Opiniões

Só se pode chorar por ti, Argentina…

Em seu programa de ontem na GloboNews, o excelente Ariel Palacios nos apresentou uma Argentina pré-eleições que ele, argentino, de esposa brasileira, conhecedor dos dois lados da fronteira entre los hermanos, sabe como ninguém mostrar. O espanhol porteño sem sotaque dá uma boa facilitada nas entrevistas, com os porteños se abrindo mais a um deles do que a um de nós (pela necessidade de mostrar a superioridade que eles têm, ou desejam ter, sobre nós).

O programa define com precisão o Peronismo, ou seja, um “movimento” sem cor ideológica clara, pendente para a ideologia do chefe ou mandante de plantão. Pendeu para o pragmatismo de mercado de Menem, anos atrás; pendeu depois para o estilo esquerdista “Cámpora”, à lá Dilma, destruidor, burro e cego, que acabou com o país, tendo, após isso, impedido que Macri o reabilitasse, ainda que parcialmente, através de uma onda de oposição aos mais elementares projetos de mudança, estilo Paulo Guedes. Macri fez o que pode, reduziu a taxa de aproximação do abismo, mas não conseguiu o intento de crescer – até porque, do lado de cá havia, durante a maior parte do mandato, gente que lhe fazia oposição não velada, ou simplesmente não tinha força política para ajudar em nada.

Passei parte da juventude “morando” (melhor, indo e voltando com frequencia grande) em Buenos Aires. Aprendi a conhecer um povo bastante culto e elegante. Sou fã dos argentinos e como todo brasileiro, escondo isso debaixo de um tapete verde-amarelo. Mas o fato é que cultura e elegância não são suficientes, quando se trata de uma herança Peronista tão forte que faz com que o país sofra de uma espécie de disforia intelectual – sabem (ou devem saber) que o que Macri fez é o que se deveria ter feito, quando conseguiu.

O Partido Justicialista (peronista) seria uma mescla de MDB com PT, tendo em Perón seu Lula, e no MDB seu apego total e absoluto ao poder, não importa quem tenha que cooptar para manter-se lá. Imaginemos um partido que tem a firmeza ideológica do MDB com uma figura central que é quase um “deus”, em Perón. Está dado o caldo de cultura para um atraso que não vai ser curado sem muita dor.

Talvez a maior diferença entre a Argentina e o Brasil é que nunca los hermanos chegaram a ter um caos econômico das proporções que enfrentamos, pelo longo tempo que enfrentamos. A frase do dia, do candidato à presidencia peronista, Fernandez, ex-assecla de Nestor Kirchner, de que o Peronismo “conserta os problemas causados pelos outros” é de um nível de demagogia brutal, comparável somente às piores diarreias verbais de Lula ou Gleisi Hoffmann.

É difícil entender como um povo tão culto, com índices de escolaridade semelhantes aos do primeiro mundo, não consiga se dar conta de há quanto tempo estão sendo governados por seus próprios “ícones mortos”, substituídos a cada eleição pelos piores elementos que o país pode produzir.

A gestão de Cristina Kirchner em tudo se assemelhou, à exceção do impeachment, que nos livrou do “menu completo” de repressão, aparelhamento e destruição do estado. Eles não tiveram, também, uma lava jato pra chamar de sua, e os donos do poder puderam matar, suprimir e ficar impunes. Bom, neste aspecto ainda nos falta prender os assassinos de Celso Daniel e Toninho do PT, e da “entourage”, que poderia abrir o bico. Isso não conseguimos ainda, mas uma hora dessas a PF esbarra com algum documento que nos permitirá, como sociedade, abrir uma “Comissão da Verdade Verdadeira” e mandar alguns (que ainda não estejam presos) pra cadeia.

Estamos, queiramos ou não, atrelados à Argentina, pela parceria e proximidade, pelas antigas relações comerciais. Não imagino como Bolsonaro vá conseguir se relacionar com Cristina, que será a “presidenta” de fato (pelo menos lá o “a” final está correto, gramaticalmente). Esse cara, ogro como é, vai nos dar alguns motivos de risadas, quando se defrontar como o que podemos só esperar de Cristina – atitudes Dilmescas à toro e à direito, atrasando o país dela, e arrastando parte do nosso junto. Deus nos livre!

Piscina de Melado

Eu apoio…

Eu tinha um sonho (pesadelo) recorrente: eu tentava nadar para chegar à margem de uma imensa piscina e não conseguia. Minha impressão é a de que a tal piscina não continha água, mas melado ou algo viscoso, que me impedia o progresso. Dava uma imensa agonia sentir o cansaço e a dificuldade de nadar alguns poucos centímetros.

Essa sensação me invade neste país maluco, em que vivemos em meio a um “melado” cultural, um Orwelliano “duplipensar” e uma novilíngua que nos ataca todos os dias. É um embate cultural duro de vencer, e que não tem nada a ver com o atual presidente ou suas coisas de ogro, seus assessores e seus Queirozes. Trata-se de uma guerra cultural mais profunda.

