Esse Salmo me toca o coração, pois trata do da melodia da morte, para o filho.
Meu Deus, do fundo do coração, eu vou falar pra quem quiser ouvir como é que Você faz coisas fantásticas! Vou ficar alegre, igual pinto no lixo, porque Você é meu amigo, porque Você, Deus, é digno pra eu cantar canções a Você! Não é só político que é meu inimigo. Não… tem um monte de gente que me preferiria morto… mas quando eles põem a viola no saco me deixam em paz, mesmo assim dão uns tropicões e caem, desarvorados, pela Sua presença; Isso é só porque Você, Deus, é que é meu advogado; minha causa tá entregue à Sua Banca. E porque, sendo Advogado e Juiz, julga como se deve, sem ferir a Constituição e sem aceitar suborno… Não importa qual é a Superpotência que tenta te meter medo. Não rola… não mesmo… Você destrói o pecador e vai demorar milênios, e tomar o trabalho de um monte de arqueólogo pra que o povo do futuro se lembre do nome da Nação que ousou te enfrentar – igualzinho “coisinhas” como Nimrod, ou os Hititas… Meus inimigos, bem, esses estão n`água até o pescoço… Não vai ter ninguém pra lembrar deles… vão “bater a papuela” (como diria o avô Armindo) e ninguém vai chorar no enterro. Mas Você, Deus, ahh… Você não tem quem vença. Seu trono é uma rocha imutável, feito pra julgar gente boa e gente má. Deus mesmo julga o mundo todo. Sem bobagem, sem tendência, sem palhaçadas recursais e regimentais. Com Deus não tem “ex-condenado”… Todo esse mundão acaba, no final das contas, prestando contas a Ele. Além disso, Deus é uma proteção fantástica pra quem está sempre na pior. É uma segurança quando o “povinho” mais humilde está passando apuro. Então é em Você, meu Deus, que a gente confia, isto é, quem crê e te conhece. O Senhor não tem o mau hábito de deixar na mão quem vai até Você pedir ajuda. Então vamos pegar os cavaquinhos, os bandolins, os pandeiros, e vamos cantar uma música ao Senhor, que mora lá no Céuzão de meu Deus. Vamos cantar que Ele só faz coisa boa e perfeita. Deus não esquece da choradeira de quem passa aperto sem razão, injustamente. Deus, que é o vingador não-mascarado, lembra sempre desse povo. Então eu te peço – tem pena de mim, Senhor. Eu mesmo vivo em tristeza. Gente ruim me calunia, e me acusa de coisa que não fiz… mas Você me levanta a cabeça; Assim, desse jeitinho, pra quem quando eu chegue na porta do Céu eu fale com a boca mais aberta do mundo que Você é “dez” e que eu me alegro porque estou aqui nesse lugar bacana! Tem país que se acha, mas que vai afundar no brejo que eles mesmos cavaram, e se prenderão na boleadeira que fizeram pra pegar os outros pelos chifres. Deus fica famoso sem fazer propaganda. É só as pessoas reconhecendo o que Ele fez de bom. Daí, o sujeito mau acaba com os chifres presos na boleadeira que falei acima. Tem um lugar feio, que Deus chamou de inferno, e que não tem a presença de Deus. Pois é pra lá que vai todo mundo que se esquece de Deus. Ele não vai nem mandar; esse povo vai pra lá com as próprias pernas. Gente que hoje passa aperto não vai ficar assim, na miséria, pra sempre. Tem esperança pra gente pequena desse mundo. Eles não vão ficar na pior pra sempre. Deus, mostra Sua cara. Não deixe o homem mau vencer. Que essa gente toda seja julgada no Seu tribunal. Mete medo nessa gente, Senhor. Mete medo mesmo – eles têm que aprender que não vão viver pra sempre, e que é bom botar as barbas de molho e mudar o jeito de ser.
Há uma enorme polêmica hoje em dia envolvendo pastores e padres sobre o conceito de que a Bíblia é um livro que precisa ser “atualizado”. Isso já rendeu pano pra manga, inclusive alguns desligamentos de ordens de pastores (no caso dos evangélicos) e excomunhões (católicos e ortodoxos). O fulcro é sempre o mesmo – o tempo passa, o tempo voa, e o tal do Livro Preto continua numa boa!?? Não precisaria mudar, para que o significado de alguns de seus pontos fosse mudado, ou “resignificado”?
Bom, o fato é que ao longo do tempo alguns aspectos da Bíblia tem sido de fato sido objeto de inúmeros debates e brigas. Até os anos 1500, havendo tão somente as igrejas Católica e Ortodoxa (grega), a interpretação da Bíblia era função exclusiva dos prelados dessas instituições.
