O efeito Boeing sobre a Embraer

Parece brincadeira que há tão pouco tempo festejávamos, alguns, a aquisição da parte de aviação civil da Embraer pela Boeing, gigante de um mercado ultra consolidado de aeronaves, num mundo dominado por gigantes. A Boeing é a empresa com o 8o. maior peso no índice Dow Jones Industrial nos EUA, com um valor de mercado de mais de US$ 200 bilhões. Um colosso.

Ocorre que recentemente tenho lido interpretações diversas da crise na companhia, desde as falhas descobertas no Boeing 737 MAX, cujos desastres em algumas companhias aéreas fez com que a própria Boeing, além da agência americana de aviação civil, a FAA, tirassem de circulação mais de mil aeronaves do tipo em todo mundo.

Um articulista é absolutamente contundente ao declarar que, se a Boeing não for salva pelo governo americano, vai à falência – veja no Estadão em https://www.seudinheiro.com/apertem-os-cintos-a-boeing-esta-falindo/?xpromo=XD-ME-ES-MTSD-BEST-X-NAT-LK1-X-X&utm_source=ES&utm_medium=NAT&utm_campaign=XD-ME-ES-MTSD-BEST-X-NAT-LK1-X-X .

Ele dá conta de que existem 500 aeronaves em mãos de linhas aéreas, parados, e mais de 1.5 mil “entopem” os pátios da Empresa. Imaginem o prejuízo, fora a imagem…

Outros não são tão contundentes assim, e se limitam a dizer que provavelmente em 03 de Dezembro as aeronaves deverão ser liberadas para voar, quando os pilotos das companhias aéreas forem treinados no uso de um sistema automático de controle de voo, chamado MCAS, o que “salvaria” a empresa de danos maiores. Ocorre que aparentemente a empresa “ocultou” que tal sistema existisse, o que causou pelo menos dois acidentes graves, em curto espaço de tempo.

Qualquer que seja o destino da Boeing, está ficando claro para a FAA, que aparentemente houve erros que não foram devidamente reportados, e não solucionados, o que teria gerado modificações “inadequadas” de projeto – um mexe daqui, estica dali, bota um silver tape acolá… e que aparentemente teria burlado o mecanismo de controles internos e governança corporativa da empresa a ponto de gerar uma situação tão explosiva que pode implodir a Companhia.

Bom, e a Embraer? Como brasileiros, não somos, no papel, exemplo para ninguém, principalmente em áreas que exigem controles de grosso calibre e que demandam decisões do tipo “cortar na carne”. O silver tape, o jeitinho, parece muito mais com a Embraer do que com a Boeing. Mas o fato é que hoje temos que lidar com um problema gordíssimo – é possível que a Embraer acabe saindo chamuscada do processo? Afinal, como noticiava a Folha, “O acordo com Embraer pode ajudar Boeing a superar crise pós-737” ( https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05/acordo-com-embraer-pode-ajudar-boeing-a-superar-crise-pos-737.shtml).

O fato é que a coisa pode andar pra trás, creio, caso não haja salvação para a Boeing em termos adequados, ou ainda que acionistas insistam em que companhia “livre lastro” no processo de eventual Chapter 11.

Quanto ao aspecto que mais me chama atenção, profissionalmente, uma vez mais fica clara a máxima que aprendi na Arthur Andersen, nos anos 80, e que acabou valendo para a própria centenária e defunta firma de auditoria – “Contra o conluio, não há controle interno que dê jeito”. Em havendo a motivação suficiente, o apertão no calo correto, no nível hierárquico correto, o controle interno e a governança corporativa vão para o espaço em questão de dias. O bom do capitalismo é que realmente uma falência ruidosa costuma colocar as coisas nos devidos lugares, isto quando agentes reguladores não aproveitam o ensejo e criam mais uma tonelada de regulamentações que tornam a vida empresarial ainda mais custosa, numa espiral aparentemente sem fim.

A Embraer? Bom, tinham até 2020 para concluir uma transação. Estou começando a duvidar que ela saia.

Um novo AI-5???

O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, não é nenhuma criança. Deveria ter cérebro suficiente para não falar de corda em casa de enforcado. Afinal, não tem nem 2 gerações ainda que estávamos às voltas com a ditadura militar. Eis que, do nada, Eduardo diz candidamente a Leda Nagle que caso haja radicalização da esquerda, um novo AI-5, ou instrumento equivalente, “como um plebiscito como foi na Itália”, ou seja, “alguma resposta terá que ser dada”.

Isto tudo é reação a um processo de desgaste a que o presidente está sendo submetido, e que é brutal. A impressão que se tem, olhando de fora, é que o Brasil está sem governo. Minha impressão, “no duro”, não é esta. Ao contrário, a despeito da má vontade geral, e das rebatidas impensadas do presidente às provocações (claras) da mídia, entendo que o governo, em termos práticos, está indo super bem. O Ibovespa é o melhor termômetro para mostrar isso.

