Salmos da Modernidade – Salmo 12

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Esse é em Ré Menor, moçada… Feliz 2022!

Socorro, acode, Senhor... 
Tem malandro demais nesse mundo!
Ninguém faz mais o que presta,
Só tem mentiroso, ladrão, vagabundo...

Se o cara abre a boca, ja tá mentindo,
Corta fora o beiço dos caras, Senhor!
Cala a boca de toda essa corja, é o que resta
Essa gente que engana e não tem temor!

Quem vai pelo mundo criando tristeza
E faz da vida do pobre um horror
Pode crer que não vai demorar
Pra Deus dar um fim a você, malfeitor.

Deus vai nos livrar de você, malandragem, 
Mas nós sabemos que tem muita gente
Que adora enganar, e ser enganado
Dá ouvidos a promessa, de político que mente.

Socorro, acode Senhor...

Versão em Prosa – pra parte do Jogral:

Socorro, acode, Senhor…Tem malandro demais nesse mundo! Todo mundo só quer se dar bem. Ninguém mais liga pra fazer o que presta. 
Só tem mentiroso (tanto no tempo de Davi como hoje! – Nota do Adaptador). Abriu a boca, pode contar que tá enrolando, puxando saco, mentindo. 
Pode parecer cruel, mas que Deus corte fora a língua de quem é assim – pode até ser figurativamente…
Esses caras vão pelo mundo achando que engalam todo mundo na lábia, e falam abertamente: quem é que manda na minha boca? 
O povo mau vai pelo mundo fazendo o pobre sofrer, mas Deus falou que vai dar um fim nesse estado de coisa. Deus só fala coisa boa, honesta que nem ouro e prata puros. Ele falou, não tem erro!
Pois é… a gente sabe que Deus vai tomar conta de nós; e vai nos livrar da malandragem pra sempre. 
Mas é claro que tem gente ruim em todo lado, e que no fim das contas tem um monte de gente que acha bacana gente que fala bonito, promete tudo, não mede palavras pra agradar, mesmo que no fundo só queira uns votos… ou uma grana.

Nota: a brincadeira com o “samba enredo” e o jogral é pra lembrar que Salmos, na verdade, significam “cânticos” de louvor, e eram coletâneas de músicas que provavelmente eram entoadas em cultos a Deus… e ainda são! O Samba enredo é pra curtição mesmo… o jogral é pra nós imaginarmos a criançada da igreja falando, no intervalo das estrofes, ao som de uma cuíca, baixinho, ao fundo…

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