são feitas descentralizadamente por meus neurônios, deixando para meu sistema nervoso central, meu cérebro, as atividades mais nobres de refletir, tomar decisões e fazer acontecer. Um governo é eleito para pensar e fazer o melhor, deixando a sociedade agir dentro de um sem-fim de atividades descentralizadas que garantem o funcionamento do “corpo” (a nação) – água e esgoto, circulação, respiração, engolir e deglutir, são atividades que é melhor deixar pra periferia. Já estudar e decidir, pode ser feito centralizadamente, mas apenas para o “macro”.
Um governo não deveria ser maior do que uma cabeça, em relação ao corpo: uns 7 a 8% no máximo, e não os 34% que corresponde hoje ao naco que o governo leva da atividade total da nação. E olha que o cérebro usa 20% da energia, mesmo representando 7, 8% do volume total (aqui incluo a cabeça toda… o cérebro mesmo dá 2% do volume total).
Deus, o dono e criador do bom senso, não comete erros. Se fez um sistema nervoso que no total do corpo humano implica em 10% (vá lá) do total, é essa métrica que eu acho que seria correta para o bom funcionamento da “máquina”.
Mais do que isso: até 2 anos atrás em tinha mais de 130 Kg. Estava me matando de diabetes, pressão alta, etc. O corpo não aguentava levar tanto peso. Hoje tenho 87 Kg, e quero baixar ainda mais. Estou bem, feliz, animado e disposto. Peso demais, para a mesma estrutura, é causa de morte. É uma doença, uma inflamação. Com o estado, não é diferente. O estado está doente, e nós pagaremos o preço.
Oremos!
Parabéns pela iniciativa de perder seu peso voluntariamente.
Não consigo raciocinar tão claramente como o autor da belíssima reflexão, contudo, vejo um “um corpo nacional” que se infla cada dia mais, sem qualquer pena em gastar muito acima das “energias disponíveis”.
Aqueles que sustentam tais desperdícios já começam a dar claros sinais de esgotamento e a falência do “ monstrengo” logo será irremediável.
Anos e mais anos serão gastos para enterrar o cadáver e muitos pagarão pela irresponsabilidade dos insaciáveis…
Bom, quanto à perda de peso, ocorreu no “tapetão” (bariátrica). O termo para bariátrica aqui no Brasil se chamaria intervenção constitucional, o que não será feito, e o quase-defunto orçamento nacional continuará alegremente a ir pro buraco…