Mas tudo isso posto, e repudiando veementemente qualquer tentativa não democrática de solução de conflitos, entendo que sim, estamos vivendo, não só no Brasil, como no restante da América Latina, um processo sistemático de enfraquecimento das instituições e tomada do poder de forma subrepticia e intensa. A Venezuela é o final (ou quase) do processo; Bolívia demonstra o uso, como no Brasil, de instrumentos de controle financeiro adequado, razoáveis, como forma de justificar a tomada do poder por qualquer meio, inclusive pela fraude em eleições. A Argentina… bem, lá, como já se disse bem, colocaram para solucionar o problema os mesmos que o criaram. Aliás, é sempre assim – um gasta, gasta, outro é obrigado a arrumar a casa e tomar medidas impopulares mas necessárias, e aí volta o gastador fazendo bobagem e politicalha, de novo. Ciclo típico de país subdesenvolvido e que não conta com gente patriótica o suficiente para pensar no coletivo.

Estamos vivendo um momento em que a esquerda do continente partiu para o vale-tudo. No Brasil isso se expressa muito bem na atuação do STF. Não entendo como é que alguém que não presta contas a ninguém, e não é demissível, precisa se submeter a interesses menores do que os da estrita Lei. Só tem uma explicação, rabo preso e a chance de ter o nome enxovalhado por escândalos de corrupção. Parece ser o caso de alguns lá, que topam ignorar a realidade de um país inteiro, o clamor de uma nação cansada de corrupção, com o único objetivo de blindar político e tirar vagabundo, ladrão, da cadeia.

Não creio, e já escrevi isso, que a ditadura brasileira tenha começado em 1964. Ali ocorreu o que em boa parte se mostra igualzinho agora: uma maioria subjugada por uma minoria que faz de tudo para alcançar e manter o poder a qualquer custo, gritando a plenos pulmões e exigindo medidas de força. A verdadeira ditadura começa em 1967, com a eliminação de Castello Branco e a tomada do poder pela ala radical dos militares, dentro da doutrina de segurança de tempos escuros da Guerra Fria. Não temos mais a TFP nem as ligas das senhoras, para ir às ruas por nós. Hoje temos as redes sociais e alguns movimentos interessantes, com visão de modernidade e longo prazo. Mas o resultado vai ser, pavorosamente, o mesmo: alguém VAI fazer algo, NÃO vai ser bonito de se ver, e aí o bichinho do poder se instala e lá vamos nós de novo para mais 21 anos de poder quase absoluto.

Vamos para mais um embate? Ou será que é a hora dos políticos pararem de brincar com fogo, sentarem-se com calma e descobrirem uma forma de não radicalizar em suas posturas corporativistas a ponto de chegar à ruptura? Vamos jogar todas as fichas do país na soltura de um miserável, rato, que a todos nos envergonha, ou vamos deixar claro que há limites e que eles estão descritos em uma prisão válida, correta, em segunda instância? Até que ponto o povo vai aturar gentalha (sim, gentalha, pequena, intelectualmente nanica) como alguns ministros do STF, esfregando seu poder na nossa cara?

Não reclamem se um ato radical vier a acontecer, para desespero das “Greisis”, dos “Dirceus” e “Lullas” da vida. Mas que o Eduardo deveria ter ficado calado, ahhh, deveria…

Todo mundo está vendo / The world is Watching

https://www.bloomberg.com/opinion/articles/2019-10-21/brazil-supreme-court-is-caving-to-lula-or-is-it

Manchete da Bloomberg é taxativa – “Suprema Corte do Brasil está fora de Controle”. A publicação fala de “ministros-celebridade” e “sobrecarregada”, uma corte que não sabe emitir opiniões duráveis.

A verdade insiste em se mostrar ao mundo. Nós insistimos em não tomar providências, como país. Vergonha sobre nós.

Bloomberg Headline is adamant – “Brazilian Supreme Court is out of control”. Publications speaks of “celebrity” justices and “overtaxed” court that cannot issue a durable ruling.

Truth insists in showing itself to the world. We insist in not to take due measures, as a country. Shame on us.

Diferenças Radicais – a Prisão em 2a Instância

De um lado vemos um deputado exclamando – “Não é justo, como país, vermos quase 200 mil pessoas deixando as prisões” (Dep. Alex Manente (Cidadania), autor da PEC da prisão de condenados em segunda instância, conforme www.antagonista.com.br) .

De outro, Gleisi Hoffmann –

De que lado nos posicionamos? Vale lembrar que de 1988 até 2006, sempre houve prisões em 2a. instância no país. Um fazendeiro que havia matado alguém (um desses “donos do mundo” do norte ou nordeste, creio) entrou com um recurso questionando a legalidade. Pronto. levou ao STF coisa clara, lascou o cano… Vai dar ruim, e deu: transformaram uma situação que de tão pacificada e tão socialmente aceita nem era tratada em um ponto de confusão.