Fatos e Versões

Não é só o nome do programa, mas o conteúdo que mete medo. “Existe um jeito de fazer a história, e existe um jeito de contar a história”, pontifica Betinho na repetitiva e entediante propaganda do canal de TV a cabo. Ora, estamos vivendo isso hoje. Diante de nossos olhos vemos gente “contar” a história do jeito que lhes apetece, em total desrespeito à realidade. É um país cuja elite cultural e acadêmica jogou pela janela toda e qualquer busca pela verdade, e submergiu na sua decisão consciente, creio, de “contar a história”. A frase em si é de um “quase santo” das esquerdas, e denota uma clara disposição moral e intelectual – recontar, re-dizer, desdizer, duplipensar.

Programa após programa de TV, cabo ou aberta, blogs, vlogs, tudo, enfim, que está levando a população a “reinterpretar” o que viu, ouviu e participou recentemente. Os milhões na rua, o ridículo de ter uma presidente que não liga lé com cré, as centenas de provas esfregadas na cara de todos, da culpa irremediável e absoluta de um ex-presidente que escolheu acabar com a biografia em função de um projeto de poder total. Enfim, estamos sendo alvo de algo que talvez só tenha tido paralelo nas campanhas de Goebbels entre 1933 e 1944. É um massacre, e um que não vem dando muito certo, graças a Deus Pai, junto à população, a despeito do poder das forças alinhadas para isso, a academia, a imprensa, as corporações de funcionários públicos, ONGs, etc.

Em tempo, a frase do Betinho, para quem realmente quer analisá-la com cuidado, não significa absolutamente nada fora do contexto Gramsciano.

Independentemente do Presidente

Não estou aqui para defender este ou aquele cara no poder. Não votei nele no primeiro turno. Votei no segundo, por uma convicção – o cara é muito, mas muito mais bem intencionado do que qualquer das alternativas que eu via naquela eleição. Votei conscientemente. Não voto útil, mas realmente acreditando que era uma escolha razoável. Não me arrependo. O que vejo, fora da cortina de fumaça pesada e mal cheirosa que paira no ar, é bom. São boas reformas, são bons números são excelentes intenções. A economia vai se recuperando, e o país vai bombar, se Deus quiser, a despeito deste ou aquele Queiroz, este ou aquele embaixador-filho, este ou aquele arroubo de bobagem dita ao calor dos microfones provocativos.

Eu me pauto pela realidade. Até porque, durante a era Lula, vimos um “craque” (como definiu um querido amigo, ora presidente de uma grande estatal paranaense) nos encher de “meta-fatos”, “meta-verdades”, que funcionaram muito bem aos olhos de uma população vivendo uma prosperidade que no fundo, o próprio “prisidenti” não tinha ideia clara de onde vinha (nem seus ministros da área financeira). O efeito commodities, o efeito pré-sal e as reservas internacionais criaram uma situação na qual só acordamos quando o caixa do governo tinha sido total e inapelavelmente surrupiado, em temerosas transações envolvendo um sem-número de concursos públicos, e na compra da subserviência do congresso e dos meios de comunicação, uma vez que a cátedra já estava domesticada há anos.

Assim, independentemente do presidente, creio que o Brasil precisa ser maior do que os “petty issues” que envolvem uma esquerda cujo poder está nos estertores, mas não vai largar o osso tão fácil

A liberdade à vista

Nos encontramos perto de uma espiral positiva economicamente. Se a máxima “it`s the economy, stupid” continuar valendo, pode ser que a força de criação de factóides ridículos decaia um pouco e nos permita como sociedade, um respiro. Duvido muito, pela capacidade de criação de “realidades paralelas” e pela admirável disciplina da esquerda em cumprir à risca um papel, cada um na sua, mas coordenadamente, para o bem da “causa”.

Vamos, creio firmemente, passar pelo vale da sombra da morte, e emergir do outro lado com o dólar a 3,60, a bolsa a mais de 120 mil pontos, a economia crescendo sólidos 3.5% a 4% ao ano, e a dívida pública em queda relativa ao PIB. Não vai ser fácil, mas a receita, de tão óbvia, parece ridícula – não interfira, não atrapalhe, lassez-faire… e principalmente, laisser-passer – deixe que a caravana passe com seus milhões de membros, ansiosos pelo futuro.

Lava Jato

Por fim, temos a batalha contra a Lava Jato. Essa sim, por envolver gente tão graúda que não temos como nos livrar deles democraticamente, no curto prazo, sem rupturas. Não será fácil mandar um Gilmar Mendes, um Tóffoli, um Alcolumbre, ou um Maia para a obscuridade de onde nunca deveria ter emergido. É muita gente e muitos interesses pesados. Ninguém quer (bom, eu não quero) ruptura institucional, portanto o caminho é o de continuar a pressionar as “otoridades” com fatos inescapáveis e muita pressão popular, para que, quem sabe, eles decidam se mudar pra Portugal, pra tomar conta de seus negócios, ou se aposentar prematuramente, e escrever um livro de memórias, sabse-se lá a preferência de cada um, desde que não permaneçam no poder, e na TV, exercendo seu poder de tentar mudar a realidade e moldá-la a sua imagem e semelhança.