A Reforma Protestante
Com o advento da Reforma, em 1517, o que o monge Martinho Lutero quis, na prática, parece ter sido ressignificar ou reinterpretar a Bíblia. Estando eu do lado de cá da Reforma, ou seja, me identificando como Batista (que na verdade não é fruto direto daquele movimento), entendo que o objetivo de Lutero, Zwingli, Calvino & Cia não foi o de prover nada de novo significado ou “modernizar” o Livro Santo. Ao contrário, me parece que o que o protestantismo fez foi exatamente o oposto: retirar de cima do cristianismo séculos de balagandãs, penduricalhos e outras criações das instituições oficiais do tempo. Criações que não encontravam nem encontram respaldo na Bíblica, como Purgatório, por exemplo, para ficarmos apenas em uma delas. Nada contra os irmãos católicos e ortodoxos, que, sendo redimidos por Jesus Cristo, creem desta forma. Nada disso me parece fundamental à minha fé.
Portanto, quero apenas ressaltar o aspecto de que, na minha opinião, a Reforma Protestante não me pareceu um processo de atualização da Palavra de Deus, mas de retorno à origem da Palavra – “Sola Scriptura” como diria Lutero.
Tempos Modernos
Estamos diante de uma encruzilhada de caminhos, nesses últimos tempos, em que a tentação para dar um novo significado a algumas palavras do Novo Testamento, principalmente, é muito forte. Não se trata somente de correntes intra-cristianismo, tratando de mover-se por pensar ou fazer uma exegese diferente da Bíblia. Há uma intromissão cada vez maior de visões políticas dentro dos meios evangélico, católico e ortodoxo, e que leva alguns a interpretar a Bíblia de forma a adaptá-la à sua visão política.
Tanto Leonardo Boff como Caio Fábio o fizeram, e continuam fazendo. O ideário patrocinado pela esquerda, que em princípio não se coaduna muito com o conceito de liberdade de expressão e consciência:
“Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação”
1Pedro 1:17
Independentemente da intenção do coração de cada um desses teólogos, o fato é que temos (eu tenho, pelo menos) mais perguntas do que respostas. Assuntos como homossexualismo, casamento com pessoas do mesmo sexo, feminismo, e mesmo propriedade privada e porte de arma, entre outros, são bastante complexos e precisam ser tratados com o respeito intelectual devido, por não serem problemas banais. Tendo parentes e amigos queridos de tendências sexuais não correntes, digamos assim, tenho o maior amor e respeito por elas, mesmo não concordando (porque a Bíblia parece não concordar) com visões de mundo dessa natureza. Deixo claro, porém, que o meu amor tem que ser maior do que minha tentação a julgar quem quer que seja. Tendo amigos que portam armas (legalizadas) ou que entendem que um governo deve se intrometer o mínimo possível na vida privada, não posso tacha-las de armamentistas ou fascistas. Elas têm suas razões e deveriam ser livres para manifestá-las.
Confusão
O maior problema atual é a busca sincera por respostas, na Bíblia, e a constatação de que o pecado (o estado mal da alma humana) existe e precisa ser chamado pelo seu nome. A Bíblia continua atual e não vejo razão para “atualizações” de qualquer natureza. Mas essa é SÓ minha opinião. Eu, em meu exame da Palavra, toda vez que acho algo com o que não concordo na Bíblia, tenho a tendência e voltar-me, tão sinceramente quanto me é possível, para dentro de mim e refletir o quanto da minha discordância é fruto do meu erro. O resultado invariavelmente é “cale a boca e mude seu caminho, pois estás errado”.
O problema, vejo eu, é a confusão, e a briga, e a tendência de não escutar o outro. É, em suma, a falta de amor ao próximo, 2o. maior mandamento deixado por Jesus (Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo, COMO A TI MESMO). Se alguém ama o próximo como à sua própria carne, como sair condenando sem exame? Claro, se temos um câncer de pele, vamos ao médico, tentamos antes salvar a região afetada, como todo cuidado, e só descartamos e mutilamos o que está doente em último caso. Tudo isso deixa cicatriz, mas é importante lembrar que tudo tem que ser feito como se estivéssemos lidando com nossa própria carne.
O que dá nos nervos, porém, não é nem a falta de amor de forma geral. É a empáfia que alguns “sábios teólogos” tentam impor a todos nós sua irreflexão ou ainda suas justificativas, geradas mais para si mesmos do que para o respeitável público. Não é fácil conviver com o erro e sinceramente condena-lo – se este erro está em nós e é nosso. Mais fácil tentar achar uma teoria boa, que aplaque nossa consciência e nos faça absolver-nos do erro que cometemos, e ao qual somos apegados.
A confusão, o barulho, a briga, não servem a ninguém. Apenas ao capeta (sim, creio que ele existe e está aí pra encher o saco, mesmo). A falta de modos na argumentação, a falta de civilidade nas palavras machucam e não geram efeito positivo algum.