E ora se aproveitam os advogados para criar uma celêuma que vai em benefício de seus honorários e contra toda uma nação. Gleisi não está nem aí para a dignidade das vítimas de 168 mil possíveis criminosos (duvido que 1% o seja, o que sempre é passível de reparação). Gleisi quer ver seu criador solto, seu deus pessoal, em detrimento de toda a nação.

Observem: Gleisi fala isso COM ORGULHO! Sim! Ela está feliz porque soltarão 168 mil condenados em 2a. ou até 3a. instância. O povão que se dane (como o PT fez por tantos anos). Nós, que andamos na rua, trabalhamos de sol a sol, pagamos imposto, vivemos sob ameaça constante de uma burocracia inerme nos matar por omissão, nós que nos lasquemos. Ela, a Amante, a Coxa, consegue abstrair tudo isso em prol de um único ordinário condenado em 3a. instância.

Santo Deus! Que poder tem este condenado sobre 11 juízes do STF, sobre o Legislativo e sobre grande parte da imprensa? O que creem que ganhamos ao longo dos governos de suas “excelênças”?

Ninguém se iluda – a OECD não está fazendo “doce” com relação ao Brasil. A OECD quer ver com os próprios olhos se a firmeza com o combate à corrupção é pra valer ou se os 11 “autoridades” do STF e as centenas do Legislativo vão lançar o Brasil num caos social.

Deus nos acuda!

Falta-nos Pureza de Intenções

Fora da Salvação, sou cristão por uma razão fundamental: a pureza de intenções. O cristianismo sempre foi, por ordem e mandamento fundamental de Jesus Cristo, puro, “Santo”, nos termos do Apóstolo Pedro (I Pe 1: 15 e 16) – “Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou santo.” Ou seja, Pedro nos chama a ser o “santo”, ou seja, separado por Deus, para coisas boas. Essa ordem, esse imperativo, mudou o mundo de então. Em lugar do cinismo, a clareza; em lugar do ódio, o amor; em lugar de fazer coisas por obrigação, fazê-las por amor (a Deus e ao outro).

O discurso de Jesus, de “dar a outra face”, e de “caminhar uma segunda milha” não foi uma fala de acomodação ou de conformidade. Sabedor da dificuldade humada de responder com mansidão, Jesus instou toda a sociedade a inverter o jogo diário – em vez de reagir como seria esperado, “olho por olho”, O Deus feito homem nos manda fazer exatamente o contrário. Orar pelos que nos perseguem; abençoar os que nos amaldiçoam; ajudar quem nos quer mal, e por aí vai. Um contrassenso total.

O resultado, sempre que aplicado, é o mesmo: Pax Vobiscum – Paz Profunda.

Sociedades dão mais certo ou mais errado dependendo do nível de cinismo nela existente, e o interesse manifesto de fazer o bem ao outro, de falar a verdade e de compreender que é “dando que se recebe”, nas palavras do magnífico Francisco de Assis.

Nossa sociedade não é assim, assim como não o são sociedades milenares, como a chinesa e a indiana. Vivemos maravilhados com a antiguidade e “sabedoria” de sociedades que, no fundo, cultivam e reverenciam atitudes menores, interesseiras e auto-justificadas. Vivemos desprezando sociedades que foram fundadas sobre pilares da tentativa sincera de fazer direito, de ser corretos e visar o bem comum, pela preservação do bem privado – cada um visando dar integridade e apoio ao outro, ao que é do outro, respeitando a santidade do espaço do outro, cuidando para que o outro seja beneficiado.

O fundamento da palavra de Jesus é frequentemente interpretado como fraqueza – os romanos desprezavam o cristianismo, e somente o adotaram quando o modificaram de tal forma que se tornou irreconhecível, “pragmático” (no pior sentido possível), e cartorial; quando a sociedade passou de “ser igreja” a “ir à igreja”, um cartório de “benefícios” vendidos em troca de subserviência, obediência sem discussão ou mesmo dinheiro. Esse fundamento permanece e permanecerá pelos séculos – e aqui cabe uma observação: não se trata de interpretar o cristianismo como fé (que é o modo correto de fazê-lo). Mesmo um ateu convicto pode viver sob a égide da filosofia cristã sem macular qualquer das suas (des)crenças. Uma amiga um dia disse, com muita propriedade: “mesmo que eu chegasse ao fim da minha vida e descobrisse que tudo tinha sido uma grande mentira, ainda assim teria valido a pena viver como cristã”.

Sábias e poderosas palavras, embora eu tenha aquela certeza do “crente” de que o cristianismo é tudo, menos mentira. A filosofia fundada na sabedoria não-humana do Deus feito homem é de tal ordem que é capaz de mudar o mundo para (muito) melhor – na verdade, são leis, tais e quais a Lei da Gravidade ou a 1a. Lei de Newton.

