A foto acima emociona a mim, como cristão. Não esperava que isso pudesse acontecer dentro da Casa Branca. Há pouco fiz outro post no qual me referia à má vontade do editorial do Estadão com este governo – coisa meio “de grátis” e sem comparação com a benevolência demonstrada com outros presidentes, de “domadores de marolinhas” a “estocadores de vento”, passando por aqueles que “tem que manter isso aí, viu?”…
Trata-se de um grupo sendo conduzido em oração por alguém (não identifico) claramente pedindo bênçãos de Deus sobre os trabalhos ali feitos. Claro que existe até gente se dizendo cristão fazendo as maiores barbaridades – vide a “oração da propina” de uns anos atrás, que tanto nos envergonhou em nossa fé. Mas não se pode deixar passar um evento dessa natureza. Trata-se de gente, católicos e evangélicos, unidos levando ao Senhor sua vontade de fazer o melhor para ambas as partes.
Bom, eu vou continuar um vigilante desse governo, pois o país já gastou sua quota de irresponsabilidade, deixando governantes “bonzinhos” roubarem à torto e a direito. Vou deixar claro minhas posições contrária sempre que tiver necessidade (um exemplo, não gosto da ministra Damares e suas posturas – acho meio caricatas. Não que a ache incapaz, mas acho que leva para o ministério uma postura de “Deus proverá”, que contraria a máxima de que devemos “orar como se tudo dependesse de Deus, e trabalhar como se tudo dependesse de nós”, num dito famoso. Tampouco gosto do chanceler Ernesto Araújo. Não por conta de sua fé ou de suas posições conservadoras, mas pelo seu deslumbramento pelo cargo a que foi alçado.
Eu não enxergo nos evangélicos ou católicos (praticantes) em geral uma postura de “fobia” de qualquer natureza. Vejo uma postura de aceitação do ser humano – com as exceções de praxe (normalmente partindo dos hipócritas de plantão) e uma tentativa de abraçar o diferente. Mas ao mesmo tempo vejo uma postura independente quanto a “aceitação” de uma conduta desviante. De minha parte, não se trata de odiar homos, héteros, trans, brancos, negros, amarelos, ou o que quer que seja, mas a possibilidade de discordar de ideias sem desamor pelo ser humano. Jesus Cristo nos deu o tom da conversa quando pode separar o ser humano Maria Madalena do pecado a ela atribuído. De separar o futuro líder dos discípulos, Pedro, do sujeito que o negou três vezes. Assim, vamos pela vida, uma maioria que parece minoria, escorraçada às vezes, tentando manter um estilo de vida sob constante ataque, sem se deixar “tomar a forma do mundo”, mas mostrando com amor e compaixão que é possível divergir sem se matar.