Por outro lado, palavras bacanas, ditas em vozinha branda, com tom acadêmico, ditas para tão somente empurrar goela abaixo conceitos maus, tampouco trazem algo de positivo. A voz branda, usada por qualquer pastoreco ou padreco que queira vender-se como espiritual, normalmente oculta uma mente sagaz, e que no fundo, sabe que está impingindo uma visão de mundo dissociada da Palavra de Deus.
É difícil, é espinhoso, é importante manter a civilidade, sempre, mas é importante não se curvar ao impropério dito com mansidão, à vileza disfarçada de doçura, à heresia oculta em manifestações de domínio próprio.
O Fundamento
Tenho para mim uma coisa como sentada em pedra: a Bíblia, se é a Palavra Inspirada de Deus, precisa ser acessível a qualquer um, analfabeto ou PhD, sábio ou não. Deus não seria justo se desse a esse Livro apenas para gente “sábia” interpretar. Não se propõe, e nunca se propôs, a ser um livro científico (se o fosse, teria que ter uns 10 trilhões de páginas). Mas não poderia ser furtar a dizer a verdade. A construção da Bíblia, sua coesão interna, sua capacidade de mostrar erros de pessoas “santas”, sua incapacidade de encobrir mal-feitos, dá a medida do caráter de Deus: pureza e simplicidade, que às vezes são interpretadas como algo “simplório”. De simplório não há nada na Bíblia. De simples, sim.
Deus deu, como costumo dizer, a Bíblia tanto ao Einstein como a Forest Gump. Qualquer que seja seu QI, não é ele que vai determinar a capacidade da Bíblia em te levar ao conhecimento de Deus.
São os famosos 50cm de separação entre a crença e a dúvida, que só são atravessados por meio da fé – fundamento de algo que positivamente NÃO se vê, nem nunca será visto. Deus escolheu nos dar milhares de evidências de Sua existência mas nenhuma prova objetiva – nem de Sua existência nem do contrário, de sua inexistência. Por isso, tanto ateísmo como cristianismo são dois aspectos de Fé, e só Fé.
Assim, se o Livro de Deus tem que ser acessível a qualquer um, como legar sua interpretação a uns inspirados? Mas por outro lado, como jogar pela janela algumas afirmações muito claras e atemporais?
Não dá… claro. Mas também é impossível se dizer cristão, salvo por Jesus, sem amor profundo no coração, e a certeza de que, entre ganhar uma discussão, e amar alguém, devemos sempre ficar com a segunda opção.
Me caiu às mãos um artigo da Bloomberg, EUA, que traça linhas muito interessantes sobre o que afetará, de fato, a economia mundial pós-pandemia (se Deus quiser!). Começa dizendo que se a gente pensar somente nos efeitos do estímulo financeiro do FED (Banco Central Norte-Americano), ou na indústria da construção civil chinesa (em palpos de aranha) ou na montanha russa política, dos preços de petróleo da OPEP, precisamos incluir nesta lista o Bolsa Brasil. Sim… o programa de auxílio do governo federal brasileiro, de R$ 400 mensais.
Confesso que tive que ler e reler para entender a ligação entre o Bolsa Brasil e o comportamento das commodities, a Bloomberg começa se perguntando sobre os efeitos que a ruptura da “camisa-de-força” do teto de gastos terá sobre a economia brasileira; faz alusão ao liberal (Chicago Boy) ministro Paulo Guedes e como o compromisso com a austeridade fiscal ficou estilhaçado, após passar mais da metade de seu mandato debaixo da Espada de Damocles da Covid-19 e seus efeitos devastadores. O Real desvalorizado é atribuído à política desleixada, digamos, com o orçamento nacional.
Com trocadilhos engraçadinhos (“Bean There”), a revista realça então a importância capital do Brasil no mercado internacional de Commodities, a começar pela mais óbvia, a Soja:
Um trocadilho mais tarde (“Turning Chicken”) e estamos diante de outras duas commodities fundamentais, essas secundárias (soja e milho entram antes nessa folia), carne e frango, e como a queda de poder aquisitivo da população brasileira, aliada à alta dos preços da arroba do boi, acabaram causando uma virada em direção ao frango:
O artigo continua a discorrer sobre commodities menos sensacionais no momento, como minério de ferro (o artigo chama a Vale de “estatal”, numa defasagem de informação de alguns anos já) e o café.
O artigo termina fazendo uma observação bem interessante:
Essa é uma aposta ousada. A turbulência fiscal no Brasil e a queda [no valor] da moeda já estão agitando e elevando os mercados de soja, carne bovina e frango. Não se surpreenda se isso repetir o truque do café.