O Brasil é uma dessas sociedades que já nasceu cínica, e tem no cinismo sua epistemologia – vê o mundo como se alguém sempre estivesse querendo tirar vantagem dela, mentir para ela, e como consequência, reage fazendo o mesmo. Não dá ao outro a chance de ser bom, honesto ou amigo. Em política, sempre vivemos do “quanto pior melhor” (quando não estou no poder), e do “a culpa é dos outros” (quando estou). Somos impedidos de ver alguém fazendo algo e simplesmente nos maravilhar e agradecer. Temos que enxergar o lado pior, o copo meio vazio, e vermos sempre um problema novo para cada solução apresentada.

Entra governo, sai governo, ninguém é capaz de olhar o outro, colocar o interesse coletivo acima do seu próprio. Retêm interesses manifestamente mesquinhos e paroquiais. A Lava Jato é talvez a última manifestação, ou último suspiro (Deus nos livre) dessa cosmovisão cristã – a luta por fazer o bem. Somos incapazes de enxergar o bem, somos incapazes de julgar fatos com retidão e honestidade intelectual, quando o que nos desinteressa não nos privilegia. O “doa a quem doer” só vale, no país, quando a dor é no adversário. Se doer em mim, minha opinião muda, sem rostos corados, sem vergonha de se desdizer.

A solução está em todos e em cada um de nós. De novo, retornando às palavras de Jesus, e que devem ser olhadas tanto do ponto de vista da fé como da filosofia: “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mc 9: 38-42). Voltar a ser criança, enxergar o mundo com a pureza da criança, ser perder a capacidade de arrazoar, torna a nós impossível “entrar no Reino dos Céus” (e aqui, entenda o cristão tanto o Reino aqui, como o de lá, ou o ateu, como “um mundo melhor”).

Que nada desalente o nosso Povo de querer ser melhor.

O que há por trás das atitudes de Gilmar Mendes?

Há alguns anos, quando a Lava Jato assolava somente o PT e seus satélites, Gilmar Mendes era um apoiador declarado da operação. Entre outras menções, digamos, interessantes, podemos selecionar algumas bastante vocais a favor da operação:

  • O Globo 18/09/2015 – ” O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes afirmou nesta sexta-feira (18) que o PT tinha o “plano perfeito” para se “eternizar” no poder, mas que a Operação Lava Jato, “estragou tudo”“;
  • Folha de SP 16/09/2015 – “A vedação das contribuições de empresas privadas asfixia os partidos que não se beneficiaram do esquema criminoso revelado pela Operação Lava Jato“.

Há dezenas de outras citações elogiosas de Mendes nos jornais. É só se dá ao trabalho de procurar. A pesquisa acima só durou mais do que 3 minutos porque o site da Folha não deixa copiar parte de textos e te exige digitar o assunto.

Pois bem, o que leva Gilmar a falar a quantidade de asneiras que tem falado ultimamente? O programa de ontem do Roda Viva é um exemplo dessa bílis que não sabemos de onde vem. Ou melhor, claro que sabemos. Impulsionado pelo seu cão de guarda na mídia, o fiel atazanado Reinaldo Azevedo, o ministro está num claro processo de auto-defesa. Ele sabe que não só a Lava Jato, mas outras instâncias da justiça, sabem que ele tem sido, digamos, menos que republicano, em suas atividades. O tal Instituto será, cedo ou tarde, alvo de investigação mais minuciosa, e ele não terá para onde correr. Se houver apuração isenta e severa, Gilmar vai acabar em cana, e isso para ele, que tem um ego semelhante em tamanho e qualidade ao de Lula, é impensável.

Gilmar começou a mudar quando a Lava Jato começou a chegar perto dos seus amigos, do PSDB. Enquanto era algo que “parecia” feito sob medida para o PT e asseclas, ele aplaudiu de pé. Eu mesmo, que votei em FHC duas vezes, me senti traído pelas revelações mais recentes sobre Aécio & Cia Ltda. Eu apoiei o Plano Real e me sentia representado pela finesse e calibre intelectual de FHC. Meus amigos Petistas dão risada de mim quando lembram que apoiei FHC. Eu não me arrependo, dada a alternativa. Apoiaria de novo, pois vivi sob 1% de inflação ao dia e sei a vitória nacional que é ver a inflação hoje abaixo de 4% ao ano.

Gilmar se expõe de uma forma quase que desesperada. É como se tivesse chegado no “Vai ou racha”, ou “Ligado o F…-se”. Ataca Moro com uma falta de decoro impressionante. Chama as ridículas “revelações” do The Intercept de “notícias” e acha que as provas obtidas da forma mais oblíqua possível devem se transformar em prova legal, ao arrepio da lei de qualquer país dito civilizado.

