Salmos da Modernidade – Salmo 8

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Um sambinha ao mestre sala (de canto), baseado no maxixe “As Fábricas de Azeite de Oliva”.

Não tenho nem como dizer, Meu Senhor, como você é maravilhoso e como Seu nome faz toda a terra uma maravilha! Você criou esse mundão todo e deixou patente, nos céus, a sua majestade (sim, porque o povo pode até não reconhecer, mas e daí? O Senhor é Rei, e ponto). 

Gente grande não te dá bola, muitas vezes, mas Você, meu Deus, demonstra a Sua Força mostrando pra nós a força de pequenas crianças, de colo, gente miúda mesmo. Desse jeito você acaba dizendo: “olhem pra essas crianças – podem lutar contra mim o quanto quiserem; mas se eu quiser, vocês não podem nem com essas criancinhas que parecem tão frágeis!). Cale a boca, inimigo de Deus!

Eu fico completamente pasmo quando olho os céus que Você fez, com suas próprias mãos (Deus tem mãos celestes, que não têm 5 dedos em cada uma, mas mãos com zilhões de dedos). Olho a lua, olho esse mundaréu de estrelas e me pergunto:”Que raios você vê em nós, gente burra, obtusa e que não consegue nem enxergar Você?” … “Quem somos nós pra Você sequer se lembrar da gente?”

Mas apesar da gente ser tão pequeno, lá na Bíblia diz que somos um pouco menores do que os Anjos, e que Você nos deu uma coroa de glória e honra. 
Você nos colocou lá atrás num tal Paraíso, e nos deu o controle sobre esse mundão inteiro – tudinho mesmo, ficou pra nós: ovelhas e bois, a bicharada da roça e da floresta, os passarinhos e passarões do céu, a peixarada do mar, e todos os bichos das profundas do oceano que a gente nem sabe que existe (ainda). 

Não tenho mesmo nem como dizer – Meu Senhor, como você é maravilhoso e como Seu nome faz toda a terra uma maravilha! 

Legado

Do amigo Mauro, cartunista de Cordeiro – meu muito obrigado!

Estava no centro-norte do Paraná, num evento de um grupo que faço parte há anos, o YPO (Young Presidents` Organization) com mais 7 colegas, todos líderes de suas empresas. O tema mais recorrente era “Legado”. O que eu quero deixar de legado? O que é legado? Qual é o meu legado.

Às 2:00 da manhã do dia 21 toca meu telefone, e Aline, minha esposa, com o cuidado e carinho que ela coloca na voz sempre que algo triste ou trágico tem que ser noticiado informa que meu pai, Prof. Ivanir Figueira Jorge, havia falecido, depois de somente algumas horas no hospital de Cantagalo, Rio de Janeiro.

Eu lá, sem saber o que fazer e a quem recorrer, de carona com os colegas, ligando pros meus irmãos, principalmente Hirann, procurando conter a emoção e tristeza e ser de alguma forma útil.

Obviamente, não voltei a dormir e comecei a pensar justamente no legado que meu pai me deixa. O que meu pai me legou? Financeiramente? Não muito. Intelectualmente? Um montão. Espiritualmente? “Tudo”.

Omnia Recte Fac

O legado do meu pai começou pelo amor infinito que ele sempre demonstrou por nós, desde a mais tenra infância. As ameaças de nos “dar uma tunda”, de “deixar de molho na água de sal”, por conta das peraltices de menino, nunca passavam disso mesmo – ameaças. Ainda ouço: “Estou evitando, Wesley… Estou evitando te bater”… E eu merecia, hein? Nas poucas vezes que ele realmente me deu um “laço”, mereci, em grande estilo. E escapei de outros tantas surras por conta da paciência infinita dele conosco.

O título acima era o “motto” de vida do meu pai, e significa “Faça tudo Corretamente”. Estava num carimbo, que herdei, e que ele carimbava em todos os seus livros.