Torço e oro por Deltan, por Moro, por Pozzobom, por Bretas, por Wallisney, em suma pelos poucos e abnegados que colocaram suas cabeças a prêmio por um futuro melhor pra todos nós, e que, aos olhos de boa parcela da população, tudo fizeram de “errado”. Que os magistrados que chamam a Lava Jato de “orcrim” possam engolir suas palavras em público, diante de uma multidão enfurecida (mas pacífica) que clame por sua deportação.

Deus tenha piedade do país. A piscina de melado do meu pesadelo continua lá… que Deus liquefaça essa bagaça…

Comissão da Verdade

Comissão… Verdade…

O rebu agora é sobre a fala despropositada e fora de lugar do presidente da Republica, que na minha opinião ofendeu um sujeito que o tinha ofendido (e à nação). É uma questão particular entre um cara que vê no presidente a encarnação do mal que levou seu pai, a ditadura, e a postura de um presidente que de certa forma vê esquerdismo em tudo (e cá entre nós, com boa dose de razão, devido à quantidade de “minas terrestres” espalhadas pelo PT na gestão pública em mais de uma década).

A Lei de Anistia foi um remédio duro imposto à sociedade brasileira para os casos de violência de parte a parte. Com uma quantidade de vítimas relativamente pequena, em relação a outras ditaduras do continente – no meu tempo de moleque falavam em milhares de desaparecidos e mortos, hoje temos menos de 500, confirmadamente, e só de opositores, sem contar os mortos pela guerrilha – fazer um “borrão e conta nova” fazia, e ainda faz na minha opinião, todo o sentido. Excessos típicos de uma era de extremos, uma briga entre dois impérios, um mundo dividido por cortinas de ferro, bambu, etc, tinham que ser esquecidos, se fôssemos realmente seguir adiante sem tanto rancor.

Foi o que fizemos, como sociedade. O que era para ficar enterrado, no entanto, foi exumado e colocado em praça pública, exalando seu odor putrefato. A razão aparente foi “a verdade”. Como e o que se fez? Um governo de viés tão ideológico como o atual, mas com sinal trocado, reabre o processo de investigação dos “arquivos da ditadura”. Está sendo chamada hoje de “comissão de estado”.

Não entendo o termo. Não sei por que seria de estado. Ser “de estado”, até onde entendo, refere-se a ser composta de forma independente, representativa da sociedade, com objetivos que não findam, mas são uma necessidade permanente da sociedade. A única analogia que vejo são as “carreiras de estado”, como a diplomacia, forças armadas, entre outras poucas que são de natureza permanente e que servem ao estado, independentemente do sujeito(a) que ocupe as principais cadeiras dos poderes da república. Não vejo nada disso aí nesta Comissão.

A visão que tive, lá atrás, quando foi estabelecida, foi a de que era uma forma de revanche e desmoralização pública do regime militar. Depois, quando vi sua composição, de certa forma confirmei essa visão. Depois mudei de opinião – hoje creio que houve sim um viés de “verdade” na história, de encontrar responsáveis, à lá “Madres de la Plaza de Mayo” na Argentina. Mas o que mais essa comissão gerou foi gente pra receber grana do governo, de forma perpétua, por afrontas, reais ou imaginárias.

Hoje o presidente mudou a composição da tal comissão que, de novo, creio que existe ao arrepio de uma Lei de Anistia que valeu para os dois lados. Mas mudou, e como disse o ogro de plantão, “porque sou de direita, e fim de papo”. O fato é que o presidente nunca pensou diferente nem nunca externou nada diferente disso. Sempre foi contra, sempre enfatizou as guerrilhas como parte de uma guerra declarada contra o Estado brasileiro. Não dá pra chamar o cara de incongruente. Ele mantém sua posição, a despeito das repercussões. E isso é demonstração de coragem. Sem dúvida… pouca sabedoria, mas coragem.

The Economist pesquisa antes de falar?

https://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/8590827/bolsonaro-esta-quebrando-sua-principal-promessa-de-campanha-diz-the-economist

Com surpresa vejo hoje no www.infomoney.com.br uma matéria fazendo menção ao The Economist, dizendo que “Bolsonaro está quebrando sua principal promessa de campanha”. Para minha surpresa, a promessa quebrada foi apontada como sendo o combate à corrupção – “porque sua administração parece quase tão escandalosa quanto a que substituiu”.

