Me preocupa a pandemia de Covid-19, claro. Preocupa a todo mundo. Estamos todos estarrecidos vendo como um vírus com capacidade “demarcada” de matar talvez 1% da população mundial, ou pouco menos, está mantendo todos nós emparedados em casa, à mercê das decisões, boas ou ruins, de vários níveis de governos.
O mundo assiste, em pânico, ao desenvolvimento, agora, da chamada “segunda onda” do virus, que aparentemente atinge Japão e Alemanha, antes menos atingidos do que os vizinhos (Japão, mais marcadamente).
Autoridades invocam o bem comum para nos manter em casa, primeiro com a intenção de aumentar a capacidade do sistema de saúde em ter respiradores e equipamentos em níveis desejados para lutar contra a pandemia; o que era para ser achatamento de curva toma outros contornos e acabamos ainda presos em casa.
Ninguém se iluda – é uma pandemia. Para muitos será tão somente uma gripezinha, para outros, como amigos meus, será a morte prematura. Mas tudo isso pesado e contrapesado, ainda nos remete a um virus com letalidade considerada relativamente baixa, no total da população. Nenhum Ebola, nenhuma Gripe Espanhola, nada igual. Mas difícil.
O que dá medo, porém, é o uso que as autoridades, sempre tão lerdas em fazer bom uso do dinheiro público, e sempre tão rápidas em aprender como se beneficiar de situações difíceis, estão fazendo dessa Pandemia.
Me assusta mais a próxima Pandemia. Quanto tempo demorará para chegar? Será real, mais letal, menos letal, será apenas uma criação política para justificar atos de exceção em meio à população? Entendo que o aprendizado que a ONU, via OMS, países totalitários, como China, Coreia do Norte, Irã, e, marginalmente, Cuba, por exemplo, estão tendo com a Covid-19 servirá de arma contra suas populações. Obviamente soa a teoria da conspiração, mas há “testes” e experimentos em andamento agora mesmo. Hoje mesmo, tem gente indo ao STF para garantir que determinadas prefeituras não proíbam “reuniões virtuais”, como cultos, missas e outros. Não é piada. Municipios diversos, país afora, estão limitando inclusive transmissão de lives por religiosos de vários matizes. A alegação? Bom, isso já nem importa para eles. “Onde dois ou três estiverem reunidos” em qualquer nome, nós proibiremos.
Quando se torna possível manipular atestados de óbito para obter alguma vantagem, política ou econômica, qual a dificuldade de dar o próximo passo, e “criar” a próxima crise, epidêmica, ou mesmo pandêmica? Quem poderá conter um país totalitário, uma vez que o caminho das pedras tenha sido aprendido, em usar a população para as finalidades que tiver?
Estou em casa, indo trabalhar no escritório quando dá. Como líder da minha empresa, tenho a consciência de ter que preservar vidas, mas por outro lado tenho visto a deterioração da coesão da equipe. Não tem sido fácil. O pessoal mais de baixo da escala hierárquica sofre relativamente menos, porque estão sob constante supervisão. O pessoal de cima, a quem cabe criar, revisar, vender, receber, etc, esses sofrem de uma crescente “malemolência” (eu sofro, outros sofrem, nem todos por igual).
Estamos ganhando o gosto pela caverna, o que certamente será bom para a indústria da construção civil, mas estamos perdendo o gosto pela “Ágora”, o local de reunião física. Estamos trocando isso pelas redes sociais de forma cada vez mais intensa, o que é bom, mas nos limita em nossas trocas. As redes sociais só mandam pra nós textos com que nós, de certa forma, concordamos. Isso reforça uma mentalidade de tribo. Para completar, nós mesmos (não eu, que me recuso) “desfriendamos” ou “dislikamos” quem quer que ouse emitir opinião contrária. O resultado é que ouvimos cada vez mais do mesmo.
Meu temor, nisso tudo, é que haja cada vez mais polarização das ideias, sem ventilação, sem troca, como a esquerda, deliberadamente, provocou nos meios acadêmicos ao longo dos últimos quase 50 anos. Ficaremos sendo “O samba de uma nota só”, sem espaço para que “outras notas vão entrar”. Estamos isolados, não queremos reconhecer isso. Não queremos ler com os olhos da inteligência, muito menos com os olhos da alma.
Vamos emburrecer, vamos nos radicalizar, vamos ficar à mercê dos nossos governos. Desarmados, desalmados, desacorçoados, e presos.
Deus nos livre!