Interessante, pois este também era o mote de vida de um outro homem que me deixou um imenso legado, meu avô, Armindo Constantino Montechiari. Este, em termos menos doutos, sempre dizia: “Quem faz errado, faz duas vezes”… Cedo aprendi que a toalha seca melhor se estendida no varal, e não em cima da cama (os anos de adolescência nos fazem esquecer essas coisas, até morarmos sozinhos).

Esse “Faça tudo corretamente” me acompanha até hoje, de modo que fico doente de ver um erro cometido por mim, uma idiotice gerada pela minha preguiça (de pensar, de fazer), uma falta de reflexão ou uma resposta rápida demais, sem reflexão. Um pai que até os 14 anos de idade era semi analfabeto, e que capinava (carpia, em curitibês) carreiras de café, morre aos 87 anos dono de boa obra literária, de um currículo imenso (nas palavras de Tia Madalena Tavares) e de tantas realizações acadêmicas e profissionais, que a gente se perde, se quiser listar.

Obsessivo com correção, pediu a meu irmão Hirann, antes de morrer, que queria ser “enterrado de terno, pra chegar diante de Deus com tudo organizado”… bem a cara dele… Por bem organizado, leia-se, bacaninha, limpo, pra enfrentar o Todo-Poderoso tendo feito o melhor. E foi isso mesmo. Ao longo da vida, sempre buscando fazer o melhor. Não fez mais? Não pode, não conseguiu, mas o que fez, tentou fazer o melhor e quase invariavelmente conseguiu.

Legado

Legado foi o tema da discussão entre os amigos, no centro-norte do Paraná, numa fazenda linda, com campos verdes pra todo lado. Engraçado… a definição de legado variava de acordo com muitos fatores, mas o mais importante deles sendo a idade do falante. Quanto mais novo, mais o legado passava pela empresa e realizações; quanto mais velho, mais o legado migrava para o lado familiar e pessoal. Chego no meu legado, e vejo que meu foco foi todo pro lado de um Legado Espiritual. Em suma – como as pessoas que entram em contato comigo veem Cristo, o Cristo que creio e a quem chamo de Salvador.

Naquela madrugada de 21 de Novembro percebi claramente que o legado do velho pai para mim, o maior legado, o mais significativo e o que mais me alegra, foi e é certamente o legado espiritual. Papai me legou o ensino da Palavra de Deus; me legou mais do que isso, a Alegria de conhecer Deus, de amá-lo e viver para Ele.

Meu Legado

Este legado, Espiritual, eu sei que tenho obrigação de passar aos meus filhos, Thomas e Eric, (creio que passei) e eventuais netos que Des me der. Quero deixar esse legado também a quanta gente entrar em contato comigo. Não sei se deixarei que legado financeiro deixarei pros meus, Não sei se deixarei um legado cultural. Não posso, e não me permitirei, não deixar um legado espiritual. Esse foi o maior e melhor legado que o amado Prof. Ivanir me deixou.

Que o meu legado para os meus seja então o que de melhor meu velho pai me deixou – a certeza da Vida Eterna com Deus, uma fé inabalável no futuro, após a morte, um desassombro em relação à vida de modo geral, que tento cultivar com unhas e dentes.

Que o meu legado seja que as pessoas que comigo entram em contato saibam que não tem o que temer de mim, com relação à minha palavra e conduta; que saibam que não precisam esperar de mim nada “menor”.

O amor aos livros, como disse meu irmão Jason, no funeral do pai, foi um legado importante – para todos nós. Esse foi apenas um legado, oriundo desse caráter lindo, desse pai amoroso, desse amigo fiel, dessa pessoa que a tantos apoiou, ajudou, nutriu, educou, e com quem me encontrarei em breve.

Que o meu Legado seja o mesmo que o meu pai sempre deixou – Vida, Verdade e Paz para quem conviva comigo.

O Pai já está em Paz com o Pai dele. Eu estou em Paz com o Pai, aqui, com saudades, doído, mas em Paz!