Bom, como filiado ao Partido Novo, não morro de amores por algumas figuras da administração de Bolsonaro, por sua linha de atuação. No entanto, a afirmação acima, cercada de cuidados (“escandalosa” e não “corrupta”, pois declara-los corruptos seria um tanto demais…) me parece de tal ordem cretina que não me dou ao trabalho de refuta-la mais.

Podemos ter divergências com a gestão atual, e mesmo não gostar do jeito histriônico do presidente, sua falta de “polidez” (Lula, bêbado e mijado em Davos parece menos ofensivo do que qualquer coisa que este presidente diz ou faz). Eu, de minha parte, continuo dando meus votos de confiança ao cara, até porque estando no mesmo barquinho, quero mais que o cara ajude o país. Minhas razões são um tantinho egoístas. Preciso que o país vá bem para que eu, meus negócios, meus colegas, também vamos bem. Como não tenho emprego público nem tenho salário – tenho que correr atrás todo mês, como todo empresário neste e em qualquer outro país – preciso que a nação vá bem. Quem pode se dar ao luxo de chacoalhar este barco é a oposição do “quanto pior melhor”.

Voltando à The Economist, como é que os caras concluem isso aí? Houve um tempo em que Economist era mais ponderada – e aqui não falo somente por causa do Brasil, mas por outras razões que identifico, como Israel, EUA, etc. Parece que qualquer iniciativa conservadora, seja ela qual for ou de onde venha (exceto muçulmanos, que são inapelavalmente “legais” pra eles) suscita calafrios na redação.

Peço a Deus que faça este país crescer, e que a Lava Jato consiga completar sua missão com louvor e rapidez, para podermos de uma vez por todas nos livrar do ranço que se apossou de nós em 1988 e ainda não nos largou.

Compartilhamento de Auditorias entre as “Big 4” e empresas de médio porte – Solução para Corrupção?

https://www.internationalfinance.com/magazine/audit-sharing-with-tier-2-firms-a-solution-for-big-4-corruption/

Gostaria de compartilhar com vocês o “Post” publicado na revista International Finance, no link acima, cujo sub título é “Global calls for reform get louder as political and business leaders fear that a crisis of confidence in the accounting industry could hurt global capitalism” , ou “Clamores globais por reformas tornam-se mais fortes, na medida em que líderes políticos e empresariais temem que uma crise de confiança na indústria da contabilidade possa ferir o capitalismo global

Trata-se de uma reflexão sobre problemas sofridos por grandes empresas de auditoria, recentemente, em conjunção com possíveis problemas de “corrução”. Alterei propositalmente o título acima, não traduzindo o original, “Compartilhamento de auditorias com firmas do nível intermediário – uma solução para a corrupção das Big 4?” por não ter elementos de juízo sobre existência ou não de “corrupção”, o que prefiro não julgar, tanto por desconhecimento de detalhes como por entender que circunstâncias específicas precisam ser averiguadas.

Fato é, no entanto, que existem, desde muitos anos, uma percepção de que existe uma pressão muito grande das mega corporações sobre as maiores firmas de auditoria do mundo sobre o que reportar, em caso de problemas de leitura de Demonstrações Contábeis, e em que termos reportar, uma vez que as chances de descontinuidade de contratos milionários crescem na medida em que problemas tendam a ser descobertos.

Ademais, no passado, a troca (por uma grande empresa) de seus auditores, era objeto de especulações de mercado sobre as razões, o que levava a uma dupla interpretação sobre uma troca de auditores em trabalhos globais; a)o que levou a isso (normalmente associado a situações opacas) ou; b)o que está havendo com a firma auditora, internamente. Em síntese, a troca sempre dava ensejo a interpretações “sinistras”.

Desde o aludido caso da Arthur Andersen, em 1999 a 2001, o famoso Caso Enron, as trocas parecem que se tornaram mais frequentes… e as razões para elas menos questionadas publicamente.

Países como a França tornaram auditorias duplas (sempre dois auditores examinando as mesmas Demonstrações Contábeis) obrigatórias, o que fez surgir um mercado grande, e caro, para empresas francesas. Não me pareceu nunca algo adequado, impor mais custos à atividade produtiva. Não tenho elementos para informar se as grandes empresas francesas são menos ou mais corruptas, na média, do que outras. Creio que não, mas é crença mesmo.

No final das contas, o grau de concentração do mercado de auditoria e de todo indesejável. Qualquer oligopólio o é, e não confere, como temos visto, qualquer grau adicional de qualidade ou fidedignidade às demonstrações contábeis, em qualquer país.