Bloomberg – in https://www.bloomberg.com/opinion/articles/2021-11-28/brazil-s-anti-poverty-program-will-rock-commodity-markets
Bom, a partir daqui, minhas considerações:
Relevância do Brasil no mercado de Commodities
Em 2010 estive num evento da ACG – Association for Corporate Growth, em Chicago nos EUA. Eu era um dos panelistas dentro de um evento que contou com a presença ilustre do então embaixador do Brasil nos EUA, João Almiro, que discorreu sobre o “Advento das Commodities”, e por que o mundo deveria deixar de considerar o Brasil um país de “produtos primários”. O tamanho da população mundial, e sua necessidade cada vez maior de produtos de várias naturezas, aliado à tecnologia embarcada, enorme, no Agro brasileiro, fazia do Brasil um player importante no mercado mundial, pela via que o mundo havia quase abandonado entre os anos 50 e 60.
Ali, em meio à “onda verde amarela” que Lula tão bem surfou, de bons ventos nos preços das commodities e no então recém descoberto petróleo do pré-sal, o Brasil era a vedete do momento.
Mas não se iluda o respeitável público. O tal governo tratou de criar tantas situações absurdas, inclusive a eleição de Dilma Rousseff, logo depois, que rapidamente o castelo e a empáfia do governo brasileiro de então desmoronaram. Eu ali, chamei Dilma de ex-guerrilheira e, sem saber, predisse que o Brasil não consolidaria sua posição de crescimento constante, por conta justamente da postura política do país. Quase apanhei dos brasileiros ali, que até me chamaram de “fascista” num avant-première do uso do epíteto hoje tão conhecido. Nem liguei, como não ligo até hoje em nadar contra a corrente, se estou seguro do que estou falando (não é sempre que isso ocorre, mas apostar contra a inteligência e o bom senso da esquerda é sempre seguro).
O fato é que após isso, vimos o país desmoronar diante da corrupção e da queda dos preços internacionais de soja, milho, etc. Mas NÃO, e nunca, na representatividade do Agro brasileiro para o mundo. Aprendi ali a respeitar o que tinha sido doutrinado a desprezar – o campo e sua potência. Hoje sabemos que o Brasil não é só Agro-Tech-Pop-Tudo. Agro é força política, que o Brasil sempre teve uma espécie de vergonhazinha de de usar.
Aposta na Alta de Commodities
Ensina Warren Buffet que se você entende e confia nos fundamentos de uma empresa, invista nela e esqueça que a grana existe. Os resultados vão aparecer. A longo prazo, mas vão.
Pois essa é a aposta mais certeira do mundo, exceto se grupos de interesse conseguirem reverter a tendência de crescimento da população nos próximos 30, 40 anos, quando deverá atingir seu máximo, e se manter lá por mais uns, digamos, 100 anos. Exceto se o mundo se tornar predominantemente assexuado, abusar de contraceptivos e aborto, ou se tornar um lugar no qual a população conclua que não vale a pena colocar filho no mundo, commodities tenderão a crescer em termos de preço. Incluo aqui o famigerado petróleo – nem mencionado pela revista.
É de se crer que se cada cidadão do mundo tiver um bocado decente de comida na boca, pelo menos 3 vezes por dia, a população pode parar de crescer agora que o consumo de commodities agrícolas continuará a crescer muito (não fiz conta, não posso afirmar quanto) nos próximos 40 a 50 anos.
Então por que a Demonização?
Se o campo é necessário, se a população cresce, se tem ainda um montão de gente passando fome no mundo, sem casa, sem água, luz, etc, por que países como a França, Alemanha, entre outros, teimam em demonizar nosso Agronegócio? Por que falam como sendo a pior coisa do mundo, quando sabemos que usamos relativamente pouca terra para produzir, e que somos, no final das contas, muito mais eficientes, tanto por questões locais, climáticas, quando de avanço técnico, para colocar um prato de comida na mesa de mais de 1,2 bilhão de pessoas no mundo todos os dias?
A resposta como sempre é econômica, mas no nosso caso, como parece que sabemos, travestida de preocupação ecológica. Acho que o público brasileiro está cansado de saber que tanto a visão do Brasil como “devastador de florestas” como de “carbono positivo” são grandemente manipuladas e exageradas, em detrimento dos próprios mal-feitos de países, principalmente a França, neste pormenor (pormaior?).
E os Preços?
Com o Real desvalorizado, e com os preços das commodities nas alturas, o Agro brasileiro vai ganhando em relevância em relação a outras atividades, na composição do PIB. O Centro Oeste vai se tornando um “Center West” (Illinois, Ohio, Iowa, etc) em termos de riqueza e produtividade. Populações inteiras antes atraídas pelas luzes das cidades e pelo ar do mar, agora não querem mais saber de sair de suas cidades cada vez mais confortáveis e seguras.