Salmos da Modernidade – Salmo 7

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Mais uma musiquinha pra ser cantada pelo sujeito que me esqueci o nome, mas que é um nome feio pra caramba (parece palavrão)…

Meu Deus, sossego mesmo só quando me coloco debaixo das suas asas… Tem gente pra caramba querendo meu fígado… despista eles, Senhor; 
eu me sinto como se tivesse um monte de cachorro selvagem querendo me estraçalhar… me dá uma ajuda. Não tem ninguém mais com capacidade pra me livrar dessa matilha! 
Não sei o que é que eu posso ter feito pra tanta gente me acusar de tanta coisa. Sinceramente, estou de consciência tranquila!, 
se eu fiz mal a quem me fez bem, ou se eu dei refresco pra quem era mau, peço que o Senhor permita que u seja estraçalhado por aquela matilha de cachorro que pedi pra ser liberto, agorinha mesmo. 
O Senhor é tão capaz e tão grande que eu sei que poderia fazer com meus inimigos igual uma bola de boliche nos pinos do jogo… mas eu sei que Você já sabe bem o que eu mereço e o que não mereço.  
Esse mundo tem uns 200 países. O Senhor pode juntar todos em volta de si e dê aos seus líderes uma ideia de quem manda mesmo. 
Pega, por favor, Senhor, essas nações, esses líderes, e dá um corretivo; pode me colocar no bolo e me julgar também, porque se mereço corretivo, que seja.  
Tem gente má que merece uma boa tunda; tem gente boa que precisa ser exaltada; mas só o Senhor sabe quem é quem. 
O Senhor tem sido um colete à prova de balas que me protege e dá proteção a quem o veste. 
Deus é juiz, e dos bons. Não igual uns que vemos por aqui. Deus deve ficar brabo todo dia, vendo tudo o que acontece. 
Depois não digam que Deus não avisou – se o cidadão ou cidadã ficar brincando com Ele, não se assuste se o pau quebrar no seu quintal; 
Ele já preparou umas camas de gato pra quem gosta de brincar com Ele. 
Tem gente que passa o tempo todo pensando em fazer maldade com o alheio, em como falar mentira e em como levar vantagem em cima dos outros. 
Deus, faz um buraco na terra e manda pra lá essas malas! Eu sei que no final das contas eles acabam caindo nas mesmas armadilhas que fazem pros outros. 
Cacetada na moleira é o que dá na cabeça de quem é violento e maldoso. 
Eu, cá entre nós, vou te falar uma coisa… eu prefiro agradecer a Deus, porque Ele é bacana comigo, e faço umas músicas “gospel” pra ele, sem repetições idiotas, mas com letra baseada na Bíblica, em louvor dEle, que é bom demais…

Salmos da Modernidade – Salmo 6

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Esta cantiga Davi escreveu e manda pro regente do coral dos levitas… pra cantar em duas oitavas, uma acima, uma abaixo… sem baixo, violão nem bateria… só vozes!

Meu Deus, meu Deus, não fique brabo comigo! Sei que mereço, mas não me mande pros quintos dos infernos. 
Veja se acha um lugar aí pra um tantinho de misericórdia com esse cidadão que não vale nada… Eu estou cansado e sem força pra nada. Me dá um daqueles seus Tônicos de Vida, porque senão eu vou acabar quebrando todos os meus ossos.
Mas não é só isso. Por dentro, meu coração está quebrado. E aí eu pergunto pra Você que sabe tudo: até quando vai essa urububaca? 
Dá uma olhada pra mim, e me livra dessa maldade toda que me rodeia, porque eu continuo mau, mas Você é bom. 
Eu vou falar, mas sei que é uma bobagem que estou falando: Será que depois de morto eu vou lembrar de você? Será que de dentro da cova, no cemitério, eu vou louvar Seu nome? (Digo isso porque aqui, de antes do Messias vir, é assim que esse povo pensa – eles acham que não tem muita coisa depois da morte, até que o Senhor volte e desenterre um bando de osso. Bobagem, mas vá lá).
Êta dor, êta cansaço de tanta gemeção… É tanto chororô que vou afogar na água dos olhos. 
Tô ficando com ruga nos cantos dos olhos; tem pé-de-galinha na minha cara, de tanto chorar e de ficar de olho apertado, esperando mais pancada. 
Mas aí eu continuo falando – “quem não anda direito, vade-retro! Nem vem que não tem porque eu sei que Deus já ouviu minha choradeira; 
O Senhor Deus acabou de ouvir o meu gemido, e tenho certeza de que já ouviu minha oração. 
Se você é meu inimigo, e acha que vai me envergonhar, saiba que quem vai ficar de cara vermelha de vergonha é você, quando vir Deus me ouvir. Vão pros quintos, e não encham mais o saco!