Ao tomar o caminho da confrontação que agora toma, Gilmar se expõe, expõe ainda mais seus protègès do PSDB entre outros, e expõe o quão próximo parece que o MP e o judiciário mesmo estão de expô-lo em grande estilo, em praça pública, nu e sem o apoio de ninguém, exceto os “suspeitos de hábito”, Levandowski, Toffoli, etc.

Ele está num momento particularmente favorável, em que a grande imprensa, “imprensada” pela sua situação econômica (irreversível) e pelas atitudes belicosas de Bolsonaro, retendo publicidade oficial e retirando fontes preciosas de receita, se torna particularmente suscetível a aventuras antidemocráticas e à narrativa do PT, feita sob medida para libertar o maior corrupto que o mundo democrático já viu.

Nós, que já não informamos majoritariamente pela grande imprensa, temos buscado fontes alternativas de entendimento. Isso acontece com a maior parte da população, e vai aos poucos minando tanto o que resta da credibilidade da imprensa como suas fontes de sustento. A imprensa teria uma sobrevida, talvez, se se posicionasse firmemente a favor do combate à corrupção e ao estado democrático de direito, que deveria ser encabeçado pelo STF, hoje a maior fonte de insegurança jurídica do país, nos dizeres recentes do ex-ministro do STF, Francisco Rezek.

O apequenamento do STF é de tal ordem que os ditos ministros um dia ouvirão, tristes e odiados, as palavras do ministro Marco Aurélio Melo em seu voto contra a anulação da condenação de um ex-gerentinho da Petrobrás, “dono” de US$ 15 milhões em contas no exterior: “A guinada não inspira confiança. Ao contrário, gera o descrédito, sendo a história impiedosa. Passa a transparecer a ideia de um movimento para dar o dito pelo não dito, em termos de responsabilidade penal, com o famoso “jeitinho brasileiro” e, o que é pior, em benefício não dos menos afortunados, mas dos chamados “tubarões da República”.

A Sociedade é hipossuficiente?

Adorava o William Waack. De verdade, achava e ainda acho o cara um baita jornalista. Não é um pensador, na minha opinião, mas consegue sintetizar bem algumas ideias que coleta, como bom jornalista. Ele sai da Globo de forma esquisita, culpa da emissora, por uma idiotice plantada, o que nos enche a todos de ira. Ele vai parar na futura CNN Brasil. Bom, levando em conta o que a CNN é no resto do mundo, aqui não deve ter linha editorial muito diferente, e deve acabar se tornando mais um veículo disseminador de ideias “progressistas”, embora talvez o WW não o seja.

Aí vem o artigo que colei um pedaço (imagem acima, do Estadão de hoje). E eu fico sem saber o que WW pensa, de fato. Vamos ao que ele escreveu e como me sinto com relação a isto:

  • A sociedade foi considerada “hipossuficiente” num movimento que começou com Lula, lá atrás, nos anos 80, e que a Lava Jato acaba por reforçar. O que é “hipossuficiência”? Em juridiquês, hipossuficiente é a parte mais fraca. Ou seja, a Lava Jato se sente (e Lula se sentia, ou nos fez crer assim) que a sociedade precisava de “ajuda” para não ser esmagada pelos poderosos;
  • Os atores centrais da Lava jato se sentiam como “participantes de uma luta política em seu sentido mais amplo” – o entendimento aqui foi expresso, como expresso pelo autor, por “combinação de vários elementos”, entre os quais cita “conversas hackeadas”, “livros de memórias (se referindo ao Janot, mais possivelmente), num amálgama de “sensações” que levam WW a entender que há elemento político (o conceito de “sentido mais amplo” é inexplicável em si, creio).
  • A derrocada do PT era o elemento central da operação, como “personificação da corrupção” – em síntese, essa palavra soa como um reforço à tese de loucos, como Dilma e Gleisi Hoffmann, que desde sempre venderam a ideia da “vendetta” pessoal contra o PT, como se os membros da Lava Jato quisessem tira-los do poder para colocar “outrem”, talvez mais alinhados com seu pensamento.

Ora, que diremos pois a essas coisas? Eu acho que só me resta repetir o Apóstolo Paulo – “Se Deus é por nós, quem será contra nós” (povo hipossuficiente). Pois que a imprensa, pouco a pouco, vira-se contra um fenômeno que no final das contas teve o desagradável condão de piorar sua situação econômica, que já era ruim – Jair Bolsonaro. Foi a eleição dele, propiciada pelo fenômeno da Laja Jato, sim, mas por um sentimento muito mais arraigado e anterior (desde o Mensalão, entendo) de hipossuficiência, sim, diante de pessoas que colocamos lá pelo voto, nos traíram e nos roubaram. Ora, como não nos sentirmos hipossuficientes em relação a um poder que:

  • Não tem recall?
  • Se elege com base em regras que beneficia não os mais votados, mas os dirigentes ou puxadores de voto?
  • Possui fundos quase ilimitados para obter a eleição que deseja?
  • Não presta contas a quem quer que seja?
  • Acode-se no STF quando acuado?
  • Tem na imprensa uma muleta fantástica, visto que o “inimigo do meu inimigo é meu amigo”?