Agricultores antes quase que obrigados a vender suas safras ao primeiro que aparecesse, ou correr o risco de perde-la por não ter onde guardar, agora possuem silos e mais silos de armazenamento, e podem escolher quando, e se vender, e a que preço. Isso por si só demonstra a força do agricultor brasileiro e sua influência no preço global das commodities. Não se trata de matar o mercado com preços altos – isso, na minha opinião, fazem muito bem os EUA e a UE. Se trata, isto sim, de produzir cada vez mais barato, melhor, e com margens mais adequadas. Por isso o Brasil, na minha opinião, nunca terá uma moeda supervalorizada (aliás, a última vez que isso aconteceu foi justamente no início do fim da prosperidade que o populismo nos brindou). Sempre precisaremos ter, no limite, uma moeda “competitiva”. Torço por um mercado de câmbio realista, o que hoje não acontece (acho nosso Real muito desvalorizado).
Concluo por dizer que com liberdade no campo, liberdade cambial, e com ajuda de Deus (São Pedro, se você é católico), o Brasil só terá a ganhar com commodities, agora, como foi no passado, e será sempre.
Um sambinha ao mestre sala (de canto), baseado no maxixe “As Fábricas de Azeite de Oliva”.
Não tenho nem como dizer, Meu Senhor, como você é maravilhoso e como Seu nome faz toda a terra uma maravilha! Você criou esse mundão todo e deixou patente, nos céus, a sua majestade (sim, porque o povo pode até não reconhecer, mas e daí? O Senhor é Rei, e ponto).
Gente grande não te dá bola, muitas vezes, mas Você, meu Deus, demonstra a Sua Força mostrando pra nós a força de pequenas crianças, de colo, gente miúda mesmo. Desse jeito você acaba dizendo: “olhem pra essas crianças – podem lutar contra mim o quanto quiserem; mas se eu quiser, vocês não podem nem com essas criancinhas que parecem tão frágeis!). Cale a boca, inimigo de Deus!
Eu fico completamente pasmo quando olho os céus que Você fez, com suas próprias mãos (Deus tem mãos celestes, que não têm 5 dedos em cada uma, mas mãos com zilhões de dedos). Olho a lua, olho esse mundaréu de estrelas e me pergunto:”Que raios você vê em nós, gente burra, obtusa e que não consegue nem enxergar Você?” … “Quem somos nós pra Você sequer se lembrar da gente?”
Mas apesar da gente ser tão pequeno, lá na Bíblia diz que somos um pouco menores do que os Anjos, e que Você nos deu uma coroa de glória e honra. Você nos colocou lá atrás num tal Paraíso, e nos deu o controle sobre esse mundão inteiro – tudinho mesmo, ficou pra nós: ovelhas e bois, a bicharada da roça e da floresta, os passarinhos e passarões do céu, a peixarada do mar, e todos os bichos das profundas do oceano que a gente nem sabe que existe (ainda).
Não tenho mesmo nem como dizer – Meu Senhor, como você é maravilhoso e como Seu nome faz toda a terra uma maravilha!
Estava no centro-norte do Paraná, num evento de um grupo que faço parte há anos, o YPO (Young Presidents` Organization) com mais 7 colegas, todos líderes de suas empresas. O tema mais recorrente era “Legado”. O que eu quero deixar de legado? O que é legado? Qual é o meu legado.
Às 2:00 da manhã do dia 21 toca meu telefone, e Aline, minha esposa, com o cuidado e carinho que ela coloca na voz sempre que algo triste ou trágico tem que ser noticiado informa que meu pai, Prof. Ivanir Figueira Jorge, havia falecido, depois de somente algumas horas no hospital de Cantagalo, Rio de Janeiro.
Eu lá, sem saber o que fazer e a quem recorrer, de carona com os colegas, ligando pros meus irmãos, principalmente Hirann, procurando conter a emoção e tristeza e ser de alguma forma útil.
Obviamente, não voltei a dormir e comecei a pensar justamente no legado que meu pai me deixa. O que meu pai me legou? Financeiramente? Não muito. Intelectualmente? Um montão. Espiritualmente? “Tudo”.
Omnia Recte Fac
O legado do meu pai começou pelo amor infinito que ele sempre demonstrou por nós, desde a mais tenra infância. As ameaças de nos “dar uma tunda”, de “deixar de molho na água de sal”, por conta das peraltices de menino, nunca passavam disso mesmo – ameaças. Ainda ouço: “Estou evitando, Wesley… Estou evitando te bater”… E eu merecia, hein? Nas poucas vezes que ele realmente me deu um “laço”, mereci, em grande estilo. E escapei de outros tantas surras por conta da paciência infinita dele conosco.
O título acima era o “motto” de vida do meu pai, e significa “Faça tudo Corretamente”. Estava num carimbo, que herdei, e que ele carimbava em todos os seus livros.