Fica minha opinião, de qualquer forma. A pergunta que me foi dirigida foi – que medidas você acredita boas para mitigar os riscos de qualidade ou veracidade na emissão de Pareceres de Auditoria? Minha resposta vem em linha com o principal fator – evitar pressões indevidas sobre o auditor, qualquer que seja o tamanho do cliente ou da empresa auditada. No final das contas, independentemente do tamanho da empresa, o nível de confiabilidade do trabalho recai muito mais no “Tone-on-the-Top” (o tom que é dado pelos líderes da organização) do que qualquer outro fator individual. A inexistência de “whistleblowers” (delatores) dentro das empresas de auditoria é outro fator que deveria existir, e não existe. Alguém, como um gerente ou diretor de auditoria, que se veja impelido a uma conclusão (ou à não emissão de uma determinada conclusão) sobre um trabalho sobre o qual detenha entendimento suficiente para opinar, deveria ter a chance de se posicionar claramente. Treinamento é importante, técnica é importante, mas coragem é mais importante do que qualquer fator, quando se trata de auditoria.

O Beato do Powerpoint

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:2)

Não posso acreditar mais no que o “Pavão Misterioso” publicou do que no que o “hacker misterioso” do Glenn Greenwald o fez. Tendo a ter cuidado (até profissional) com a qualidade do que se joga na mídia. Contudo, posso fazer alguns juízos de valor. Logo no início dos vazamentos contra a Lava Jato, tanto o ex-juiz Sérgio Moro quanto o Procurador Deltan Dallagnol não diretamente negaram o conteúdo do que foi publicado. Pode ser que tenha sido “inocência” da parte deles, mas entendo que, em sendo tomados de surpresa e vendo coisas que, talvez não literalmente, e muito provavelmente editado, tenham se lembrado de parte, pelo menos, das “revelações” e não terem sequer se preocupado em desmentir algo que possivelmente tenham falado, mesmo que tirado de contexto, datas, etc. É a reação típica de quem não crê, do fundo do coração, que cometeu um ato errado, e que não se julga com a régua torta da maioria.

Assim, tampouco me dou ao trabalho de desacreditar integralmente no que o “Pavão” publicou. Li tudo com a devida atenção e esperei vários comentários a ponto de tecer um relativo julgamento sobre o assunto e os panos de fundo dele. O mais revelador de tudo isso é o silêncio sepulcral dos envolvidos, GG (“Amor”), David Miranda, Jean Wyllys, Leandro Demori, Marcelo Freixo, Paulo Pimenta, etc.

Também estranha o silêncio da mídia. NINGUÉM, exceto as mídias sociais, deram um pio sobre o assunto. Que eu tenha visto, de mídia com abrangência, somente o Antagonista/Crusoé e a Gazeta do Povo noticiaram a coisa em maiores detalhes. O resto, os seja, os “Catracas Livres” da vida, apenas teceram comentários de cara pejorativos sobre o assunto. Ninguém, exceto os dois veículos que mencionei, parece ter-se dado ao trabalho de olhar minimamente para o assunto, com senso crítico, para entender a gravidade do fato reportado.

Mas deixemos isso para lá, e assumamos, por um momento, que o “Pavão” expôs os diálogos ipisis literis, sem edições ou manipulações de data. Tendo a acreditar nisso por conta dos CPFs, RGs e números de telefone apresentados por eles, o que me deixa menos intranquilo quanto à autenticidade do “Hacking”. De qualquer forma, estamos falando de episódios no mínimo do mesmo calibre: um jornalista que aceita publicar algo como verdade sem checar a fonte, dando como verdade algo que não pode comprovar se editado ou não, e um grupo de hackers que, para demonstrar sua autenticidade, dá dados pessoais dos hackeados. Imaginemos que o Pavão fez tudo certinho…

Não posso dizer que sou “amigo” do Deltan Dallagnol. Fui membro e diretor da mesma Igreja que ele hoje frequenta, a Igreja Batista do Bacacheri. Estive presente quando ele foi à frente pedir as bênçãos de Deus sobre um mestrado (ou doutorado, nem sei) que iria fazer nos EUA. Conheço seu pai “lateralmente” por ser membro do Ministério Público Estadual do PR, no qual tenho muitos amigos e vizinhos. Tudo gente boa, competente, técnica e muitos deles tementes a Deus. Um dos procuradores estava perto de mim e disse, durante a oração ao Deltan, “se o pai deste aí já é caxias que chega, imagine o furdunço que esse piá (moleque, em Curitibês) vai causar nesse mundo (ou coisa que o valha – não lembro bem). O baixinho gente boa, procurador e amigo, há de se lembrar disso, se ler essas linhas… O que posso dizer é que tanto o Deltan, como o Roberson Pozzobon são caras extremamente sérios, tementes a Deus, e que de fato têm a nação dentro do coração.

Gente desse calibre, e incluo aqui Sérgio Moro, não tem a menor chance contra gente do “calibre” de um Jean Wyllys, Marcelo Freixo e outros. É uma batalha desigual. Foi preciso que o Moro fosse possivelmente alertado pelo pessoal “político” e passasse a se referir às conversas como “passíveis de adulteração”, o que de fato, são. Antes, ele nem se deu conta do nível de cretinice que estava sendo perpetrado contra eles.