Salmos da Modernidade – Salmo 5

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Mais uma musiquinha, com letra inspirada no grande Deus, para violino e orquestra.

Meu Pai, que dor… Pai, que cansaço do mundo, que dor de corpo e de alma! 
Me escuta, meu Rei, meu Deus. Estou cansado de gritar! Só quero que você me ouça! 
De manhã cedo acordo e sei que o Senhor está me ouvindo. Abro a Palavra, daí oro, e fico só de tocaia, pra ver se o Senhor fala algo. 
Eu oro porque sei que o Senhor não é de ficar dando trela pra corrupto, ladrão e mentiroso. Daí, eu, que não me acho assim tão ruim, oro porque acho que o Senhor pode me ouvir, nem que seja um pouco. 
Não falta gente arrogante nesse mundo. Mas eu tenho cá pra mim que esses não vão conseguir ficar muito perto do Senhor… ah não… quem é do mal não consegue andar muito perto de Deus.
Mentiu? O Senhor dá nas ventas. Matou? O Senhor vinga. Se corrompeu? Fraudou? Tá n`água até o pescoço, porque o Senhor não dá mole para bandido (mais cedo ou mais tarde acaba pagando, nem que seja no Outro Lado).
Eu aqui com meus botões penso: já que tenho um Deus tão maravilhoso, estou bem certo que Ele vai me dar um lugar no Outro Lado. Daí eu vou sentar bem pertinho dEle e olhar pra toda aquela beleza, vou ficar feliz e seguro.
Senhor, eu quero fazer as coisas certas, como Você quer. Já que é pra ter inimigos, que eles saibam que eu estou agindo como o Senhor quer que eu aja. Se vão brigar comigo, que seja por bons motivos. 
Esses caras, os inimigos, não são sinceros. É só abrir a boca pra sair mentira. Só pensam em como dar um golpe, em como fazer algo de ruim pra alguém. No coração só tem coisa que não presta, e é cada goela que dá nojo – só falam besteira. Falam, falam, com uma linguinha de mel, mas é tudo enganação. 
Fala pra eles, meu Deus, que eles são culpados e que nada do que eles planejam e fazer vai dar certo – pode até parecer, mas não vai dar certo. Eles são tão malas que não merecem mais do que ficar longe do Senhor, porque são gente rebelde. 
Fala pra quem te ama, Senhor, que eles podem confiar no Senhor. Que o povo que te ame fique feliz só de viver, só de andar na rua, de ir a um parque, de respirar ar puro… já que nós, que somos essa gente, podemos andar em paz, porque o Senhor tá do nosso lado, porque a gente te ama. 
Tudo isso, todo esse papo, só pra dizer que o Senhor é tão bom que abençoa quem é do bem, quem é justo, e faz a gente andar por aí sem medo.

PS – Esses Salmos da Modernidade são interpretações livres do meu coração. Como eu diria pra Deus, e não são “escritura”. Não devem sequer ser encarados como uma “tradução alternativa”. Nada disso! Bíblia é Bíblia, e sagrada e não deve nem pode ser mudada. Aqui e só minha expressão pessoal de amor a Deus. 

Salmos da Modernidade – Salmo 4

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Uma musiquinha com uma letra inspirada, pra ser tocada com flauta, pandeiro, violão de 7 cordas e bandolim.