Interessante, pois este também era o mote de vida de um outro homem que me deixou um imenso legado, meu avô, Armindo Constantino Montechiari. Este, em termos menos doutos, sempre dizia: “Quem faz errado, faz duas vezes”… Cedo aprendi que a toalha seca melhor se estendida no varal, e não em cima da cama (os anos de adolescência nos fazem esquecer essas coisas, até morarmos sozinhos).
Esse “Faça tudo corretamente” me acompanha até hoje, de modo que fico doente de ver um erro cometido por mim, uma idiotice gerada pela minha preguiça (de pensar, de fazer), uma falta de reflexão ou uma resposta rápida demais, sem reflexão. Um pai que até os 14 anos de idade era semi analfabeto, e que capinava (carpia, em curitibês) carreiras de café, morre aos 87 anos dono de boa obra literária, de um currículo imenso (nas palavras de Tia Madalena Tavares) e de tantas realizações acadêmicas e profissionais, que a gente se perde, se quiser listar.
Obsessivo com correção, pediu a meu irmão Hirann, antes de morrer, que queria ser “enterrado de terno, pra chegar diante de Deus com tudo organizado”… bem a cara dele… Por bem organizado, leia-se, bacaninha, limpo, pra enfrentar o Todo-Poderoso tendo feito o melhor. E foi isso mesmo. Ao longo da vida, sempre buscando fazer o melhor. Não fez mais? Não pode, não conseguiu, mas o que fez, tentou fazer o melhor e quase invariavelmente conseguiu.
Legado
Legado foi o tema da discussão entre os amigos, no centro-norte do Paraná, numa fazenda linda, com campos verdes pra todo lado. Engraçado… a definição de legado variava de acordo com muitos fatores, mas o mais importante deles sendo a idade do falante. Quanto mais novo, mais o legado passava pela empresa e realizações; quanto mais velho, mais o legado migrava para o lado familiar e pessoal. Chego no meu legado, e vejo que meu foco foi todo pro lado de um Legado Espiritual. Em suma – como as pessoas que entram em contato comigo veem Cristo, o Cristo que creio e a quem chamo de Salvador.
Naquela madrugada de 21 de Novembro percebi claramente que o legado do velho pai para mim, o maior legado, o mais significativo e o que mais me alegra, foi e é certamente o legado espiritual. Papai me legou o ensino da Palavra de Deus; me legou mais do que isso, a Alegria de conhecer Deus, de amá-lo e viver para Ele.
Meu Legado
Este legado, Espiritual, eu sei que tenho obrigação de passar aos meus filhos, Thomas e Eric, (creio que passei) e eventuais netos que Des me der. Quero deixar esse legado também a quanta gente entrar em contato comigo. Não sei se deixarei que legado financeiro deixarei pros meus, Não sei se deixarei um legado cultural. Não posso, e não me permitirei, não deixar um legado espiritual. Esse foi o maior e melhor legado que o amado Prof. Ivanir me deixou.
Que o meu legado para os meus seja então o que de melhor meu velho pai me deixou – a certeza da Vida Eterna com Deus, uma fé inabalável no futuro, após a morte, um desassombro em relação à vida de modo geral, que tento cultivar com unhas e dentes.
Que o meu legado seja que as pessoas que comigo entram em contato saibam que não tem o que temer de mim, com relação à minha palavra e conduta; que saibam que não precisam esperar de mim nada “menor”.
O amor aos livros, como disse meu irmão Jason, no funeral do pai, foi um legado importante – para todos nós. Esse foi apenas um legado, oriundo desse caráter lindo, desse pai amoroso, desse amigo fiel, dessa pessoa que a tantos apoiou, ajudou, nutriu, educou, e com quem me encontrarei em breve.
Que o meu Legado seja o mesmo que o meu pai sempre deixou – Vida, Verdade e Paz para quem conviva comigo.
O Pai já está em Paz com o Pai dele. Eu estou em Paz com o Pai, aqui, com saudades, doído, mas em Paz!