Mas foquemos no aspecto da batalha espiritual que está armada sobre o país – Jean Wyllys, que creio que tenha realmente vendido o mandato para David Miranda, e seu “marido” Glenn Greenwald, aparentemente fizeram algo de que não se envergonham, embora tenham que esconder do público – compra e venda de mandato é crime. E fica clara a desproporção entre o “pecado” de Moro (não vejo nada que não seja plenamente justificável, se colocado na ordem cronológica e sem ‘adições’) e o desses caras do The Intercept. Aqui, estamos lidando com uma batalha, tanto política, como espiritual. Quem tem ouvidos para ouvir o que eu digo, entenderá. Quem não tem, continuará tendo “comichão nos ouvidos”. Creio que estamos diante de uma tentativa coordenada (não neste plano) de destruição de um “set” de valores judaico-cristãos, fundamentado na família e na sacralidade do indivíduo, para colocação no lugar de … bom, qualquer coisa que não seja boa, mas certamente, comandada por um estado enorme e à disposição de certos “iluminados”.

Vivemos tempos em que o nível de subversão de conceitos básicos é de tal ordem que um ciclo de apoio mútuo “corruptos-imprensa-autoridades-beneficiários privados do dinheiro público” está posto com a função precípua de quebrar um ciclo virtuoso de combate ao câncer da corrupção que há décadas se abateu sobre nós. Não é de hoje. Pode dizer que é de 1500. Não importa. Alguém quebrou esse ciclo, e esse “Alguém” certamente quer ver o ciclo terminar, e bem.

Deltan e Moro se recusaram e “tomar a forma do mundo”, como lemos na epístola de Paulo aos Romanos. Não sei quanto a Moro, mas estou seguro de que Deltan crê firmemente na “Boa, Agradável e Perfeita” vontade de Deus. Ele é realmente o “beato do Powerpoint”. E Glória a Deus por isso. Se não fosse essa ousadia, ‘nunca antes vista na história deste país’, ainda estaríamos caminhando a passos largos para trevas Cubanas, ou Venezuelanas – e aqui não falo do regime político em si, mas na incapacidade de gerar riqueza a partir de ordens palacianas.

Dou graças ao Senhor porque a nação parece, apesar da campanha de desinformação, disposta a apoiar quem fez de sua vida particular um problema, para eles e suas famílias, a fim de que os Jean Wyllys, os Lulas, as Gleisis, os Cunhas, e, ao fim e ao cabo, quem quer que seja, Pulitzer ou não, acabe com nossa esperança em dias melhores.

Que continuem resilientes, continuem fiéis ao que começaram. E que Jean Wyllys tenha cada vez mais razões para ter nojo deste Beato.

P.S. – Em tempo, Glenn Greenwald foi apenas a face mais visível do tal Pulitzer. O prêmio foi dado ao grupo do The Guardian, e do The Washington Posto, juntos (dezenas de pessoas) pelas reportagens que levaram a público as mensagens da NSA (National Security Agency) vide https://www.huffpostbrasil.com/2014/04/20/glenn-greenwald-pulitzer-reliable-sources_n_5182297.html

Maioria cercada pela Minoria

Sabe aquela sensação de impotência diante de uma quantidade avassaladora de informações de má procedência, lançadas na cara do povo por uma mídia com uma agenda clara? Sabe aquela Revista Veja que você já teve o prazer de ler durante décadas, naquele domingão de sol, depois da Igreja e de um belo almoço e que agora, comprada por aproveitadores, se tornou um ridículo veículo à disposição do obscurantismo disfarçado de progressismo? Sabe aquela tristeza profunda de saber que injustiças tremendas estão sendo cometidas na cara da nação, cuja maioria não acredita, mas que, olhando nos jornais e revistas, TVs abertas e fechadas, parecem se tornar verdades reveladas?

Pois é, estamos vivendo isso, e não somente no Brasil. EUA, Europa estão vivendo uma situação parecida com a Rússia de 1917. Um grupo de menos de 10% dos parlamentares da Duma (congresso russo) criou uma confusão de tal ordem no país que conseguiram organizar uma revolução que pôs abaixo um governo e um sistema de vida (cuja qualidade era discutível, obviamente) para colocar no lugar um regime genocida nunca antes visto.

Os nossos Verdevaldos, as nossas Vejas e Folhas de São Paulo estão criando as condições para que uma coisa terrível aconteça: que a maioria do povo tenha suas goelas estupradas e nelas sejam enfiadas a soltura de criminosos, a criação de leis para livrar da cadeia corruptos com mandato, entre outras delicatessen.

Nos costumes, assistimos, nós a Maioria, de camarot, a um grupo micro nos empurrando agendas com as quais não concordamos, e que, como Maioria, deveríamos ser capazes de rejeitar. O presidente fala de trabalho juvenil como forma de moldar caráter e é rapidamente transformado em defensor do trabalho infantil, com conotação de “análogo à escravidão”. A Maioria, nem tão silenciosa, escreve na timeline dos órgãos de imprensa que concorda, majoritariamente, com o presidente, mas isso não tem nenhum efeito prático.