Me responde, Meu Deus do Céu… Estou pedindo de joelhos! Quando estou com a cabeça cheia de problemas, é você que me alivia. Só você mesmo pra ter pena de mim e ouvir meu choro. 
Aí Deus pergunta – “Ô gente, até quando vocês vão fazer que meu Nome passe vergonha? Até quando vocês vão ficar aí, posando de gostosos, e adorando uma enganação? 
Não se iludam, meus caros, Deus dá a maior moral pro fiel piedoso, e Ele me ouve – pode duvidar o quanto quiser – quando eu chamo. 
Já que é pra ficar com raiva, tudo bem. Só não vale cometer pecado por causa disso. Na hora de deitar, antes de pegar no sono, ora a Deus e te acalme! Dorme bem. 
Vamos então trabalhar sempre pra que tudo aconteça direitinho, tudo muito sério e honesto. E vamos confiar em Deus, porque nossa confiança estará bem entregue. 
Tem gente que diz que não sabe quem vai mostrar pra elas como é que é fazer coisas boas. Aí temos que dizer – Deus, seja nosso professor de coisas boas. 
Estou mais alegre do que qualquer outra pessoa, mesmo se o sujeito está bêbado e de barriga cheia. 
Eu, aqui de casa, quando deito, não demoro nada pra dormir. Deito e durmo porque é Deus que me dá essa tranquilidade e paz. 

Salmos da Modernidade – Salmo 3

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(O cara cria mal o filho, o filho se torna uma mala sanguinária, o cara tem que fugir do filho pra salvar a pele… Ele é que fez esse Salmo aí…)

Deus do céu! Quando mais eu rezo, mais assombração me aparece! Tem gente atrás de mim à beça! São tantos que não sei nem se tem couro em mim pra todo mundo atirar! 
É fácil olhar pra alguém cujo próprio filho está querendo matar e dizer “ah… esse não escapa”…
Mas que nada… nem precisa sair da minha frente que eu passo assim mesmo, já que o Senhor Deus é comigo, e me faz famoso por bons motivos. 
Eu, já que não tenho escapatória, berro em alta voz por ajuda do Senhor, e Ele, vejam só, responde! 
Sabe mais o que? Eu vou dormir, e nem fico com insônia. Pego logo no sono e acordo de boa, porque é o Senhor que está comigo, dando a mão. 
Ah… mas tem muita gente neste povo que está contra mim… Ora, e daí? Medo é que não tenho! 
Deus é ótimo em quebrar dente de valentão. Deus é muito craque em dar gancho de direita no queixo de quem não vai com a minha cara. Então eu digo – “Deus me acode” e pronto! 
O fato é que segurança mesmo, salvação no duro, bênção pra valer, só pelo Senhor Deus. 

Salmos da Modernidade – Salmo 2

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Por que tem tanta gente no mundo que gosta de uma briga, e ouve fake news, e se enche de raiva, imaginando bobagem? 

Os poderosos do século XXI adoram dizer que são a favor da ciência, e, para isso, acham que têm que zombar do Criador, e contra o Seu Salvador, Jesus. Aí abrem a boca para falar bobagem, dizendo: “Deus não existe, e se existe, não nos importa.”

Deus, lá do céu, deve cair na gargalhada… Quem não existe, na verdade, é a inteligência desses tais poderosos. 

Deixe que os tais poderosos falem tudo o que é asneira. Quando Deus resolver agir, não vai sobrar nem um dito “poderoso” pra contar a história. Aliás, não terão cabeça nem pra contar a história…

Eu? Eu não sou besta. Coloquei o Meu Deus onde ele merece, no Trono do meu Coração. 

Falo com a boca mais aberta do mundo, pra quem quiser ouvir, tudo o que Deus é e o que Ele quer de nós. Aí Ele respondeu: “Beleza… você é meu filho, de verdade.”

E mais: “Pode me pedir e eu vou fazer com que você seja o poderoso desse mundo, tanto aqui quanto na China.” 

“Os tais poderosos serão como um jogo de lego na sua mão – você vai montar e desmontar com eles.”