Mais uma musiquinha pra ser cantada pelo sujeito que me esqueci o nome, mas que é um nome feio pra caramba (parece palavrão)…
Meu Deus, sossego mesmo só quando me coloco debaixo das suas asas… Tem gente pra caramba querendo meu fígado… despista eles, Senhor; eu me sinto como se tivesse um monte de cachorro selvagem querendo me estraçalhar… me dá uma ajuda. Não tem ninguém mais com capacidade pra me livrar dessa matilha! Não sei o que é que eu posso ter feito pra tanta gente me acusar de tanta coisa. Sinceramente, estou de consciência tranquila!, se eu fiz mal a quem me fez bem, ou se eu dei refresco pra quem era mau, peço que o Senhor permita que u seja estraçalhado por aquela matilha de cachorro que pedi pra ser liberto, agorinha mesmo. O Senhor é tão capaz e tão grande que eu sei que poderia fazer com meus inimigos igual uma bola de boliche nos pinos do jogo… mas eu sei que Você já sabe bem o que eu mereço e o que não mereço. Esse mundo tem uns 200 países. O Senhor pode juntar todos em volta de si e dê aos seus líderes uma ideia de quem manda mesmo. Pega, por favor, Senhor, essas nações, esses líderes, e dá um corretivo; pode me colocar no bolo e me julgar também, porque se mereço corretivo, que seja. Tem gente má que merece uma boa tunda; tem gente boa que precisa ser exaltada; mas só o Senhor sabe quem é quem. O Senhor tem sido um colete à prova de balas que me protege e dá proteção a quem o veste. Deus é juiz, e dos bons. Não igual uns que vemos por aqui. Deus deve ficar brabo todo dia, vendo tudo o que acontece. Depois não digam que Deus não avisou – se o cidadão ou cidadã ficar brincando com Ele, não se assuste se o pau quebrar no seu quintal; Ele já preparou umas camas de gato pra quem gosta de brincar com Ele. Tem gente que passa o tempo todo pensando em fazer maldade com o alheio, em como falar mentira e em como levar vantagem em cima dos outros. Deus, faz um buraco na terra e manda pra lá essas malas! Eu sei que no final das contas eles acabam caindo nas mesmas armadilhas que fazem pros outros. Cacetada na moleira é o que dá na cabeça de quem é violento e maldoso. Eu, cá entre nós, vou te falar uma coisa… eu prefiro agradecer a Deus, porque Ele é bacana comigo, e faço umas músicas “gospel” pra ele, sem repetições idiotas, mas com letra baseada na Bíblica, em louvor dEle, que é bom demais…
Esta cantiga Davi escreveu e manda pro regente do coral dos levitas… pra cantar em duas oitavas, uma acima, uma abaixo… sem baixo, violão nem bateria… só vozes!
Meu Deus, meu Deus, não fique brabo comigo! Sei que mereço, mas não me mande pros quintos dos infernos. Veja se acha um lugar aí pra um tantinho de misericórdia com esse cidadão que não vale nada… Eu estou cansado e sem força pra nada. Me dá um daqueles seus Tônicos de Vida, porque senão eu vou acabar quebrando todos os meus ossos. Mas não é só isso. Por dentro, meu coração está quebrado. E aí eu pergunto pra Você que sabe tudo: até quando vai essa urububaca? Dá uma olhada pra mim, e me livra dessa maldade toda que me rodeia, porque eu continuo mau, mas Você é bom. Eu vou falar, mas sei que é uma bobagem que estou falando: Será que depois de morto eu vou lembrar de você? Será que de dentro da cova, no cemitério, eu vou louvar Seu nome? (Digo isso porque aqui, de antes do Messias vir, é assim que esse povo pensa – eles acham que não tem muita coisa depois da morte, até que o Senhor volte e desenterre um bando de osso. Bobagem, mas vá lá). Êta dor, êta cansaço de tanta gemeção… É tanto chororô que vou afogar na água dos olhos. Tô ficando com ruga nos cantos dos olhos; tem pé-de-galinha na minha cara, de tanto chorar e de ficar de olho apertado, esperando mais pancada. Mas aí eu continuo falando – “quem não anda direito, vade-retro! Nem vem que não tem porque eu sei que Deus já ouviu minha choradeira; O Senhor Deus acabou de ouvir o meu gemido, e tenho certeza de que já ouviu minha oração. Se você é meu inimigo, e acha que vai me envergonhar, saiba que quem vai ficar de cara vermelha de vergonha é você, quando vir Deus me ouvir. Vão pros quintos, e não encham mais o saco!
Mais uma musiquinha, com letra inspirada no grande Deus, para violino e orquestra.