A Maioria não acha que certos comportamentos, sejam eles sexuais ou de conduta pública, sejam normais. A Maioria acha que casamento é um homem e uma mulher, com capacidades biológicas de procriação (se vão procriar ou não, é problema de cada casal). A Maioria não quer “matar” ninguém por ter comportamento diferente, mas os rejeita firmemente. Mesmo assim, vemos dia a dia a Maioria ser esmagada pela “Microria” (desculpem a licença não poética) que acusa quem não concorda de “fascismo”, “obscurantismo” entre outras coisinhas mais feias. Ter amigos com comportamentos diferentes e não ser agressivo ou contundente sobre eles, já não basta. Calar também já não basta. Agora, quem não aplaude ostensivamente comportamentos dos quais discorda, está fadado a ser taxado de todos os nomes habituais aos grupos de pressão, a despeito de amar o diferente, sem concordar com ele.

A Maioria apoia a Lava Jato e acha que Lula é corrupto e deveria continuar na cadeia. A Maioria acha que Sérgio Moro e Deltan Dallagnol são heróis nacionais e que deveriam ser aplaudidos, e não execrados. A Maioria acha vergonhoso ladrões com mandato xingarem um ministro de estado. A Maioria acha que não houve nenhum conluio para botar Lula em cana, e acha que os bilhões que “miraculosamente” surgiram como resultado da Lava Jato são prova cabal, somada às outras toneladas de evidências, de que nenhuma dessas condenações foi leviana, casual ou fruto de desejo político.

Enfim, a Maioria crê num Deus, tem sua religião ou religiosidade, e teima em não aceitar interferência em suas crenças. A Maioria, como eu, vai à Igreja ou ao seu Templo, no seu dia sagrado. A Maioria não quer ser dominada por uma minoria apenas porque tem grande poder de vociferar.

A Maioria quer paz, mas está disposta até a pegar em armas para se defender e garanti-la, no longo prazo, como as manifestações recentes fazem-me crer. Por fim, a Maioria quer trabalhar, produzir, para pagar os impostos que de resto, estão sustentando boa parte da minoria há duas ou três gerações. Quer impostos mais simples, quer regras menos complexas, mais liberdade, mais certeza jurídica em seus contratos, quer decisões coerentes com a Lei, e que não mudem a depender de quem pleiteia.

Que a minoria entenda isso enquanto é tempo, e evitemos todos um caos que hoje, aos olhos da Maioria, parece inevitável… e que a Maioria acabe se tornando, por eliminação física, uma Minoria.

Senadores, Pretorianos e Ditadores no Planalto Central

Photo by Nicole Reyes on Unsplash

O primeiro efetivo imperador Romano, Otaviano (cujo nome ele mesmo trocou para Augusto, em 27 a.C.) instituiu a famosa guarda Pretoriana, em sua forma imperial. Era um corpo de legionários específicos para sua guarda pessoal, escolhido a dedo dentre os melhores das Legiões. Qualquer legionário, depois de demonstrar capacidade de batalha, valor e lealdade, poderia se candidatar a uma posição na famosa Guarda. Essa recebia melhores salários do que os legionários normais e com o tempo acumularam um poder enorme, a ponto de, inclusive, depor (não raras vezes por meio de assassinato) e elevar imperadores. Esse poder passou a ser usado, então, em detrimento do povo de Roma e, inclusive, em detrimento dos próprios imperadores, alguns mantidos como virtuais reféns de suas hostes dentro do próprio palácio imperial.

A lição do processo de “Pretorização” de um grupo de indivíduos dotados de algum tipo de poder deveria incluir sempre uma vista d’olhos na história da Guarda Pretoriana. Pouco a pouco acumulando poder por meio de “embargos auriculares” junto ao próprio semi-deus sobre o trono, ou através de um crescente acúmulo de poder bélico, essa hoste se tornou mais poderosa do que o próprio Senado Romano, e por vezes do próprio imperador.

De outro lado, temos a figura do Senado Romano, cujos desmandos e desrespeito às posições dos cidadãos da República geraram um antagonismo que acabou por permitir em em 44 a.C. Julio Cesar, um carreirista e demagogo brilhante, tirasse todo o seu poder, tornando-se o Primus Inter Pares, ou “Primeiro Cidadão”, iniciando um império (O nome “Rei” tinha uma rejeição muito grande no tempo da República, e mesmo depois. O último rei de Roma, Numa, havia sido deposto 6 séculos antes).

A lição sobre o processo de afastamento do “legislativo” dos interesses de um povo também deveria ser objeto de atenção, por invariavelmente desaguar em uma ditadura de alguma espécie.