Daí, Ele emenda – “Poderosos, come on… sejam menos bestas e ouçam quem argumenta. Poder Judiciário, não seja burro: ouçam conselhos…

Arremato dizendo: Deus merece nossa consideração. Olha pra cima, veja como O Cara é poderoso, e sejam alegres, mesmo morrendo de medo do poder que vocês estão presenciando. 

Por fim, e mudando de saco pra mala – Quando vocês ouvirem falar do tal Filho de Deus, dá bola pra Ele, porque é igual ao Pai dele. Se Ele ficar irritado, vai dar ruim pra vocês. É muito bom ficar dentro do Bunker de Deus.

Salmos da Modernidade – Salmo 1

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Bem-aventurado o cidadão que não entende que precisa seguir o vai-da-valsa das opiniões alheias, nem tenta ganhar discussão política em boteco, nem para pra apertar um na companhia de gente que acha todo mundo além dele está errado, manos ele..

Em vez de fazer asneira, ele pega Deus pelo pé, na Sua Palavra, e espreme os textos até que soltem sua substância mais sublime. E ainda faz isso sem parar…

O cara é como uma mão amiga que está sempre ali, pertinho, com opiniões boas; um cidadão de bem, que rala, paga imposto, e ainda sobra pra ajudar quem precisa. Trabalha focado, e sempre o que ele faz dá certo.

Sangue ruim não é assim. Sangue ruim é como uma mala sem alça, que não sabe de onde veio nem pra onde vai.

É por isso que sangue ruim vai se perder o juízo quando se perder no juízo – final; e quem faz o que não presta nunca vai bem aceito no meio dos sangue bão. 

Porque Quem Manda, quem viveu desde sempre, conhece os sangue bão; mas o futuro dos sangue ruim é o Ó.

Meu Necrológio

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Parece um tormento sem fim, ver a família partir, os amigos irem sem se despedir, a vida ir passando diante dos nossos olhos. Eu sou a última vítima da morte. O necrológico é meu, e não da minha prima-irmã, Kátia, que morreu hoje, aos 57 anos, às 12:12, no Rio. Não. a apologia post-mortem é feita de mim pra mim. Sou EU quem morri. Sou EU quem me sinto morto, pelo menos.

Como justificar a morte por câncer, essa maldição sem cura ainda, que alcança “justos e injustos” – mais justos que injustos, pois talvez o mundo ainda os tenha em maior abastança. Como justificar nós, que ficamos, chupando dedo por mais um papo, por mais uma rodada de vinho e discussões acaloradas sobre qualquer tema, resolvendo os problemas mundiais com uma facilidade que faria inveja ao próprio Jesus Cristo (se Ele a tivesse).

Como justificar a pesada dor da mãe de 86 anos que fica, de alma sensível, saúde frágil, mas forte como uma montanha de granito. Como justificar para ela que sua terceira e última cria se vai antes dela, deixando-a sem herdeiros, sem tranquilidade e o conforto que a filha lhe proporcionava, sem o ombro, e porque não dizer, a brigaiada que acompanha sempre os mais chegados e mais amados.

Fomos sempre unidos, nós, primos e irmãos. Não havia, nem há lá muita distinção entre primo e irmão na nossa doida família. Sempre fomos criados tão juntos que não poucas vezes ganhávamos um safanão de um tio ou tia por coisas erradas, como se filhos fôssemos – e ai de nós levar a bronca pros pais, pedindo apoio – apanhávamos 2 vezes.

Essa união se expressa naquela qualidade única de ligar num dia de noite e dizer “amanhã vou dormir aí na tua casa”, sem dar explicações, nem dar a mínima se ela estava com visitas ou não. Ora, era a NOSSA casa (a dela e a minha). Ninguém pedia nem pede muita licença. Essa união se expressava quando ela me dava com uma régua T na cabeça, por minha burrice ilimitada em entender uma porcaria de um problema de Cálculo no Louis Leithold (devidamente afanado da amiga Margareth Simões, uma das outras do “bando”). Enfim, essa união se expressava naquilo que as pessoas estão perdendo com um mundo que se fecha em brigas ridículas, sem sentido: na simplicidade de se amar e se aceitar de uma forma tal que não havia nem questionamento sobre o fato em si. Ora, é CLARO que nos amamos. A gente não briga igual cão e gato e dá risada 2 minutos depois? A gente não se sente tão perfeitamente à vontade com o outro que custa até se lembrar que tá na hora de voltar “pra casa”, já em “em casa” já estávamos?