Em síntese, minha sensação é a de que, hoje, somos não somente hipossuficientes com relação aos poderosos, mas contra a própria imprensa, que fez de nós um inimigo a mais.

Quando um dos filhos do “Bolzo” falou outro dia que “em regimes de força as mudanças são mais rápidas” e que deveríamos levar isso em conta e continuar apoiando o governo, ouviu-se uma chadeira incrível, derivada, creio, da imensa capacidade da imprensa em induzir o leitor a pensar o que ela quer: entendi, desde o início, que a despeito da crueza da frase, o rationale está perfeito – se queremos democracia e queremos viver numa sociedade de pleno direito, temos que encarar o fato de que os Gilmares, os Maias, os Alcolumbres, os Toffolis, e de outro lado, os Estadões, as Folhas, as Globos e demais atores nesta peça farcesca estarão conosco por algum tempo ainda, e que será realmente difícil obtermos o que um “déspota esclarecido” obteria muito mais rapidamente. A concordância com o Filho Zero-qualquer-coisa para aqui: comparar Pinochet a alguém “esclarecido” está um pouco além do meu conservadorismo…

Há luta política “em sentido mais amplo” por parte da Lava Jato? Alguns dos atores, neste caso, são conhecidos meus (não posso chamá-los “amigos” embora os possa chamar de irmãos) e vi o movimento Mude começar pelas mãos de gente cujo estofo moral e qualidades pessoais estão além do escrutínio de político ou jornalista. Conheço, de fato, quem se levantou contra o “pudê” dos Calheiros, Lulas e Cunhas. A questão é o que, de fato, existe de “luta política” nisso tudo. Nada. A luta aqui só é política no sentido em que é acessória ao poder, não o quer, mas não aceita viver na hipossuficiência que Waack diz que não sofremos. É um grito, de fato. Um que nunca tinha havido em 500 anos de história, e talvez, se sufocado este, demoremos mais 500 para ver outro.

Ora bolas, claro que Janot é um ator político – senão não teria vindo com essa palhaçada de dizer que ia matar o Gilmar, atiçando as lombrigas de milhões de brasileiros que certamente preferiam vê-lo morto – não me incluo entre eles. Ora, claro que a grande imprensa age como atriz política, mas muito mais econômica, tentando se salvar financeiramente até que consiga adotar um modelo que a salve da bancarrota inescapável, a que a tecnologia a condenou.

Por fim, o PT era a personificação da corrupção? Sim, mas não somente o PT. Hoje vemos que há muito mais amplitude neste movimento, que possivelmente inclui meus antes amados FHC e Serra, gente a quem aplaudi pela coragem de lutar contra o ciclo da inflação, e criar o tripé macroeconômico de metas de inflação, controle de gastos e realismo cambial, que propiciou a Lula as condições de fazer o caminhão de sandice econômica que fez, impunemente.

Mais do que o PT em si, MDB, DEM, PTB e outros foram igualmente atingidos pela Lava Jato, e somente aí começaram a reagir. Me pergunto se realmente, tanto Waack como os MDBistas, PTBistas, etc, criam, de fato, que a Lava jato tivesse um viés “anti-PT” muito claro, e que “parariam” no PT. A confiança que diziam ter na Lava Jato, frente às Câmeras e microfones, era muito grande. Cunha, por exemplo, levou a questão do impeachment até o fim, em minha opinião, entendendo que algum tipo de “relief” lhe seria dado, por ser “irmão em Cristo” (ui!) de alguns procuradores, ou por qualquer outra consideração lateral, que não a certeza de que a LJ estaria atrás dele, doa a quem doesse.

Textão é textão. Desculpem, textão é para quem reflete e lê. Sou contra a cultura da curta capacidade de atenção, embora curta um Meme… Acho que a reflexão deve ser feita, e ofereço minhas conclusões:

  • Imprensa e Povo não andam de mãos dadas, já faz tempo…
  • O Povo é Hipossuficiente, sempre foi e sempre será
  • A Lava Jato não é nem foi operação política, mas os PGRs sim, sempre o foram
  • A troca dos políticos não acabou nas últimas eleições; teremos mais uns 30% de renovação daqui há 3 anos e pouco, e talvez aí uma massa crítica para encostar a turma atual na parede de uma boa cela na Papuda
  • O STF não pode ser “deposto” sem um regime de exceção, e isso eu acho muito ruim. Mas o STF será jogado contra a parede mais e mais, até que peçam o bastão e, à lá Joaquim Barbosa (mas por outras razões) se mandem pra Portugal, viver do que “conquistaram”
  • Demora mais tempo do que necessário, e requer muito mais fôlego do que temos tido como povo, ao longo da história, mas é possível se livrar tanto de políticos como de imprensa marrons.