Hoje temos um caldo de cultura que custa a ser interpretado pela mídia, e principalmente pelos políticos. Temos um Congresso muito fora de sintonia com os anseios do povo (a ponto do presidente da Câmara de Deputados ter a audácia de falar para quem quisesse ouvir que o Congresso não existia para sancionar o que povo quer). Nossa Roma é Brasília, cujos moradores em sua maioria estão em dessintonia com o resto do “império”, e na maior parte membros dessa Guarda Pretoriana que ora pretende se manter no seleto rol dos diferentes, dos mais aquinhoados, da elite. Seu poder não advém mais da força bélica, mas da força de regras e leis criadas especificamente para mante-los com seus privilégios.

Mas não é só um Senado surdo e uma Guarda Pretoriana encastelada que criam uma ditadura. Tem que haver também um povo maluco de raiva e um exército que se oponha aos Pretorianos. fora de Roma (Brasília), o povo já está maluco de raiva das benesses dos capitalinos. Já está louco de vontade de abater a socos e pontapés os Patrícios do Senado, por conta de suas leis surdas à sociedade. Cada vez mais os tributos são impostos às “províncias” e usados quase que exclusivamente para manter o panis et circensis dos cidadãos de primeira classe. Isso irrita. Isso é matéria prima para uma bomba atômica.

Um recado claro, contra a corrupção e a favor de um estado menor e mais ágil, com menos cidadãos “superiores” em relação à “plebe”. Esse recado não foi ouvido pelos nossos Patrícios (bom, alguns sim, ainda minoria ou dessintonizados entre si para criar tração e resultados). Nossos Pretorianos se armam para um embate contra o bom senso econômico e, em última análise, contra seus próprios concidadãos menos favorecidos. Todos se acham melhores, diferentes, mais merecedores. E lá se vai o erário, a res publica

O perigo é assistirmos emergir desse caos articulado e fomentado internamente em “Roma” um novo ditador, ou grupo de ditadores. As consequências todos conhecem. Nosso último embate com uma situação igual a essa nos custos 20 anos de governos não eleitos, o que não é desejável em lugar algum, seja na Roma deles, ou na nossa.

Como a estupidez é maior do que a visão de país, e o “pragmatismo” político supera por larga vantagem o patriotismo, temo ver dias ruins pela frente, em que culparemos erradamente o “Consul” (o presidente eleito) pelos desmandos de Pretorianos e Senadores.

Quem não aprende com a história, realmente vai repeti-la.

O que é novidade no Serviço Público é obrigatório para o resto da Sociedade há tempos…

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,governo-federal-vai-implantar-ponto-eletronico-para-410-mil-servidores,70002897695

A matéria do Estadão (ver link acima) deve ser saudada como uma maravilha da administração do Paulo Guedes. Só que para qualquer mortal, a obrigatoriedade do ponto eletrônico data de cerca de 2010 (Portaria MTE 1.510 de Agosto de 2009), ou seja, há quase uma década temos, na iniciativa privada, a obrigação de ter e manter todos os pontos de funcionários (com exceções para microempresas, etc) coletados de maneira eletrônica. O empresário de uma forma geral até chiou no início, por causa dos custos associados.

Com o tempo, entendeu que acabaria sendo melhor para sua atividade, principalmente para controle de horas extras, assiduidade, etc, evitando que empregados usassem dados “menos que confiáveis” para tentar dar base às ubíquas ações trabalhistas que demandavam patrões por trabalho “quase escravo”. Não era incomum vermos empregados demitidos reclamando que trabalhavam até 18 horas por dia sem descanso, e usando testemunho de dois outros demitidos, como ele, para dar “legitimidade” a um pleito que todo mundo sabia que era irreal, para dizer o mínimo, e de má fé, em boa parte dos casos.

Pois bem, agora, nós, que pagamos por essa montanha de gente (410 mil funcionários públicos federais, somente), teremos uma ideia mais clara de quanto “truque do paletó reserva” existe ainda hoje (quem lembra? “O Barnabé deve estar aí, porque o paletó dele tá na cadeira…”). Piada à parte, não é nada engraçado termos um país de joelhos ante uma massa de funcionários públicos na maior parte das vezes ganhando até 4 vezes mais do que o equivalente na iniciativa privada (uma aberração em nível mundial), pressionando sempre por mais privilégios e fugindo como o diabo da cruz de ser controlada e avaliada. Avaliação de desempenho, bom, é um próximo passo. Entendo que se há uma forma de se livrar de meliante travestido de servidor é essa – avalie, cruze informações, obtenha as queixas contra o dito cujo e dê uma justa-causa (demissão a bem do serviço público).

Queremos melhores servidores públicos. Queremos gente qualificada nos melhores locais, ganhando bem, mas sem privilégios. Queremos ver eficiência mínima, para a qual pagamos a peso de ouro. Queremos objetividade e boa vontade. E queremos os piores expulsos da nobre tarefa de atender ao concidadão!