Meu Pai, que dor… Pai, que cansaço do mundo, que dor de corpo e de alma! Me escuta, meu Rei, meu Deus. Estou cansado de gritar! Só quero que você me ouça! De manhã cedo acordo e sei que o Senhor está me ouvindo. Abro a Palavra, daí oro, e fico só de tocaia, pra ver se o Senhor fala algo. Eu oro porque sei que o Senhor não é de ficar dando trela pra corrupto, ladrão e mentiroso. Daí, eu, que não me acho assim tão ruim, oro porque acho que o Senhor pode me ouvir, nem que seja um pouco. Não falta gente arrogante nesse mundo. Mas eu tenho cá pra mim que esses não vão conseguir ficar muito perto do Senhor… ah não… quem é do mal não consegue andar muito perto de Deus. Mentiu? O Senhor dá nas ventas. Matou? O Senhor vinga. Se corrompeu? Fraudou? Tá n`água até o pescoço, porque o Senhor não dá mole para bandido (mais cedo ou mais tarde acaba pagando, nem que seja no Outro Lado). Eu aqui com meus botões penso: já que tenho um Deus tão maravilhoso, estou bem certo que Ele vai me dar um lugar no Outro Lado. Daí eu vou sentar bem pertinho dEle e olhar pra toda aquela beleza, vou ficar feliz e seguro. Senhor, eu quero fazer as coisas certas, como Você quer. Já que é pra ter inimigos, que eles saibam que eu estou agindo como o Senhor quer que eu aja. Se vão brigar comigo, que seja por bons motivos. Esses caras, os inimigos, não são sinceros. É só abrir a boca pra sair mentira. Só pensam em como dar um golpe, em como fazer algo de ruim pra alguém. No coração só tem coisa que não presta, e é cada goela que dá nojo – só falam besteira. Falam, falam, com uma linguinha de mel, mas é tudo enganação. Fala pra eles, meu Deus, que eles são culpados e que nada do que eles planejam e fazer vai dar certo – pode até parecer, mas não vai dar certo. Eles são tão malas que não merecem mais do que ficar longe do Senhor, porque são gente rebelde. Fala pra quem te ama, Senhor, que eles podem confiar no Senhor. Que o povo que te ame fique feliz só de viver, só de andar na rua, de ir a um parque, de respirar ar puro… já que nós, que somos essa gente, podemos andar em paz, porque o Senhor tá do nosso lado, porque a gente te ama. Tudo isso, todo esse papo, só pra dizer que o Senhor é tão bom que abençoa quem é do bem, quem é justo, e faz a gente andar por aí sem medo.
PS – Esses Salmos da Modernidade são interpretações livres do meu coração. Como eu diria pra Deus, e não são “escritura”. Não devem sequer ser encarados como uma “tradução alternativa”. Nada disso! Bíblia é Bíblia, e sagrada e não deve nem pode ser mudada. Aqui e só minha expressão pessoal de amor a Deus.
Uma musiquinha com uma letra inspirada, pra ser tocada com flauta, pandeiro, violão de 7 cordas e bandolim.
Me responde, Meu Deus do Céu… Estou pedindo de joelhos! Quando estou com a cabeça cheia de problemas, é você que me alivia. Só você mesmo pra ter pena de mim e ouvir meu choro. Aí Deus pergunta – “Ô gente, até quando vocês vão fazer que meu Nome passe vergonha? Até quando vocês vão ficar aí, posando de gostosos, e adorando uma enganação? Não se iludam, meus caros, Deus dá a maior moral pro fiel piedoso, e Ele me ouve – pode duvidar o quanto quiser – quando eu chamo. Já que é pra ficar com raiva, tudo bem. Só não vale cometer pecado por causa disso. Na hora de deitar, antes de pegar no sono, ora a Deus e te acalme! Dorme bem. Vamos então trabalhar sempre pra que tudo aconteça direitinho, tudo muito sério e honesto. E vamos confiar em Deus, porque nossa confiança estará bem entregue. Tem gente que diz que não sabe quem vai mostrar pra elas como é que é fazer coisas boas. Aí temos que dizer – Deus, seja nosso professor de coisas boas. Estou mais alegre do que qualquer outra pessoa, mesmo se o sujeito está bêbado e de barriga cheia. Eu, aqui de casa, quando deito, não demoro nada pra dormir. Deito e durmo porque é Deus que me dá essa tranquilidade e paz.
(O cara cria mal o filho, o filho se torna uma mala sanguinária, o cara tem que fugir do filho pra salvar a pele… Ele é que fez esse Salmo aí…)
Deus do céu! Quando mais eu rezo, mais assombração me aparece! Tem gente atrás de mim à beça! São tantos que não sei nem se tem couro em mim pra todo mundo atirar! É fácil olhar pra alguém cujo próprio filho está querendo matar e dizer “ah… esse não escapa”… Mas que nada… nem precisa sair da minha frente que eu passo assim mesmo, já que o Senhor Deus é comigo, e me faz famoso por bons motivos. Eu, já que não tenho escapatória, berro em alta voz por ajuda do Senhor, e Ele, vejam só, responde! Sabe mais o que? Eu vou dormir, e nem fico com insônia. Pego logo no sono e acordo de boa, porque é o Senhor que está comigo, dando a mão. Ah… mas tem muita gente neste povo que está contra mim… Ora, e daí? Medo é que não tenho! Deus é ótimo em quebrar dente de valentão. Deus é muito craque em dar gancho de direita no queixo de quem não vai com a minha cara. Então eu digo – “Deus me acode” e pronto! O fato é que segurança mesmo, salvação no duro, bênção pra valer, só pelo Senhor Deus.