Pois bem, 30 e poucos dias de batalha contra um câncer, e lá se vai uma vitoriosa da vida, com seu PhD e seu conteiner de diplomas, menções, papers, dissertações, teses, feitos e proezas. Lá se vai a estrela da festa, sempre capaz de fazer jus ao famoso apelido de “Narcisa Tamborindeguy Montechiari”, em homenagem à doida socialite capaz de desatinos bárbaros e sem qualquer noção. Lá se vai a estrela dos churrascos, capaz de criar celeumas enormes, por qualquer razão, só pra ficar olhando os panacas se digladiarem… e dá-lhe risada…

Lá se vai parte da alegria da vida… lá se vai parte da vontade de estar juntos… lá se vai parte do nonsense bacana, da falta de noção amigável, da opinião dada só pra provocar, do abraço expresso em bolinhos de bacalhau, bobós de camarão, moquecas e… abraços também. Muitos abraços, por sinal.

Estava há pouco com o Livro de Jó aberto, tentando encontrar sentido na dor, como o sujeito encontrou, todo ferrado, cheio de chagas, tendo perdido os filhos todos, as terras, a saúde… disse ao meu irmão Hirann que queria uma resposta decente de Deus antes de Jó 42:5 – “antes, eu ouvia falar de ti, agora, meus olhos Te veem”. Ora, essa conclusão Jó chegou sem Deus ter feito nada pra dar uma mãozinha que fosse… Parece vitória por WO, de Deus. Queria algo mais substantivo pra tapar minha dor, ou pelo menos pra que parasse de inchar meus olhos, já tão sem lágrimas, depois de tanto chororô que a vida me impôs.

Não é que a resposta veio? Escondida no mesmo livro de Jó, lá em 19:25 – “Eu sei que o meu Redentor VIVEEEEEE… e que por fim se levantará sobre a Terra” (a ênfase parece minha, mas acho que Jó deve ter sido ainda mais escrachado). O meu Redentor VIVE, o Redentor de Kátia VIVE, o cara que parece ter esquecido que o mau é mau, o corrupto é corrupto, o ladrão é ladrão, e que parece não punir ninguém pelos seus maus feitos… sim, ele VIVE e por fim se levantará sobre a terra. Vá saber se isso será hoje ou amanhã. Por FIM isso vai acontecer; por FIM veremos os maus serem devidamente recompensados, e talvez até perdoados e redimidos… coisa chata é a Misericórdia infinita de Deus… (fácil falar quando já se está do lado de CÁ, dela)…

Tudo isso aí em cima, bom ou ruim, saiu em 10 minutos na frente de um teclado, quase sem raciocinar, só sentindo, relembrando, arrumando como dá o chorro de sensações que vem como um vômito à boca do bêbado. Uma torrente de coisa que não dá nem pra imaginar que aconteceria um dia. Nem revisei erros de português, ou concordância. Nem vou.

É um necrológio, no fim das contas, pra MIM. Eu é que morri aqui, que estou morrendo por estar vivo sem minha amada prima e irmã. Cada vez mais é um necrológio pra mim, por todas as mortes que ainda estão por vim, e das quais Deus houve por bem livrar Kátia de vivenciar. Somos mais fortes do que ela? Somos mais necessitados de apanhar pra aprender? Não sei. Só sei que levando-a antes Deus parece dizer assim: “Fica na tua, Zé Ruela, porque de dor Eu entendo um tiquinho mais do que você”.

Não preciso de mandar em Paz, prima Kátia… você sempre a teve, e apenas volta pra casa do Pai.