Interest Rates Withdrawal Syndrome and the Industrial Production

The first headline states that Brazilian Industry, in the opposite direction of the World`s Average, has shrank 10%, from the years 2014 to 2018. The second one gives the report of the latest developments on the recent industrial production around here. A relatively small, but significant in a country that struggles to grow.

The political scenario is a turbulent one, together with a partial destruction of the recent measures against the Car Wash Operation, taken by (surprise…) the Supreme Court of Brazil, a cabal of self serving unelected justices that do all, except uphold the Constitution.

On the other side, a brilliant Finance Minister and an also brilliant president of the Central Bank promote the single most effective measure to boost the economy: to reduce the interest rates to relatively civilized rates (5%, or around 1.2% above projected inflation for 2019).

Friends and clients are becoming increasingly worried with the “Interest Rates Withdrawal Syndrome” (IRWS), as I call it. IRWS is the result of the relatively sudden withdrawal of high interest and insulated deposits, that at the end of the tragic Dilma Rousseff`s era were 14.25% p.a. and made everybody in Brazil comfortable with placing money in safe, liquid and highly lucrative game of lending Government our surpluses.

People is sick worried with the possibility of running risks, any kind of risk, for having a 5% return, or so, in something that is not a fixed rate deposit. I personally am used to it. I invest heavily in dividends-paying shares and other ventures, and despite some serious losses, such as in the case of Eternit (ETER3: B3) have always given me a minimum 4.5% tax-free dividend yield. They show up at our offices and ask “now, what?”. The answer is the same for them all: “now, do as everyone else does in the most serious and successful countries of this world and cure yourself of the IRWS. Choose a nice porffolio and invest in it; go to more risky variable-income operations, such as Company`s Bonds, Real Estate Funds, etc.

The most desired effect of the IFWS, nevertheless, is that it will throw money in the production sector. People will have to invest in productive activities, as in any civilized country. As with the hyperinflation of the 1980s and 90s, Brazil was the total exception. When the Real Plan came, we all of a sudden became used to “be normal”. Just that. The reduction of real interest rates is the “Second Real Plan”, but more than it, it have the ability, I think, of being the redemptive measure of a coutry addicted to government (our own) money.

P.S. Sorry typos and my (usual) English errors… I write too fast and correct nothing… my bad…

A quem recorrer?

www.google.com – “O paraíso da impunidade”

A quem recorrer quando nossa Suprema Corte decide fazer vista grossa à própria justiça, em detrimento do sofrimento de milhões de cidadãos, que viram, pela primeira vez em muitos anos, algo ser feito em seu benefício direto, no longo prazo, em detrimento de uma corja que tomou o poder de assalto, literalmente, nos últimos anos?

A quem recorrer, quando os homens e mulheres da toga se aferram a picuinhas técnicas, esquecendo de que os acusados devolveram, na maior parte dos casos, “zilhões” aos cofres públicos? De onde acham que saiu tanto dinheiro a ser alegremente devolvido?

A quem recorrer quando o Congresso Nacional, através de lideranças que insistem em não largar o osso, dão de orelha aos colegas mais jovens, não contaminados pelas suas corrupções e mazelas, e esquecem de quem os elegeu? A quem recorrer quando esse Congresso tem um único objetivo: se blindar das acusações de corrupção que virão (ou viriam)?

A quem recorrer quando o próprio Executivo acabou sendo contaminado por algum tipo de “rabo”, do filho de alguém, que o tornou refém dos togados, para deleite dos corruptos?

Enfim, a quem recorrer, como pagadores de impostos, cidadãos honrados, criadores de emprego, empregados honestos, que militam de sol a sol para ver um país minimamente decente, quando suas liderança em TODAS as esferas do poder federal estão inapelavelmente envolvidas, em maior ou menor grau, com um “esquemão” destinado a nos manter em cativeiro?

Ninguém em sã consciência quer viver sob autoritarismo. Nenhum de nós quer viver num país cujas leis não servem para nada e cuja ordem institucional é rompida por algum “ente esclarecido”. Nunca mesmo. Mas a quem recorrer quando não há Cui custodiet ipsos custodes?

Em tempos como esse, corremos o risco de colocar abaixo todo um edifício democrático porque justamente quem deveria ter um mínimo de bom senso está privado de faze-lo porque tem um quilométrico rabo preso em algum lado, que o leva a votar contra toda uma nação.

Em síntese, a quem recorrer? Como cristão, que se propõe a viver de acordo com a vontade do Pai, só mesmo a ele. Ontem tive a tristeza da oportunidade de orar como nunca por justiça da parte do Pai. Não dá mais para conviver com essa gente! Meu pedido e oração sinceros (e desculpas aos meus amigos ateus, a quem amo igual) são que o Senhor intervenha neste país rico, feito miserável, por obra de literalmente menos de MIL cidadãos desonrados, poderosos e articulados, que transformam a verdade em mentira, sob holofotes de uma imprensa comprada, raivosa, e disposta a tudo para regressar a um status quo que, no fundo, sabe que não ocorrerá jamais.

Possa o Senhor Deus fazer o papel que Rodrigo Janot disse que queria fazer, contra um togado infame, e varra do mapa de nossa nação essa gente, para que não precisemos quebrar a ordem institucional da qual tanto precisamos, e que possamos, enfim, viver em paz, sem “todo-poderosos” exceto o Próprio.

Roubaram o meu sonho… a Geração Mimimi

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A pequena sueca faz sucesso, impulsionada por uma quantidade enorme de apoio estilo “agenda oculta”, de gente graúda que lhe coloca as palavras certas na boca. Ela estufa as veias do pescoço e fala como se soubesse de tudo. Tudo isso já foi escrito e está bastante bem. É uma dessas coisas que passará, varrida pelo bom senso que costuma acometer a população que não tem interesse ideológico direto no assunto e que acabará por refletir mais a fundo.

Não há, creio, um cidadão ou cidadã de bem que não se preocupe com a ecologia, com a fome no mundo, com as guerras, com tudo isso. O problema não é a preservação do planeta, não é a guerra em si, nem a fome. O problema é como chegar lá e como resolver esses problemas sem criar mil mais (no caso de Greta, o que ela propõe mataria de fome boa parte do continente africano, América Latina e sudeste asiático). O problema está na agenda ideológica que está por trás disso tudo. Mas sobre isso também já se falou bastante.

O que eu quero enfocar é um ponto que se torna cada vez mais recorrente hoje em dia. A Geração Mimimi (chamem-se Milênios, Y, Z ou o que se queira). Está ficando cada vez mais chato ter que explicar a boa parte das pessoas abaixo de 30 anos que a grama é verde, o céu é azul e por que as coisas caem para baixo toda vez que largadas…

Essa geração tem duas posturas bastante distintas – um parte (vamos chamar de 50% para não ofender ninguém) é guerreira, determinada, focada em se desenvolver e aprender como puder, o máximo que puder, e realizar seus sonhos. A outra “metade”, digamos assim, senta na calçada e chora, não aprende – absorve sem criticar. A postura que leva alguém de 16 anos a dizer que “roubaram seus sonhos” é a mesma que vemos todos os dias entre os currículos que recebemos nos nossos RHs, entre os profissionais que recrutamos (ou somos obrigados a recrutar), e mesmo entre nossos próprios filhos (quem os têm, sabe bem do que falo).

Recentemente um colega e sócio israelense, da área de alta tecnologia da informação, ao nos pedir que recrutasse um jovem para trabalhar na área, fez um pedido/declaração no mínimo polêmicos, mas dessas que é difícil discordar: “Contratem alguém mas vejam bem: que não seja um desses típicos Gen-Y ou Millenials“. Com seu jeito típico de quem foi para o exército aos 17, 18 anos, e lá ficou por 4 anos, sujeito a mísseis palestinos e ameaças de terroristas de todo tipo, saiu de lá, casou-se, teve filhos e criou sua empresa, esse jovem (não… não se trata de um um coroa como eu, mais de 50 anos…) o cara quer contratar “aqueles” jovens da Geração Y, ou Millenials, que estão do “lado de cá” da cerca da modernidade – espinha dorsal ereta e determinação. Ele quer alguém que não ache que “roubaram seus sonhos”, e que emitem opiniões sopradas por mentores. Quer gente que de fato pense e queira vencer, a méritos próprios.

Quanto ainda teremos que ser condescendentes e mimar uma geração que está sempre achando que alguém deve algo a eles, que acham que viver às custas dos pais até os 40 é uma coisa normal? Até quando, nós (os culpados, diga-se) teremos que achar que dar ouvidos irrestritos a “gênios” de 16 anos, sem filtrar os “how dare you!” e pitis mil? Até quando aceitar que ideologias emburrecedoras nos guiem ao abismo da fome e da desigualdade crescentes, e à prisão ao terceiro-mundismo imposto de dentro do próprio país?

O israelense sabe que lá, a realidade se impõe muito mais dura do que em outros lados, e que não tem tempo pra “bullshit“. É pegar os problemas com as mãos e fazer as coisas acontecerem, ou deitar no chão e esperar a morte. Por isso, mesmo entrando na faculdade mais tarde, ficando anos no exército e ouvir mísseis passarem sobre a cabeça de quando em vez, escolhem viver uma vida determinada. Dificuldade e determinação. Dificuldade gera determinação. O Brasil tem realmente muito o que aprender com esse singelo pedido, um exemplo simples e poderoso.